segunda-feira, 10 de junho de 2013

Dilma anuncia plano safra específico para o Semiárido



Escrito por PT Senado

“Os países que têm inverno suportam esse processo sem voltar atrás no caminho do
desenvolvimento. Por que não podemos fazer o mesmo com a seca?”
A presidenta Dilma Rousseff anunciou nesta segunda-feira (3), em Natal (RN), o lançamento de um plano safra específico para o Semiárido Nordestino, que sofre com a maior estiagem dos últimos 50 anos. O objetivo é melhorar a estrutura dos produtores rurais no período da seca e reduzir a dependência da importação de milho para alimentação do rebanho. As dívidas dos agropecuaristas da região serão equacionadas. Esta é mais uma iniciativa do Governo Federal, que desde o ano passado, vem atuando para prevenir e amenizar os efeitos da seca.
Em abril, Dilma se reuniu com os governadores para anunciar repasse de R$ 9 bilhões para a região atingida com enfoque na ampliação do fornecimento de água. Entre as ações estão a ampliação em 30% da frota de carros-pipas; e a construção de cisternas. Também foi negociada a renegociação das dívidas e a oferta de crédito para as novas plantações. Por meio de medidas provisórias, o Governo ainda aumentou o socorro aos agricultores que perderam suas safras.
Os planos safra nacionais 2013/2014 da agricultura empresarial e da agricultura familiar serão lançados nesta semana pelo governo.
Dilma comparou a seca nordestina ao inverno rigoroso que alguns países enfrentam. “Os países que têm inverno com 20 graus negativos, onde tudo é tomado pela neve, suportam esse processo sem voltar atrás no caminho do desenvolvimento. Por que não podemos fazer o mesmo com a seca?”, questionou.
A presidenta, que foi ao Rio Grande do Norte entregar retroescavadeiras e motoniveladoras a 149 municípios do estado para construção e reestruturação de estradas rurais — parte da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) — destacou em seu discurso que é possível conviver com a seca e escolher a melhor forma de enfrentar os prejuízos que ela traz. Para tanto, disse ela, trabalha-se com dois eixos principais: segurança hídrica e segurança produtiva.
Enfrentamento dos efeitos da seca
"A segurança hídrica é estratégica”, avaliou Dilma, lembrando que o Governo federal vem repassando recursos aos estados e municípios para garantir a escavação de poços e construção de pequenos sistemas coletivos de abastecimento, alem do pagamento da garantia safra e bolsa estiagem. “É por isso que não vimos, apesar da profunda seca, ataques a supermercados e feiras, porque criamos um cinturão que vai durar enquanto a seca durar", disse.
O primeiro eixo vem sendo executado com obras de transposição, cisternas e barragens, entre outras obras para estruturar a região. A segurança produtiva será implementada, a partir de agora, pelo plano safra a ser anunciado, bem como pelos equipamentos doados para  construção e reestruturação de estradas rurais que permitam o escoamento da produção. Além dos recursos para investimentos e custeio, o plano vai prever assistência técnica para os produtores da região. Uma dos principais investimentos para a segurança produtiva do Semiárido é a construção de armazéns e silos para estocar os alimentos.
No Rio Grande do Norte, a presidenta confirmou o repasse de mais de R$ 300 milhões para que o governo estadual construa a Barragem de Oiticica, entre os municípios de Caicó e Jucurutu, e que deve beneficiar mais de 500 mil pessoas. “A Barragem de Oiticica, durante 63 anos, ficou esperando. Nós temos que fazer obras estruturantes, da proporção dessa barragem. Por isso que ela é um compromisso do governo federal. Essas obras têm um objetivo, que é assegurar um horizonte de segurança hídrica. É ter seca, e ainda assim, controlar o nível da água”, defendeu Dilma.
Ela também anunciou a liberação de R$ 30 milhões para reforma e ampliação do Centro de Convenções de Natal, com recursos do Ministério do Turismo, e participou do lançamento do edital de licitação para obras complementares da duplicação da BR-101 no estado, como obras de drenagem e construção de vias marginais e de dois viadutos.
Dilma ressaltou a importância do Nordeste para o crescimento econômico do país e disse que a região é prioridade. “O Brasil não vai crescer o que tem que crescer se o Nordeste não continuar crescendo acima de outras regiões, porque tem que tirar o atraso”, concluiu.

