sábado, 26 de fevereiro de 2011

Presidenta Dilma Discura no XII Fórum

DESOCUPAÇÃO NO BRASIL É DAS MAIS BAIXAS DO MUNDO



“O resultado do mercado de trabalho em janeiro, divulgado quinta-feira pelo IBGE, mostra forte evolução do Brasil em comparação com as principais economias do mundo. Cimar Azeredo, gerente da pesquisa, ressaltou que, antes da crise econômica, a taxa de desocupação no Brasil era a segunda maior no grupo das 20 maiores economias.

Na última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), o país já aparecia com a 10ª maior taxa. Agora, em janeiro, apenas cinco das 20 principais economias têm taxa de desocupação menor que a brasileira.

Petrobras tem lucro líquido recorde de R$ 35,189 bilhões em 2010




A Petrobras fechou 2010 com lucro líquido recorde de R$ 35,189 bilhões, uma alta de 17% em relação aos R$ 30,051 bilhões apurados em 2009. A informação foi divulgada no fim da tarde desta sexta-feira (25) pelo diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Almir Guilherme Barbassa, em entrevista coletiva na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro. “No ano passado, fizemos a maior capitalização da história, de R$ 120 bilhões”, destacou o diretor.

Produção de petróleo e gás da Petrobras cresce 5,4% em janeiroSomente no quarto trimestre, a estatal registrou lucro líquido de R$ 10,602 bilhões, valor 24% superior aos R$ 8,566 bilhões do trimestre anterior. “O quarto trimestre também foi recorde para a empresa”, destacou Barbassa. “Os dois resultados, tanto anual quanto trimestral, foram excepcionais”, comemorou.

“Alguns dos fatores que levarem ao lucro recorde foram a redistribuição do portfólio financeiro, que gerou menos impacto para as contas da empresa, o processamento de 4% a mais de óleo nacional, o aumento do refino de diesel e o alto nível de geração e de venda de gás também aumentou muito. Tudo isso contribuiu para o resultado”, detalhou o diretor.

A ministra das trombadas


Ao comprar briga com a Igreja, militares e ruralistas, a secretária nacional de Direitos Humanos, Maria do Rosário Nunes, dá ao cargo uma dimensão que ele jamais teve
Hugo Marques

Aos 12 anos de idade, a gaúcha Maria do Rosário Nunes entrou no grêmio estudantil da escola e iniciou o seu histórico de militância. Aos 14, fez um jornal para tentar derrubar o vice-diretor do colégio. Na vida adulta, se destacou no movimento dos professores, filiou-se ao PT e foi eleita vereadora, deputada estadual e depois deputada federal. Em outubro passado, conquistou o terceiro mandato para a Câmara, com 143 mil votos, na sexta maior votação do Rio Grande do Sul, mas pediu licença para assumir a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, como uma das nove ministras de Dilma Rousseff. Em apenas dois meses, Maria do Rosário, 44 anos, deu ao cargo uma dimensão que ele jamais teve. Conseguiu isso ao defender com veemência a união civil de homossexuais, a comissão da verdade sobre os mortos da ditadura e a desapropriação de fazendas que exploram trabalho escravo. Destemida, também cobrou espaço para sua secretaria na coordenação da comissão que procura as ossadas de guerrilheiros no Araguaia. O efeito da postura agressiva foi imediato. Em menos de 100 dias de governo, ela comprou brigas com a Igreja, militares e ruralistas. “Para sentar nesta cadeira aqui, tem que ter coragem”, disse Maria do Rosário à ISTOÉ.

Educação superior, banda larga de acesso

"Na última década, o Brasil foi, segundo o Banco Mundial, o país que mais avançou em aumento de escolaridade e, segundo dados da OCDE, o terceiro país que mais evoluiu em qualidade da educação básica."

FERNANDO HADDAD - Ministro da Educação

As recentes conquistas não podem nos fazer esquecer dos avanços da educação superior, essenciais para a manutenção do ciclo virtuoso que vivemos

Na última década, o Brasil foi, segundo o Banco Mundial, o país que mais avançou em aumento de escolaridade e, segundo dados da OCDE, o terceiro país que mais evoluiu em qualidade da educação básica.

Superamos a China, no primeiro caso, e ficamos atrás apenas de Chile e Luxemburgo, no segundo. Fruto de investimentos recordes em educação básica, essas conquistas não podem nos fazer esquecer dos avanços da educação superior, essenciais para a manutenção e desenvolvimento desse ciclo virtuoso.

Para desgosto dos cães raivosos

Taxa de desemprego do IBGE em janeiro foi a menor para o mês na série histórica

Por: Vitor Nuzzi, Rede Brasil Atual

São Paulo – A taxa de desemprego medida pelo IBGE em seis regiões metropolitanas foi a 6,1% em janeiro, ante 5,3% em dezembro e 7,2% em janeiro do ano passado. A alta é normal para o período. Apesar da elevação, foi a menor taxa para o mês desde o início da série histórica da Pesquisa Mensal do Emprego (PME), em março de 2002.

Na comparação anual, as seis regiões têm 475 mil ocupados a mais (crescimento de 2,2%), atingindo 22,080 milhões. Em relação a dezembro, recuou 1,6% (370 mil a menos), em boa parte causada pela saída de temporários do mercado de trabalho.

O número de desocupados foi estimado em 1,423 milhão. Cresceu 13,7% ante dezembro (172 mil desempregados a mais), mas recuou 15,6% em relação a janeiro de 2010, o correspondente a 264 mil a menos em 12 meses.

