sábado, 30 de abril de 2011

Ministro Padilha Chama as Redes Sociais para a Vacinação contra a Gripe

Governo vai oferecer 8 milhões de vagas em cursos de educação profissional

Da Agência Brasil

O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), lançado hoje (28) pela presidenta Dilma Rousseff, tem como meta oferecer 8 milhões de vagas, até 2014, na educação profissional para estudantes do ensino médio e trabalhadores que necessitam de qualificação. O programa prevê a ampliação das redes federal e estaduais de educação profissional, pagamento de bolsa formação para trabalhadores e estudantes, aumento das vagas gratuitas em cursos do Sistema S e a extensão do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para cursos técnicos.

As vagas serão oferecidas por instituições públicas e privadas e pelo Sistema S (Sesi, Senai, Sesc e Senac), em cursos presenciais e à distância. Promessa de campanha da presidenta, o programa foi pensado inicialmente como ferramenta para melhorar o ensino médio, ampliando a formação do aluno, em cursos profissionalizantes integrados ao ensino regular. Mas a iniciativa vai incluir também trabalhadores interessados em qualificação profissional.

Trabalhadores reincidentes no seguro-desemprego serão recrutados para participar de cursos profissionalizantes em instituições públicas ou do Sistema S. Eles serão orientados sobre o tipo de curso e a área em que podem se capacitar. Após a matrícula, a frequência do aluno será controlada e ele só receberá o seguro-desemprego se comparecer às aulas.

Dilma quer chegar a 75 mil bolsas de estudo para o exterior até o fim de 2014


O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou que o plano de expansão de bolsas de intercâmbio, em preparação, deverá mirar o doutorado e a “graduação-sanduíche”, na qual o aluno estuda metade do curso no país e o restante em uma instituição estrangeira. O anúncio foi feito pela presidenta Dilma Rousseff durante a primeira reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social deste ano, realizada ontem no Planalto. Segundo ela, a intenção é conceder 75 mil bolsas até o fim de 2014.

Haddad informa que atualmente o Brasil envia para o exterior cerca de 6 mil estudantes do ensino superior, relata a Agência Brasil. A decisão de Dilma de ampliar esse número de bolsas foi a partir de um diagnóstico de custos feito pelo ministério. Em reunião, o MEC sugeriu que o alvo das bolsas fosse no doutorado em áreas estratégicas como engenharia e física e na “graduação-sanduíche”.

“Na avaliação da Capes [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior], a 'graduação-sanduíche' tem forte impacto no sistema educacional brasileiro porque não é só um indivíduo beneficiado, ele volta para a sua instituição antes da conclusão e os efeitos benéficos dessa forma de bolsa estão sendo muito apreciados pelo sistema”, disse Haddad.

Plano para erradicar pobreza extrema incluirá 1,5 milhão de famílias

O Plano Nacional de Erradicação da Pobreza Extrema, que será lançado pelo governo federal em maio, tem três grandes eixos de atuação: a universalização do acesso aos programas de transferência de renda, a ampliação e a qualificação dos serviços públicos e a chamada inclusão produtiva, para capacitação de mão de obra.

De acordo com a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, o plano contemplará 1,5 milhão de famílias que ainda não têm acesso ao Bolsa Família e vivem em condição de pobreza extrema. “Vamos fortalecer os programas de transferência de renda. Nosso grande objetivo é a universalização do Bolsa Família”, disse ela. Atualmente, 13 milhões de famílias recebem o benefício.

São famílias que ainda não têm acesso ao programa porque moram em locais distantes ou porque, mesmo em grandes centros urbanos, não têm acesso à informação, disse a ministra. “Às vezes, a pessoa se sente tão excluída que nem entende que isso é um direito dela. Portanto, nosso trabalho é ir atrás dessas pessoas.”

Nessa busca, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome terá ajuda das demais pastas, para que o governo consiga incluir as famílias nos programas de transferência de renda. “Como anunciou a presidenta Dilma [Rousseff], a ideia é ter sucesso até 2014. Temos de nos preparar para receber essa população que estará entrando no Cadastro Único [sistema de informação sobre famílias que podem ser incluídas em programas sociais]”, afirmou Tereza.

Rede Cegonha recebe apoio da Frente Parlamentar Contra o Aborto

Da esquerda para a direita os deputados federais Odair Cunha (PT-MG), Salvador Zimbaldi (PDT-SP), Leonardo Monteiro (PT-MG), Alberto Filho (PMDB-MA) e a doutora Esther Vilela, da Área Técnica de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde

por Conceição Lemes

Foi relizado nesta quarta-feira, 27 de abril, na Câmara dos Deputados, o IV Encontro Brasileiro de Governantes e Legisladores pela Vida, promovido pela Frente Parlamentar da Vida contra o Aborto. O Programa Rede Cegonha, do Ministério da Saúde, recebeu o apoio de parlamentares presentes e da própria frente, relançada no evento.