Lançamento
O Ministério do Desenvolvimento Agrário informou que o Plano Safra para o Semiárido será lançado oficialmente ainda nesta semana, quando serão apresentados os detalhes do programa e o volume de crédito que vai ser ofertado para os agricultores da região.


A elegante resposta de Dilma e a verdade sobre boatos do Bolsa Família



Elegante e firme, a resposta da presidenta Dilma Rousseff em relação aos boatos sobre o falso fim do programa Bolsa Família está à altura do cargo que ela ocupa. Nós não temos esse limite, essa injunção do cargo, e dizemos com todas letras aqui no blog o que foi aquela irresponsabilidade: sabotagem com objetivos políticos e eleitorais.
A boataria espalhada há uma semana provocou corrida bancária e tumulto em 13 Estados e levou 920 mil dos 13,5 milhões de famílias beneficiárias do programa a sacar R$ 152 milhões.  A presidenta Dilma afirmou que os boatos sobre o Bolsa levam o governo federal a aprimorar o sistema de fiscalização do benefício. "O que a gente pode tirar de bom disso? Ficar sempre mais atentos para essa possibilidade (de boatos), porque durante 10 anos nunca houve isso", afirmou a presidenta.
Ela evitou comentar a investigação sobre a origem dos boatos que, de acordo com o apurado inicialmente pela Polícia Federal, podem ter sido disseminados por uma pequena central de telemarketing com sede no Rio. Mas a presidenta deixou claro não acreditar que a razão tenha sido a mudança no cronograma de pagamentos pela Caixa Econômica Federal (CEF), na véspera dos boatos, como quer fazer crer a mídia, em particular a Folha de S.Paulo.

CEF já deu explicações; Folha insiste em culpá-la
A CEF já explicou que a antecipação de pagamentos feita no fim de semana passado, quando usuários correram às agências para sacar a parcela mensal do Bolsa Família, foi um procedimento normal com o objetivo de melhorar o cadastro do programa.
"Eu li a nota da Caixa. O que ela admite é que está em transição de um sistema para outro e suspendeu, de fato, uma pessoa do pagamento. Isso explica o pagamento dessa pessoa, mas não a corrida à Caixa. Não explica o porquê da quantidade de pessoas que procuraram a Caixa no sentido de receber (o benefício). Somos humanos e uma falha tópica não explica esses rumores", considerou a presidenta.
Como se vê, a pretexto de ser objetiva e buscar a verdade, buscar erros e falhas, apontar  a persistência de desigualdades sociais no Brasil, o que a Folha faz é o seu jogo de desconstruir o legado da gestão do presidente Lula e o governo Dilma. Ela é oposição a nós.
Já nós repetimos com todas as letras: a boataria sobre o falso fim do Bolsa foi sabotagem com objetivos políticos e eleitorais. A oposição vestiu a carapuça porque quis e porque gostou do pânico que se instalou em varias capitais, já que trabalha sempre com uma crise qualquer para ver se pelo menos vai para o 2º turno nas eleição presidencial do ano que vem.

