terça-feira, 7 de agosto de 2012

'Qual é a pressa do Supremo?', cobra criminalista

06 de agosto de 2012 - O Estado de S.Paulo

O criminalista Alberto Zacharias Toron, que defende o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), avalia que o STF não deve acelerar o julgamento do mensalão. "Afinal, qual é a pressa? Se todas as questões levantadas pela defesa forem tomadas como chicana ou tentativa de impedir o ministro Cézar Peluso de votar, que como todos sabem pode antecipar seu voto, o julgamento pode virar algo como cumprir tabela. É uma lástima que a Corte, guardiã maior dos direitos e garantias, seja palco de uma situação dessas." Os advogados dos 38 réus do mensalão foram surpreendidos no primeiro dia do julgamento com a forma ríspida como o presidente do STF, Ayres Britto, indeferiu questão de ordem de Toron, que pleiteava uso de PowerPoint para expor seus argumentos. "O ministro é reconhecidamente um gentleman, mas na abertura dos trabalhos estava visivelmente tenso", pondera Toron, que recebeu manifestações de solidariedade. / F.M.

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