“A Frente Parlamentar da Vida Contra o Aborto decidiu na semana passada apoiar o Programa Rede Cegonha, lançado recentemente pela presidente Dilma Rousseff, por entender que os princípios dele coincidem com os princípios que a frente defende de defesa da vida, de apoio às políticas públicas de apoio à maternidade,  que é o centro deste programa”, afirma Jaime Ferreira Lopes, chefe de gabinete do deputado Alberto Filho (PMDB-MA), assessor parlamentar e secretário-executivo da frente. “O ministro [da Saúde, Alexandre Padilha] não pode vir em função de compromissos assumidos anteriormente, e enviou como representante do ministério a doutora Maria Esther Albuquerque Vilela, que trabalha com a questão da saúde da mulher no ministério e, portanto, foi a representante dele nesse evento hoje.”

Dilma, Mantega e Tombini mostram números e resultados na economia, contra a chiadeira do "mercado"

Na primeira reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) de seu governo, os principais temas foram sobre economia e reforma tributária.

A presidenta Dilma, o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Tombini, afirmaram que a inflação está sendo acompanhada com rédeas curtas, e que todas as medidas necessárias estão sendo tomadas, cada uma a seu tempo. Também reafirmaram o cuidado em preservar o crescimento econômico sustentável.

Mantega foi o primeiro a dizer que as medidas para conter a expansão do crédito e os cortes nos gastos do governo estão surtindo efeito. Informou que governo obteve um superávit primário de 9,1 bilhões de reais em março, acumulando 25,9 bilhões de reais no ano, o equivalente a 2,77 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

"Os ajustes que governo está fazendo permitem o crescimento sustentável com inflação sob controle e solidez fiscal", disse Mantega, prevendo que o país cumprirá facilmente a meta de superávit primário em 2011, de 3 por cento do PIB.

Na mesma linha, Tombini falou que a inflação tem um componente global (quase todos os países estão com inflação acima do normal, devido ao aumento mundial das "commodities") e outro componente do mercado interno aquecido.

Para Lula, mídia inventa crise, exagerando sobre inflação


Na abertura do 8º Congresso da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM-CUT), na quarta-feira (27), o presidente Lula foi recebido com o grito "olê, olê, olá, Lula, Lula"... e mostrou-se afiado no discurso e nas declarações:

Imprensa de "namorico" com Dilma para semear divergências

"Um setor da imprensa está de 'namorico' com o governo Dilma para causar divergência entre eu e ela... Não existe divergências, porque o dia que eu e ela discordarmos, ela está certa".

Contra noticiário terrorista, firmeza em Dilma e Mantega no controle da inflação

"Estão inventando inflação. Eu ontem vi um pronunciamento da Dilma e do Guido Mantega (ministro da Fazenda), e sinto toda a firmeza. Nós não vamos permitir que a inflação volte. Nós, não só eles; como consumidores somos responsáveis para que não volte", insistiu.

Fusão demo-tucana é que nem carrapicho

Peguntado, Lula evitou aprofundar sobre a possível fusão do DEMos com o PSDB, preferindo responder em tom de brincadeira, que ser de oposição é mais fácil de crescer, sem ter que gerar resultados no governo: - "Já fui oposição... é que nem carrapicho, cresce sem ninguém precisar plantar."

Aninha Zortea, a justiceira: “Não foi nada legal o que ele falou do Lula”

por Conceição Lemes

Definitivamente, entrou para o  lixo da história a carta aberta do ex-deputado José Carlos Aleluia à Universidade de Coimbra contra a concessão do título de doutor honoris causa ao ex-presidente Lula. Demonstração inequívoca de mesquinhez, dor-de-cotovelo, inveja.  Preconceito de classe explícito.

Recebeu repúdio quase unânime dos leitores do Viomundo. Com certeza um dos posts mais comentados de 2011: 425 comentários.  Entre eles, este:



Tudo isso dito por uma menina de 10 anos!? Como teria vindo parar no Viomundo?! Quem sugeriu?! O que estava fazendo por aqui?!  Foram questões que me vieram à cabeça nos segundos em que li e aprovei o comentário de Ana Giulia Zortea.  Eu e muitos leitores ficamos embasbacados. Babando, mesmo!

Acompanhavam o seu login duas informações apenas visíveis para nós: e-mail pessoal e o link de um blog  chamado Meu Pai Morreu no Vôo 477, e Agora?!!?.

Imediatamente acessei. O blog é da própria Ana Giulia. Seu pai, Luigi Zortea, é uma das 228 vítimas do vôo AF 447, da Air France, que, em 31 de maio de 2009, caiu no oceano Atlântico quando fazia o trajeto Rio-Paris. Morava na Itália, era prefeito da cidade de Canal San Bovo.

É por isso que eu sou contra o Lula

Buuu

Luis Fernando Verissimo - O Estado de S.Paulo

Diálogo urbano, no meio de um engarrafamento. Carro a carro.