A tendência de formalização do mercado se mantém. Estável na comparação mensal, o número de trabalhadores com carteira assinada (10,474 milhões) cresceu 6,6% no ano.

A presidenta Dilma se encontrará com os representantes das centrais sindicais, para debater a pauta de negociações dos trabalhadores.

O encontro com os sindicalistas está sendo acertado com o secretário-geral da Presidência, ministro Gilberto Carvalho, que havia se comprometido a marcar este encontro, durante as reuniões para negociação do salário mínimo.

Dilma também encaminha nos próximos dias ao Congresso Nacional a medida provisória que reajusta em 4,5% a tabela do Imposto de Renda, uma das reivindicações da centrais, porém com índice maior.

O encontro servirá também para aparar arestas, deixadas nas negociações sobre o salário mínimo deste ano, quando não houve consenso. As centrais reconhecem que a regra acordada ainda no governo Lula foi cumprida, mas pleiteavam um aumento real maior este ano, fora do pactuado anteriormente. Quanto a fixação em lei do critério de reajuste até 2015, houve praticamente consenso, já que houve um grande crescimento do PIB no ano passado (que garantirá um salário mínimo próximo de R$ 620) e a expectativa é de crescimento neste e nos próximos anos.

Dilma - balanço 2

PT rumo ao centro; e oposição na UTI

Do Escrivinhador por Rodrigo Vianna

Dias atrás, escrevi um modesto balanço, centrado nas ações econômicas de Dilma nos primeiros dias de governo.

Agora, faço um balanço político.

Os sinais evidentes emitidos por Dilma são de um governo que ruma para o centro. Isso já estava desenhado desde a campanha eleitoral de 2010. Lula havia feito movimento semelhante, ao escolher José Alencar para vice e ao lançar a “Carta aos Brasileiros”, em 2002. Mas o movimento de Lula rumo à centro-esquerda não tinha nitidez institucional. Ele se aproximou de personagens avulsos no mundo empresarial (além de Alencar, Gerdau e Diniz), e não fechou aliança formal com PMDB, mas apenas com pequenos partidos conservadores: PL (depois PR), PTB e PP. Fora isso, Lula manteve-se firme (fora da cartilha liberal) na relação com movimentos sociais e na política internacional – além de ter adotado ações econômicas keynesianas (para irritação dos economistas e colunistas atucanados) no segundo mandato.

O movimento de Dilma é mais claro, mais institucional. Michel Temer na vice. PMDB na aliança formal. Isso tudo já estava desenhado. O início de governo aprofundou esse movimento. Ao adotar, agora, prática econômica apoiada pelos liberais, Dilma capturou a simpatia (real? duradoura?) de setores da mídia que estiveram fechados com Serra durante a campanha. Faz o mesmo em relação à política internacional (menos “terceiro-mundista” do que Lula, como comemora a “Folha” em editorial nessa sexta-feira). E já há sinais de que o governo pode abandonar a proximidade estratégica que mantinha com movimentos como o MST (sinais que vêm de dentro do INCRA, por exemplo – a conferir).

Conversa com a Presidenta, 22/Fevereiro

Coluna semanal da Presidenta Dilma Rousseff

João Marques Canuto, 55 anos, representante comercial de Duque de Caxias (RJ) – A senhora não acha que a falta de creches no país impede mães de sair para trabalhar, principalmente as mais necessitadas? Elas não podem pagar uma creche particular, ficam presas em casa e não contribuem para a família sair da pobreza.

Presidenta Dilma – Você tocou numa questão muito importante. Atualmente, estão frequentando creches no Brasil apenas 20% das crianças de 0 a 3 anos de idade. Significa que, de fato, a maioria das mães de crianças desta faixa de idade, por falta de creches, não pode contribuir para a renda familiar. Para enfrentar o problema, vamos viabilizar, pelo PAC 2, a construção de 6 mil creches em todo o país até 2014, ou 1.500 unidades por ano. O Ministério da Educação divulgou recentemente a relação dos 223 municípios que vão receber verba para construir as primeiras 520 creches. O seu estado, o Rio de Janeiro, teve 59 projetos selecionados e o seu município, Duque de Caxias, enviou 5 projetos que estão passando por ajustes e podem ser incluídos nos próximos grupos. A seleção levou em conta o atendimento das exigências técnicas, o número de projetos inscritos e a demanda por vagas. A relação das creches está na página http://bit.ly/e2p7ZE, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Nesta página consta também a relação dos municípios que receberão verbas para a construção das primeiras 213 quadras poliesportivas cobertas, de um total de 2.500 planejadas para este ano.

João Paulo põe reforma política como prioridade

Deputado federal eleito com expressividade em Osasco, João Paulo Cunha (PT-SP) também é o presidente da maior e mais importante comissão da Câmara dos Deputados, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Nesta entrevista, exclusiva ao Diário, João Paulo fala sobre suas prioridades como deputado, ressalta a presença do PMDB no governo e ainda comenta como pretende levar emendas aos municípios da região mesmo com o corte de 80% dos recursos.

Diário: Como o senhor recebeu a presidência da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania?
Atuo há cerca de dez anos na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania e cabe ao maior partido da Câmara indicar o presidente para a CCJ. Sendo assim, houve a vaga do presidente do PT e o partido me honrou indicando meu nome para presidência. Fico muito orgulhoso, mas, ao invés de me acomodar, me deu mais responsabilidade porque agora terei que cuidar de toda parte do processamento das matérias e dos processos que chegam na Câmara. Quero cuidar com muito carinho e trabalhar com muito afinco.

