domingo, 27 de março de 2011

Biodiesel fortalece pequeno produtor no Nordeste

Mais de 100 mil famílias lucram com a produção de oleaginosas, com contratos de cinco anos e preços garantidos pela Petrobrás

Eduardo Magossi / RECIFE – O Estado de S.Paulo

O programa nacional de biodiesel mudou a cara da agricultura familiar em regiões do Nordeste, introduzindo com sucesso as culturas do girassol e da mamona entre pequenos produtores. A garantia de escoamento por meio de contratos de longo prazo com a Petrobrás Biocombustível permite que esses agricultores ampliem a produção e troquem terras arrendadas por próprias, movimentando a economia de municípios da Bahia, Sergipe e Pernambuco.
Nessas regiões, as casas de alvenaria já substituem as barracas de lona. Nas agrovilas, a pavimentação das ruas e o surgimento de pequenos mercados, padarias e cabeleireiros refletem o desenvolvimento da economia local. A maioria das casas já conta com antena parabólica.
Iniciativas simples como garantir a compra dos produtos com contratos de longo prazo têm resultado em um aumento médio da renda destes pequenos produtores em cerca de R$ 6 mil por ano – dinheiro extra que tem sido usado para investimentos na própria lavoura e na melhoria das condições de vida.
De 100 mil famílias que plantam oleaginosas para a produção de biodiesel no Brasil, o programa da Petrobrás Biocombustível (PBio) atende mais de 50% por meio de contratos. “A grande virada foi a criação de contratos de cinco anos, que deu estabilidade e confiança ao agricultor. Ele pode pensar sua propriedade como um negócio no médio prazo”, afirma o presidente da PBio, Miguel Rossetto.

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