Pesquisas mostram que ataques da mídia conservadora não atingem a presidenta



Por Redação - de São Paulo

A presidenta Dilma Rousseff, a exemplo de seu antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, teria uma espécie de “blindagem popular” contra a mídia conservadora, capaz de impedir que os ataques simultâneos dos maiores meios de comunicação do país atinjam a sua imagem perante o eleitor. A certeza de que esta façanha seja verdadeira viria de pesquisas de opinião realizadas sistematicamente pela assessoria da Presidência da República, segundo revela em seu site, Blog da Cidadania, o advogado Eduardo Guimarães, no artigo publicado neste sábado. Tais estudos junto ao eleitor mostrarão ser inúteis os artigos, notas, manchetes e outros destaques das notícias negativas contra a mandatária brasileira, teria afirmado um interlocutor do blogueiro no Palácio do Planalto.
 “Sobre as acusações de alheamento ao processo de difamação do governo, a fonte garante que este vem fazendo medições diárias dos efeitos do bombardeio midiático através de um método de sondagem da opinião pública conhecido como tracking, tudo sob o comando do marqueteiro João Santana. Nesse aspecto, sobre a cobrança deste Blog no sentido de que a presidente da República fosse à televisão, em rede nacional, a fim de fornecer ao público a versão correta dos fatos, o Planalto, por conta da sondagem que faz da opinião pública, teria dados que comprovam que a farsa ‘não colou’ e que as falas não-oficiais da presidente, de Lula e do presidente do PT teriam bastado”, escreve Guimarães.
Ainda segundo a fonte,”não está sendo feito hoje pela mídia nada que já não tenha sido feito antes e que, como se sabe, não funcionou. O Planalto consideraria, pois, que ‘Em time que está ganhando não se mexe’ e que futuras pesquisas que serão difundidas publicamente revelarão que o bombardeio em curso terá sido ‘inútil”. Mas Guimarães não se convenceu: “A ver”.
Coexistência
“O bombardeio midiático de saturação contra o governo Dilma começou neste ano. Nos seus dois primeiros anos, a presidente desfrutou de coexistência pacífica com a mídia, cujos ataques se limitaram ao PT e ao ex-presidente Lula. Agora, aqueles ataques deram lugar ao que este Blog previu, ao longo de 2011 e 2012, que ocorreria. Era previsível que o ataque a Dilma seria deixado para mais perto de sua sucessão (2014) e que, primeiro, haveria que desmoralizar o responsável pela eleição dela e o partido de ambos. Nos últimos dias, este Blog vem criticando duramente o que qualificou como mutismo da presidente e do PT diante dos ataques da oposição e da mídia, nos quais o discurso antigoverno se tornou tão uníssono que chega a impressionar, dando a impressão de que o pré-candidato tucano Aécio Neves vem escrevendo os textos dos três grandes jornais e da principal revista semanal de oposição”, continuou Guimarães.
O blogueiro reparou que “tanto faz ler a Folha de São Paulo, O Globo, o Estado de São Paulo ou a revista Veja. Os três – entre outros – divulgam editoriais, artigos, colunas, reportagens e até cartas de leitores idênticos exprimindo meras opiniões contra o governo e de vitimização da oposição. E como tanto faz ler sobre política em um dos três grandes jornais ou na revista semanal e congêneres, tome-se como exemplo editorial da Folha deste sábado, o qual deixa a impressão de ter sido escrito com base em pronunciamento recente do senador tucano por Minas Gerais, Aécio Neves, em que acusou a presidente da República de ser a responsável por informação errada dada pela Caixa Econômica Federal sobre a liberação antecipada de pagamentos do Bolsa Família e pelos boatos que causaram pânico entre os beneficiários do programa”, concluiu. 