Diário: No início da escolha houve polêmica sobre quem assumiria a presidência. Fale mais, por favor.
Teve essa disputa, mas no final foi tranqüilo. O partido PT vai presidir a Comissão durante os quatro anos, mas o mandato de presidente da CCJ tem duração de um ano, sendo assim, escolheram que presidisse o primeiro ano e o Ricardo Berzoini (PT-SP), que também se apresentou para a presidência, ficasse com o segundo ano. A bancada está unida, pacífica e muito disposta a ajudar o governo da Dilma Roussef (PT) e o nosso país.

Diário: Quais serão suas prioridades no mandato?
A minha prioridade como deputado é trabalhar em três áreas. A primeira no sentido de fazer grandes reformas, em particular a reforma política. Vou atuar, sugerir e articular para votar a reforma política. A segunda área é trabalhar na região, levantando a demanda dos prefeitos, as necessidades de nossas cidades e tentar, junto ao governo Federal, trazer recursos para região Por fim, a terceira é cuidar especificamente da CCJ, onde há matérias pendentes, entre elas o Código de Processo Civil. Vou me empenhar nessa parte da Legislação que ajuda o Brasil do ponto de vista legal.

O papel da militância e o livre-arbítrio do exercício da presidência



Por LEN*

A temperatura política vem aumentando nos últimos dias em relação às “cobranças” de parte da militância que elegeu Dilma. Luis Nassif levantou uma bola interessante: ele alega que certos setores se ressentem da falta de aceno do governo para com essa parcela da população que teve grande importância na vitória nas eleições do ano passado, e determinados artigos e comentários em blogs e redes sociais apontam a confirmação do que o jornalista sugeriu.

Esse texto não é uma defesa da ida de Dilma à festa de 90 anos da Folha de São Paulo, já existem textos - até demais! - sobre o assunto, e esse blogueiro já se manifestou o suficiente sobre o caso em outros canais. Esse texto pretende apenas abrir o debate sobre o papel de militância e até aonde vai o direito de um presidente da república de não se tornar refém de determinados grupos.

Não estou aqui negando o direito de ninguém de criticar as atitudes do governo e do presidente da república, infelizmente esse é o argumento mais usado pelos críticos quando contraditados, estou apenas tentando delimitar os direitos e deveres das partes.

Dilma deve alguma coisa à militância? Deve pautar as suas decisões em função da vontade de grupos ou do coletivo da população brasileira?  O governo tem que entrar em confronto com a velha mídia que sempre agiu como seu algoz ou esse é o papel da militância? Convido a todos os amigos do blog a deixarem suas opiniões, a minha eu deixo nos próximos parágrafos.

Dilma na Folha de São Paulo

Calma, galera!

Apesar de opiniões contrárias (Aqui, Aqui e Aqui), não fui discurso único a favor da Presidenta Dilma Roussef no piripaque da Militância do PT e dos Blogueiros (ditos) Progressistas contra a sua ida à festa de aniversário de 90 anos da FSP. Muita gente comentou sobre meu post (muitos a favor dele!) e amigos blogueiros chegaram a postá-lo em seus Blogs. Tomei muita porrada por e-mail e pelo twitter, mas não arredo o pé de uma palavra escrita!

Clipei alguns comentários do Blog do Miro, o qual sou leitor assíduo:

André Lux (Blogueiro - O Cachete) disse...

Miro, permita-me discordar de você (pela primeira vez!).

Na minha opinião, ao aceitar ir ao evento e ser a principal oradora, Dilma dá uma estocada de mestre em toda aquela corja de papagaios e capachos que tanto a agrediram só para agradar o chefinho deles. E uma estocada ainda maior no próprio chefinho!

Dilma na cova dos leões



Por Leandro Fortes

Na íntegra do discurso de Dilma Rousseff proferido na cerimônia de aniversário de 90 anos da Folha de S.Paulo, disponibilizado na internet pela página do Portal UOL, lê-se, não sem certo espanto: “Estou aqui representando a Presidência da República. Estou aqui como presidente da República”. Das duas uma: ou Dilma abriu mão, em um discurso oficial, de sua batalha pessoal para ser chamada de “presidenta”, ou, mais grave, a transcrição de seu discurso foi alterada para se enquadrar aos ditames do anfitrião, que a chama ostensivamente de “presidente”, muito mais por birra do que por purismo gramatical.

Caso tenha, de fato, por conta própria, aberto mão do título de “presidenta” que, até então, lhe parecia tão caro, este terá sido, contudo, o menor dos pecados de Dilma Rousseff no regabofe de 90 anos da Folha.

Explica-se: é a mesma Folha que estampou uma ficha falsa da atual presidenta em sua primeira página, dando início a uma campanha oficial que pretendia estigmatizá-la, às vésperas da campanha eleitoral de 2010, como terrorista, assaltante de banco e assassina. A ela e a seus companheiros de luta, alguns mortos no combate à ditadura.

As dúvidas sobre a estratégia política de Dilma

Luis Nassif

Vamos tentar entender um pouco essa questão da presença da presidente Dilma Rousseff nos 90 anos da Folha.

O pós eleições mostrou claramente que o único polo remanescente de oposição radical reside em uma dobradinha mídia-PSDB paulista explorando preconceitos contra o governo Lula. Foram cinco anos de pauleira que não pouparam ninguém, nem Lula, nem Dilma, nem quem ousasse ficar na frente do blitzkrieg midiático.

A motivação da velha mídia não é ideológica. Busca posicionar-se politicamente, recuperar influência em um quadro de profundas transformações tecnológicas, políticas e sociais no decorrer do qual perdeu o cetro de poder político máximo do país.

Eleita, a estratégia de Dilma Rousseff foi similar à de Getúlio Vargas, após a derrota paulista em 1932: estendeu a mão aos vencidos. Praticamente desativou a Lei dos Meios, enfrentou a reação das centrais sindicais ao novo mínimo, não fez nenhum aceno até agora aos movimentos sociais e compareceu na condição de presidente ao aniversário de 90 anos da Folha de São Paulo.

Zeitgeinst, O espírito de nossa época



Um brasileiro internacional



Para o diretor Fernando Meirelles, o cinema brasileiro nunca esteve tão bem. E medidas como a instalação de salas em cidades pequenas e a criação do vale-cultura podem ajudar a resolver a falta de público

Por: Roberto Amado, da Revista do Brasil


"Nunca pensei em qual seria o meu mercado, apenas conto histórias que me tocam (Foto:Divulgação)

Os mais velhos provavelmente se lembram do histriônico Ernesto Varella, o repórter “representado” por Marcelo Tas que fez sucesso na TV dos anos 1980. Os mais novos não podem deixar de lembrar dos personagens mágicos do Castelo Rá Tim Bum, programa ainda hoje reprisado na TV que já deu até nome a um canal a cabo dedicado exclusivamente a crianças. O que poucos sabem é que por trás desses programas sempre esteve o dedo de Fernando Meirelles, considerado um dos cineastas brasileiros mais conhecidos e bem cotados no mercado internacional do cinema – dois de seus filmes, Cidade de Deus e O Jardineiro Fiel, já estiveram no palco do Oscar, concorrendo a prêmios. Paulistano, 55 anos, Meirelles é formado em Arquitetura, mas nunca exerceu a profissão. Desde muito jovem aventurou-se em produzir programas em vídeo – o que, na década de 1980, era uma novidade –, fazendo programas independentes para a TV com a produtora Olhar Eletrônico.

“Dilma tem outro estilo, mas a mesma linha”

Entrevista: Carvalho diz que mínimo de R$ 545 será compensado com descontos a remédios de aposentados

Integrante do núcleo decisório do novo governo, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, informou que, depois de segurar a correção do salário mínimo, limitando-a à inflação do ano passado, o governo vai adotar uma política de valorização dos aposentados. A ideia é reduzir os custos de medicamentos para essa parcela da população, a exemplo do que já é feito nos remédios usados para doenças como hipertensão e diabetes. O governo pode, também, rever os valores das aposentadorias.
Carvalho reconheceu, nesta entrevista ao Valor, que o governo teve que conter a evolução do salário mínimo neste momento porque gastou muito nos últimos dois anos do governo Luiz Inácio Lula da Silva. “Todo mundo sabe que em 2009 e 2010 nós enfiamos o pé no acelerador para sair da crise. Desoneramos, estimulamos, fizemos concessões de toda sorte. 2011 se afigura como um ano em que você precisa controlar. A inflação está batendo na porta”, disse.
“Temos que mandar um sinal claro para a sociedade de que o governo não vai brincar com a economia, não vai aceitar a indexação, porque, no fundo, se tem um prejuízo grande para o trabalhador é a inflação”, acrescentou o ministro. Ele informou que, também por causa da preocupação com a inflação, o governo vai limitar a correção da tabela do Imposto de Renda (IR) a 4,5%. “Nossa resistência de ir além dos 4,5% é por isso. Se dermos 5%, 5,5%, estaremos projetando inflação superior à que estamos perseguindo.”

A xenofobia européia



Por Ignacio Ramonet

Não é surpresa. Organizado por demanda do principal partido da Suíça, a União Democrática de Centro (que já havia conseguido, em 2009, proibir a construção de minaretes), um plebiscito legalizou (por 53% dos votos) a expulsão (ao final da pena) de todos estrangeiros condenado por crimes “graves” (tais como, homicídio, estupro e assalto), mas também proxenetismo e trafico de drogas. Também terá de deixar o país quem simplesmente tiver “recebido abusivamente os benefícios sociais ou não pagar pensão alimentícia”.

É uma nova vitória para a extrema direita na Europa. Pode alimentar tentações semelhantes em outros partidos de ideologias semelhantes. Trará inevitavelmente certas consequências para a União Europeia, à qual a Suíça não pertence, mas com a qual Berna assinou, em 2002, um acordo sobre a livre circulação de pessoas. O que farão os governantes europeus quando a Suíça promover as expulsões, que são claramente dupla pena?

No fundo, a medida traduz, sobretudo, uma crescente inquietude com os imigrantes, acusados de serem a raiz de todos os problemas. É evidente que todas as sociedades têm o direito de definir o que aceitam ou não em seu espaço público. E não seria o caso de o país acolhedor modificar suas praticas em função dos novos habitantes. São estes que devem fazer um esforço de adaptação. Mas a partir destas evidências consensuais, os novos partidos da extrema direita constroem um discurso islamofóbico, expandindo seus círculos de influência e, pouco a pouco, fazendo passar todas as suas propostas extremistas.