Dilma ouve Chagas e Bernardo, e esquece Marx, Chacrinha e Nelson Rodrigues




Por Altamiro Borges - de São Paulo

Chacrinha: “Quem não se comunica se trumbica”
A presidente Dilma Rousseff está preocupada com o rumo do PDT
A presidente Dilma Rousseff não está preocupada com a mídia… Deveria
Segundo li no Blog da Cidadania, do Eduardo Guimarães, a Comunicação da presidenta Dilma tem pesquisas que mostram que toda a campanha da mídia corporativa contra seu governo ainda não atingiu sua imagem.
Não penso assim, por isso repito quase na íntegra postagem deste blog de junho de 2011.
O governo da presidenta Dilma ainda não percebeu que a batalha das comunicações é tão importante hoje em dia quanto o saneamento básico, o acesso à educação e à saúde.
Porque o mundo vive hoje a chamada guerra de quarta geração, que se desenvolve não nos campos de batalha mas na cabeça e no coração das pessoas. A mídia corporativa é o braço avançado dessa guerra na luta para o Brasil voltar a se encaixar na ordem capitaneada pelos Estados Unidos.
O ex-presidente da Venezuela Hugo Chávez conheceu essa força em 2002, quando foi derrubado do poder por um golpe idealizado, forjado, trabalhado, incitado e comandado pela mídia corporativa de lá, liderada pela cadeia RCTV (a RGTV – a Rede Globo de Televisão – de lá, à época).
A batalha da comunicação se desenrola como um roteiro cinematográfico, onde os lados opostos vão criando seus personagens, tramas, subtramas, com o objetivo de conseguir chegar ao seu final feliz.
Por serem governo e oposição, é claro, o final feliz de um é a desgraça do outro, como experimenta agora a oposição quase esfacelada com o impressionante sucesso do governo do presidente Lula e agora da presidenta Dilma.
Grosso modo, a história que o governo pretende contar está resumida no discurso de posse da presidenta Dilma (que pode ser lido na íntegra aqui). É uma história de continuidade em relação ao governo anterior, mas também de avanço e com um eixo central:
A luta mais obstinada do meu governo será pela erradicação da pobreza extrema e a criação de oportunidades para todos.
Já a história que a oposição – há tempos subsidiada, mas hoje assumidamente liderada pela mídia corporativa – quer contar é a seguinte: Este é um governo demagógico, que se vale de bolsas e transferência de renda para vagabundos, numa compra indireta de votos; é um governo de petralhas, de cumpanheros enriquecendo como nunca; uma república sindicalista, com bolsa de estudo para pobre, tudo para os pobres, com o objetivo de continuar vencendo as eleições e poderem roubar ainda mais.
Já tentaram o golpe em 2005, com o mensalão. Em 2006, levaram a eleição para o segundo turno com o episódio da foto do dinheiro feita pelo delegado Bruno. Depois, em 2010, a guerra do aborto, o episódio ridículo da bolinha de papel, o jogo sujo da ficha falsa de Dilma na primeira página da Folha.
Perderam mais uma vez. Mas, aos pouquinhos, na timeline da comunicação, vão construindo seu roteiro, deixando registrados os papéis que querem destinar ao governo: corrupto, antidemocrático, defensor da censura, populista.
O presidente Lula sozinho conseguia fazer a comunicação de seu governo. Graças a seu carisma, sua história de vida. Graças também às inúmeras campanhas majoritárias que disputou antes de vencer em 2002. Ainda assim, quem não se lembra?, chegou a ficar atrás de Serra em pesquisas de 2005, ano auge do ‘mensalão’.
Lula talvez conheça o Brasil como ninguém (“nunca dantes”). Talvez tenha ido a mais municípios brasileiros que qualquer outro cidadão. A ponto de o povo mais humilde se identificar com ele e ver na sua luta e luta de cada um deles.
Além do mais, Lula foi um sindicalista, um líder metalúrgico. Tem liderança reconhecida na classe trabalhadora organizada.
A presidenta Dilma não tem essas características.
Por isso, o outro grande movimento da oposição é afastar os dois e fazer o povo esquecer que Lula é Dilma e Dilma é Lula. Se na mente das pessoas eles estiverem separados, nem Lula conseguirá uni-los novamente.
Enquanto pudermos continuar crescendo, gerando empregos e desenvolvimento social, eles terão dificuldades. Mas, tudo isso tem um gargalo. E há ainda a crise mundial, que, longe de ter passado, volta a se agravar.
Por isso a comunicação tem que ganhar a importância que ainda não tem neste governo. Porque a comunicação democrática, o livre fluxo da informação, é um direito humano tão importante quanto o acesso à educação e à saúde.
Porque, como eu já escrevi aqui em O poder dos cartéis midiáticos não permite a informação livre e põe em risco a democracia no Brasil:
A implantação urgentíssima do PNBL e a consequente Ley de Medios são lutas que podem impedir que o país retroceda e acabe, por blablablás lacerdistas, nas mãos de quem vai entregar a Petrobras e nossas riquezas, na próxima oportunidade.
Encher as burras da mídia corporativa de dinheiro e ignorar o trabalho de formiguinha que ela vem fazendo no dia-a-dia, como verdadeiras saúvas (valha-me Macunaíma!), é fechar os olhos ao que já aconteceu no mundo.
A corrida de mais de milhão de beneficiários do Bolsa Família às agência da Caixa, a partir de um boato, foi um ensaio, mas também um aviso de que hoje, mais do que nunca na História, tudo o que é sólido desmancha no ar.
Ou, saindo do velho Marx para nosso Chacrinha, “Quem não se comunica se trumbica”.
Ou Nelson Rodrigues, que alertava que o vídeo-tape é burro. O tracking também, presidenta.
Altamiro Borges é jornalista, coordenador do Centro de Estudos Barão do Itararé.