OS JOVENS NORTE-AMERICANOS – MADISON, WISCONSIN


Laerte Braga

O diretor Michael Moore decidiu abrir um JORNAL ESCOLAR com o intuito de publicar tudo o que os jovens norte-americanos escrevem para os jornais e blogs de suas escolas e a censura não permite que seja publicado. Michael Moore é uma versão norte-americana do brasileiro Sílvio Tendler, um dos nossos maiores diretores de cinema.

Há cerca de uma semana atrás, na série CRIMINAL MINDS, um dos agentes especiais do FBI referindo-se ao modus operandi de um criminoso disse o seguinte – “ele age como os iranianos agem” –.

Em setembro de 2010 os norte-americanos executaram com uma injeção letal Teresa Lewis, acusada de ser a mandante do assassinato de seu marido. A execução aconteceu em meio a protestos de organizações nacionais e internacionais de direitos humanos. De declarações de juristas e médicos em todo o mundo. Teresa Lewis era incapaz mentalmente. O fato estava documentado no processo.

Mas... Enfim, democracia cristã e ocidental é assim, a lei acima de tudo...

A mídia pródiga em acusar o Irã, enfiou a viola no saco (o dinheiro na conta de caixa dois) no caso de Teresa Lewis.

Blog do Eduardo Chuchu: CFP - Manipulação nos meios de Comunicação

Blog do Eduardo Chuchu: CFP - Manipulação nos meios de Comunicação

CFP - Manipulação nos meios de Comunicação

Paulo Bernardo debate o Plano Nacional de Banda Larga


Debate com as Blogueiras


Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região promove o Debate com as blogueiras, com a presença de:

Helena Stepanovich (blog Os Amigos do Presidente Lula),
Conceição Oliveira (blog Maria Frô)
Conceição Lemes (blog vi o mundo)

73% dos jornalistas argentinos apoiam lei de mídia do país


Já os daqui têm pavor da democratização da mídia.

Pesquisa realizada na Argentina revelou dado animador sobre a opinião dos jornalistas a respeito da Lei dos Meios Audiovisuais, normativa que vem gerando tensões e embates judiciais entre o governo e os grandes grupos de mídia. De acordo com o levantamento, 73% se declararam favoráveis à nova legislação, que recebe o apoio integral da presidente Cristina Kirchner.

Divulgação

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner enfrenta uma verdaderia batalha com as grandes empresas de comunicação do país por conta da implementação da lei.

De acordo com a agência estatal Télam, a pesquisa de autoria da Ibarómetro revelou ainda que 80% dos 240 entrevistados consideram haver liberdade de expressão no país.

Sobre o jornalismo argentino, os entrevistados o definiram com palavras duras, como "medíocre, condicionado e ideologizado".

Defensores da Democracia? Folha de S. Paulo reconhece que apoiou e serviu o Golpe de 1964



Folha: um jornal a serviço da ditadura

Matéria publicada no jornal Folha de S.Paulo de sábado, dia 19 de fevereiro de 2011 (grifos meus):

A Folha apoiou o golpe militar de 1964, como praticamente toda a grande imprensa brasileira. Não participou da conspiração contra o presidente João Goulart, como fez o “Estado”, mas apoiou editorialmente a ditadura, limitando-se a veicular críticas raras e pontuais.

Confrontado por manifestações de rua e pela deflagração de guerrilhas urbanas, o regime endureceu ainda mais em dezembro de 1968, com a decretação do AI-5. O jornal submeteu-se à censura, acatando as proibições, ao contrário do que fizeram o “Estado”, a revista “Veja” e o carioca “Jornal do Brasil”, que não aceitaram a imposição e enfrentaram a censura prévia, denunciando com artifícios editoriais a ação dos censores.

As tensões características dos chamados “anos de chumbo” marcaram esta fase do Grupo Folha. A partir de 1969, a “Folha da Tarde” alinhou-se ao esquema de repressão à luta armada, publicando manchetes que exaltavam as operações militares.

FOLHA MENTE (DE NOVO) E É CONDENADA


Até o mundo mineral (como diria Mino Carta) sabe que a imprensa brasileira publica mentiras. Uma atrás da outra.

Até o mundo mineral sabe que nossos jornalistas não se julgam no trabalho de investigar antes de publicar, pra saber se o que estão falando é verdade ou mentira.

Tampouco acham que importa, caso publiquem uma mentira, que a imagem da pessoa ofendida seja destruída.

E pior, quando é obrigada a se retratar, o faz de maneira esquivada. Nunca escancarada conforme faz, quando da publicação da matéria mentirosa.

Dessa vez, a Folha acusou um advogado de comercializar produtos ilegais e que portanto, ele seria contrabandista.

Não era bem assim, por óbvio. O jornalista em questão publicou o que ele acha que é, e não se deu ao trabalho de quem sabe, procurar saber se de verdade, havia alguma ilegalidade alí.  Ele apenas concluiu, com base no que ouviu e leu, que o advogado seria portanto, um criminoso.

E como o jornalista não tem formação em Direito, já se pode imaginar a lambança. Aliás, jornalista acha que sabe tudo, sem ter estudado pra nada (nota deste escriba, indignado).

Irresponsabilidade da Folha agride agora neurocientista Miguel Nicolelis

Desta vez, a vítima da irresponsabilidade jornalística da Folha de S. Paulo, na coluna Painel, foi nada mais, nada menos que o respeitado neurocientista Miguel Nicolelis, professor da Universidade de Duke (EUA) e fundador do Instituto de Neurociências de Natal (RGN).

A coluna Painel simplesmente inventou uma declaração do neurocientista sobre o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloísio Mercadante. O (a) jornalista da Folha não se deu sequer ao trabalho de telefonar e checar a tal “informação”. Milhares de e-mails entupiram a caixa do neurocientista em solidariedade.

No dia seguinte, a Folha tentou remendar a malfeitoria midiática, mas, como não consegue mesmo enxergar um palmo à frente do nariz, a emenda foi pior que o soneto, o que gerou uma carta do neurocientista ao jornalão.

Marco regulatório da comunicação: a batalha no Congresso

É inevitável um forte sentimento de déjà vu, nada animador. Lembra-nos das velhas batalhas, por exemplo, da Constituinte de 87-88. Em alguns casos, lá estão, ainda hoje, os mesmos atores, com o mesmo discurso, na defesa dos mesmos velhos interesses.
Venício Lima

Ainda não se conhece sequer o pré-projeto de marco regulatório para as comunicações eletrônicas que o governo Dilma promete enviar ao Congresso Nacional (no segundo semestre?), mas deputados e senadores já explicitam suas posições para a eventual disputa que se antecipa.
É inevitável um forte sentimento de déjà vu, nada animador. Lembra-nos das velhas batalhas, por exemplo, da Constituinte de 87-88. Em alguns casos, lá estão, ainda hoje, os mesmos atores, com o mesmo discurso, na defesa dos mesmos velhos interesses.

Velhos concessionários

Matéria da Agência Câmara revela dados do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) indicando que, na atual legislatura, existe uma bancada de, pelo menos, 60 parlamentares proprietários, acionistas ou ligados a emissoras de rádio e/ou televisão. Se forem contabilizados proprietários diretos e indiretos (parentes e outros), esse número passa dos 100, vale dizer, cerca de um quinto do total de deputados.

Frente parlamentar vai debater e propor novo marco regulatório da comunicação


O deputado Emiliano José (PT-BA) e a deputada Luiza Erundina (PSB-SP), em articulação conjunta, estão organizando a “Frente Parlamentar em Defesa da comunicação”. A principal missão do agrupamento parlamentar será a discussão e proposição de um novo marco regulatório para o setor de comunicação no país. Os principais objetivos são: democratização da comunicação, a liberdade de expressão e o fim do monopólio dos meios de comunicação no Brasil.

"Estamos muito atrasados nos aspectos da comunicação no Brasil. Temos uma legislação que data de 1962. Desde então, ocorreram profundas transformações no campo das comunicações no Brasil e no mundo. Precisamos atualizar a nossa legislação para assegurar a liberdade de expressão e a democratização do direito à comunicação", afirmou o deputado Emiliano José. A primeira reunião foi feita nesta terça-feira (22) e outra já está prevista para a próxima semana.

De acordo com o deputado Francisco Praciano (PT-AM), o tema da comunicação deverá estar no centro dos debates do Congresso Nacional nesta legislatura. O petista criticou o monopólio da comunicação no país e disse que irá trabalhar, no âmbito da frente, para atualizar a legislação da comunicação no Brasil. "A frente tem que funcionar como um impulso à construção de um novo marco regulatório para o setor", defendeu. O deputado Luiz Couto (PT-PB) também participou da reunião de trabalho.

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Lindeberg desmascara Aécio com as leis delegadas

Kassab convidará Aécio para novo partido; PSDB, DEM e PPS murcham


O senador Aécio Neves (PSDB-MG) será convidado para ingressar no partido que o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, atualmente no DEM, pretende criar. Logo após o dia 15 de março, quando os “demos” definem seu novo presidente nacional, Kassab deve anunciar a fundação da nova legenda, que será chamada de Partido Democrático Brasileiro (PDB).
O deputado federal paulista Eleuses de Paiva (DEM), um dos interlocutores do prefeito paulistano, confirmou que Aécio será convidado, caso o novo partido seja mesmo criado nos próximos meses. "Se houver (a criação da legenda), a tendência é procurarmos os melhores quadros. E Aécio será um dos primeiros a ser procurado, senão o primeiro", disse o parlamentar.

Segundo Paiva, Kassab espera apenas a definição do quadro interno do DEM para anunciar seu destino. O prefeito está em rota de choque com o atual presidente da sigla, deputado Rodrigo Maia (RJ), e avalia três situações. A primeira e menos provável é sua permanência no DEM. A segunda é criar sua legenda e fazer com que ela cresça com o apoio de outros “demos” insatisfeitos, além de tucanos, peemedebistas e membros do PR, PP e do PTB. Já a terceira via, que foi confirmada por Eleuses Paiva, seria criar o PDB para fazer a sua fusão com outro partido – possivelmente o PSB.

A Hora do Pesadelo em São Paulo



Nesta semana sofri uma sequência de emboscadas em São Paulo. Os ataques escancararam quase todas as fragilidades que carrego como cidadão comum e o abandono crônico ao qual sou submetido pelas administrações estadual e municipal. Só faltou precisar de algum socorro médico do estado ou enfrentar os recordes mundiais de congestionamento típicos de um final de tarde chuvoso em São Paulo. Mas minha saúde física vai bem e quanto ao trânsito, não passo de um espectador da insanidade dos que andam por esta cidade carregando um automóvel nas costas.

Primeiro foi a Telefonica – que nos trata como otários colonizados. Campeã de reclamações no Procon, somou 7 dias suprimindo-me a conexão – dita banda larga – com justificativas pra boi dormir. Claro que, durante este período, foram vários pedidos de reparo feitos ao odiável sistema de gravações, suas instruções que nos tratam como débeis mentais e seu idiota reconhecimento da fala. Esta empresa, que é considerada a pior em telefonia do planeta (pergunte a qualquer estrangeiro sobre a fama da Telefonica mundo afora), só tem a ousadia de cobrar seus preços abusivos em São Paulo porque fez um negócio da China, ops – de outro mundo – com o governo do PSDB, quando recebeu a concessão para operar a telefonia fixa e a banda larga – que nem é banda, nem larga, aliás. Pelo que eu soube, a malandragem destes inescrupulosos capitalistas multinacionais é dividir o mesmo sinal em vários usuários sem que eles saibam porque pagam banda larga de 2 megas e recebem 200k no máximo. E o pior: nós assinamos a permissão para que nos forneçam apenas 10% do serviço contratado. Por que chamam 200k de banda larga? Como o PROCON, o INMETRO, ANATEL etc, nos fazem engolir isso? Os japoneses, que pagam preços quase simbólicos por uma banda larga autentica, devem nos achar pitorescos – pra dizer o mínimo – já que nos conformarmos com este estelionato legalizado.

Choque de gestão de Aécio/Anastasia mata eletricistas da CEMIG

 Os trabalhadores da CEMIG (estatal de eletricidade do governo mineiro) fizeram um ato público em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais, na manhã de quinta-feira (24).

Eles protestaram contra o elevado número de mortes em acidentes de trabalho na empresa, decorrentes do "choque de gestão", que terceiriza para empreiteiras privadas, até mesmo atividades de alto risco.

Esperam sensibilizar autoridades estaduais e federais, a imprensa e a sociedade sobre as tragédias que poderiam ser evitadas pelo governo do Estado e pela direção da Cemig.

Mensalão tucano: depoimento complica a vida de Eduardo Azeredo


Esse é o verdadeiro mensalão, custeado com dinheiro público, o resto é fichinha.

Mais um integrante do alto escalão do antigo governo de Eduardo Azeredo (PSDB), atual deputado federal, informou ter recebido ordens para repassar recursos dos cofres estaduais à agência do empresário Marcos Valério, a SMP&B, responsável pela campanha pela reeleição de Azeredo em 1998. O mensalão tucano foi denunciado pelo Ministério Público.

Em depoimento à Justiça estadual nesta quinta-feira (24), o diretor jurídico da empresa pública Comig (atual Codemig), Jolcio Carvalho Pereira, disse ter recebido, por intermédio do presidente da Comig, carta oriunda da Secretaria de Comunicação (Secom) do governo determinando o repasse de R$ 1,5 milhão à agência de Valério, para o patrocínio ao Enduro da Independência, evento de motocross, às vésperas da eleição. Marcos Valério não compareceu à audiência.

O Ministério Público acredita que o destino real dos recursos foi a campanha de Azeredo, e não a organização do evento, que teria custado muito mais barato. Em depoimento, Jolcio disse ter advertido outros dirigentes da Comig para a necessidade da proposta seguir todos os trâmites de praxe e análise do setor jurídico da empresa, o que não aconteceu.

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Um tucano depenado na tribuna da ditadura



José Serra, que adora um vice-campeonato (não deve desanimar, porque Lula foi tri-vice e acabou chegando lá), usou, neste fim de semana, o jornal que tem nome de biscoito de praia pra cobrar de Dilma Rousseff grandes realizações em dois meses de governo.

Com sua choradeira extemporânea, Serra mostra que ainda não assimilou a derrota nas urnas. Deve vagar à noite pela casa, arrastando correntes e dizendo:

_ No próximo debate eu viro o jogo. No próximo debate eu viro o jogo...

Além de perder para o "poste" com uma performance constrangedoramente mitômana nos debates, Serra ficou sem espaço no PSDB para Aécio Neves e até para o picolé de giló que governa São Paulo.

Aí, aparece a tribuna do golpe e do monopólio para dar voz ao zumbi político paulistano. Quem deu voz à ditadura militar não daria a Serra contra Dilma?

Se Satanás bater na porta da redação da Rua Irineu Marinho disposto a meter o pau no PT, a chefia imediatamente mandará descer um repórter e um fotógrafo com tridentes nas mãos e boné de chifrinho.

O escabroso caso da Polícia Civil paulista

Polícia cometeu irregularidade e 3 governadores ignoraram...
Semana passada, vocês se lembram, um vídeo de junho de 2009 veio à público: uma escrivã, suspeita de ter cobrado R$ 200,00 para fornecer um porte de munição, foi despida à força por integrantes da Corregedoria de São Paulo, para ser revistada. Ela diz não se negar a passar pela revista, apenas pedia que fossem policiais mulheres e não homens.

O vídeo chegou às mãos do atual secretário de Segurança Pública do Estado, Antonio Ferreira Pinto em dezembro de 2010, enviado pelo presidente da seccional paulista da OAB, Luiz Flávio Borges D"Urso. Mas o que fez o secretário? Reenviou o material à Corregedoria!

Semana passada, a OAB e a Rede Bandeirantes de TV divulgaram o vídeo, misteriosamente postado também na internet. A crise veio à tona. Resultado: quase dois anos depois do episódio a corregedora-geral da Polícia, Maria Inês Trefiglio Valente (que sempre defendeu a sua equipe) foi exonerada e 3 dos 4 delegados que participaram da revista, ou melhor, rasgaram na marra a calça e roupas íntimas da escrivã, foram afastados.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Conversa com a Presidenta 15/02



Coluna semanal da Presidenta Dilma Rousseff

Romero de A. Cavalcanti, 30 anos, produtor cultural de Arcoverde (PE) – A senhora visitou, junto com o ex-presidente Lula, grande defensor do povo nordestino, as obras da transposição do São Francisco. A senhora pretende aumentar os investimentos no Nordeste em sua gestão?

Presidenta Dilma – Planejamos aumentar o volume de investimentos em todo o país, principalmente em obras de infraestrutura energética, logística e social-urbana. As obras iniciadas no governo Lula estão distribuídas por todo o território nacional, com prioridade para os estados que nunca receberam a atenção devida, o que inclui os da sua região. Começamos a trabalhar por um país mais equilibrado e justo socialmente. Eu participei da formulação e tenho, portanto, compromisso com essas diretrizes. Os empreendimentos iniciados no governo passado terão seguimento, incluindo os megaprojetos no Nordeste, como são os casos da Integração do São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional, também chamada de Transposição do São Francisco, a Transnordestina, as refinarias Premium I (MA) e Abreu e Lima (PE). Além disso, terão início as obras da Refinaria Premium II (CE). Para o PAC 2, entre os critérios de seleção de projetos está a questão do impulso ao desenvolvimento regional, o que contempla os estados do Nordeste. Os investimentos serão maiores em todos os setores. Como exemplo, cito o da habitação – o Minha Casa Minha Vida-2 vai financiar a construção de mais 2 milhões de moradias, com subsídios maiores para as menores faixas de renda. Boa parte será destinada aos estados da sua região.

O que falar de Dilma?


Marcos Coimbra

Pelo que parece, a “grande imprensa” vai passar quatro anos a se remoer. Achava que a presidenta seria cópia piorada de Lula. Dá-se o caso que, neste início de governo, ela surpreendeu a mídia. Exatamente no que menos
se esperava: está fazendo, desde o primeiro momento, o governo dela

É engraçado ler nossa “grande imprensa” nos dias que passam. Seus colunistas e comentaristas vivem momentos difíceis, dos quais tentam escapar com saídas cômicas.

A raiz de seus problemas é que não sabem como lidar com Dilma Rousseff. Talvez achassem que seu governo seria óbvio. Que ela seria uma personagem que conseguiriam explicar com meia dúzia de ideias prontas.

Imaginavam, talvez, que o compromisso que ela assumiu com a continuidade do trabalho de Lula faria com que ficasse de mãos atadas. E, quando ela confirmou vários ministros e auxiliares do ex-presidente na sua equipe, devem ter tido certeza de que suas expectativas se confirmariam.

Artigo de Emiliano: Dilma e Lula

Emiliano José*

Antes que fossem concluídos os 30 dias do governo Dilma, estabeleceu-se, em alguns órgãos da mídia hegemônica, um curioso debate em torno da personalidade da presidenta, descoberta agora como uma mulher decidida, capaz, com um estilo próprio, e simultaneamente, o discurso de que ela rompia com o estilo Lula, e que isso seria muito positivo. Deixava sempre trair o profundo preconceito contra Lula, pela comparação entre uma presidenta letrada (que cumprimenta em inglês a secretária Hillary Clinton...) e o outro, com seu português, essa língua desprezível. Não se sabe se seriam esquizofrenias da mídia hegemônica, ou táticas confluentes destinadas a diminuir o extraordinário legado do presidente-operário e a camuflar a continuidade de um mesmo projeto político.
Não custa tentar avaliar essa operação. Durante a campanha, a mídia seguiu a orientação de que Dilma era uma teleguiada, incapaz de pensar por conta própria. No governo, como era inexperiente, seria manipulada por Lula. Bem, ocorre que foi eleita. O que fazer diante da esfinge? Nos primeiros momentos, cobra que ela fale o tanto que Lula falava. Dilma, que tem estilo próprio, ao contrário do que a mídia dizia, seguia adiante, sem subordinar-se às cobranças. Toca o governo com toda firmeza, que é o que importa. Não se rende às expectativas midiáticas, sinal de uma personalidade forte, muito distante da figura de fácil manipulação que se tentou esculpir antes.

E A PRESIDENTA DILMA ROUSSEFF SÓ TRABALHANDO

Dilma inicia mudanças no setor de aviação civil

Governo anuncia troca na cúpula da Infraero

DE BRASÍLIA

A presidente Dilma Rousseff iniciou ontem as prometidas mudanças no setor de aviação civil.
O Ministério da Defesa tirou da Infraero seu atual presidente, Murilo Barboza, abrindo caminho para a nomeação de Gustavo do Vale para comandar a estatal que administra aeroportos.
Vale é diretor do Banco Central e foi escolhido para seu novo posto com a ajuda do atual presidente da autoridade monetária, Alexandre Tombini.
Ele permanece no banco até que o Senado aprove o nome de seu substituto, Sidnei Corrêa Marques.
Segundo a Folha apurou, o governo enviará ao Congresso a medida provisória que institui a Secretaria de Aviação Civil, o que deve ocorrer na semana que vem.
Com status de ministério, a secretaria ficará sob comando de Rossano Maranhão, presidente do banco Safra e ex-presidente do Banco do Brasil no governo Lula.