- É nisso que deu, oito anos de governo Lula. Este caos. Todo o mundo com carro, e todos os carros na rua ao mesmo tempo. Não tem mais hora de pique, agora é pique o dia inteiro. Foram criar a tal nova classe média e o resultado está aí: ninguém consegue mais se mexer. E não é só o trânsito. As lojas estão cheias. Há filas para comprar em toda parte. E vá tentar viajar de avião. Até para o exterior - tudo lotado. Um inferno. Será que não previram isto? Será que ninguém se deu conta dos efeitos que uma distribuição de renda irresponsável teria sobre a população e a economia? Que botar dinheiro na mão das pessoas só criaria esta confusão? Razão tinha quem dizia que um governo do PT seria um desastre, que era melhor emigrar. Quem pode viver em meio a uma euforia assim? E o pior: a nova classe média não sabe consumir. Não está acostumada a comprar certas coisas. Já vi gente apertando secador de cabelo e lepitopi como se fosse manga na feira. É constrangedor. E as ruas estão cheias de motoristas novatos com seu primeiro carro, com acesso ao seu primeiro acelerador e ao seu primeiro delírio de velocidade. O perigo só não é maior porque o trânsito não anda. É por isso que eu sou contra o Lula, contra o que ele e o PT fizeram com este país. Viver no Brasil ficou insuportável.

- A nova classe média nos descaracterizou?

- Exatamente. Nós não éramos assim. Nós nunca fomos assim. Lula acabou com o que tínhamos de mais nosso, que era a pirâmide social. Uma coisa antiga, sólida, estruturada...

- Buuu para o Lula, então?

Lula prevê vitória do PT em São Paulo e no Planalto diante de crise da oposição

Em conversas com Dilma e petistas, ex-presidente afirma que desgaste de PSDB e DEM com a criação do PSD de Kassab é janela de oportunidades para 2012; em resolução, diretório do partido diz que os 'tucanos debatem-se à procura de um rumo'

João Domingos - O Estado de S.Paulo

Sem mandato, mas no papel de condottiere, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva retornou a Brasília com um "grito de guerra" para o PT. Em conversas com a presidente Dilma Rousseff e líderes da legenda, Lula avaliou que a crise na oposição, com DEM e PSDB sob ataque especulativo do PSD, abriu uma janela de oportunidade para o PT e os aliados conquistarem a Prefeitura de São Paulo em 2012 com relativa "tranquilidade".

Ontem, hoje e amanhã. Palanque do PT no ano passado: Marta e Mercadante estão entre pré-candidatos para 2012, mas Lula defende escolha de nome com trânsito entre partidos aliados

Para dar certo, ressaltou Lula nas conversas dos últimos dias, será necessário escolher um candidato que tenha trânsito entre os principais partidos da base aliada. A condição poderia afastar do radar alguns pretendentes com arestas locais e alto índice de rejeição nas pesquisas, como a senadora Marta Suplicy.

Lula reforçou mais uma vez que está disposto a entrar fortemente na campanha à Prefeitura - principalmente se o PSDB lançar o ex-governador José Serra.

Pronunciamento da Presidenta Dilma Rousseff em Homenagem ao 1º de Maio

1º de Maio de Luta e Reflexão

Seminário Sindical Internacional debate trabalho decente, desigualdade social e trabalho informal

Tatiana Melim - CUT/SP

No sexto dia de comemoração ao Dia Internacional do Trabalhador, a CUT realizou o Seminário Sindical Internacional “Desenvolvimento, sustentabilidade e inclusão social – Os desafios da relação sul-sul”, no Sesc Vila Mariana. Com o objetivo de estreitar as relações e o conhecimento entre o Brasil e a África, o seminário reforçou as mensagens que foram trabalhadas nas diversas atividades que ocorreram durante toda a semana.

“O seminário de hoje vem de encontro ao nosso objetivo de reconhecer a dívida que o nosso país tem com a África”, enfatiza Adi dos Santos Lima, presidente da CUT/SP, ao lembrar que conhecer a história da África é buscar o berço da civilização.

Na segunda metade do século XIX, o neocolonialismo na África fez com que os países colonizadores se apropriassem de muito mais do que terra e recursos naturais. Eles se apropriaram da história, reduzindo ao silêncio a cultura de vários povos africanos ao impor-lhes divisões que economicamente e politicamente beneficiariam os países imperialistas. “Quando o homem branco chegou, nós tínhamos a terra e eles a bíblia. Mandaram fecharmos os olhos e, quando abrimos, eles tinham as terras e nós a bíblia”, afirma Samba Gadgio, professor e especialista em literatura e cinema no Mount Holyoke.

PRIMEIRO DE MAIO - DIA DO TRABALHADOR


No dia 1 de Maio de 1886 realizou-se uma manifestação de trabalhadores nas ruas de Chicago nos Estados Unidos da América. Essa manifestação tinha como finalidade reivindicar a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias e teve a participação de centenas de milhares de pessoas. Nesse dia teve início uma greve geral nos EUA. No dia 3 de Maio houve um pequeno levantamento que acabou com uma escaramuça com a polícia e com a morte de um dos protestantes. No dia seguinte, 4 de Maio, uma nova manifestação foi organizada como protesto pelos acontecimentos dos dias anteriores, tendo terminado com o lançamento de uma bomba por desconhecidos para o meio dos polícias que começavam a dispersar os manifestantes, matando sete agentes. A polícia abriu então fogo sobre a multidão, matando doze pessoas e ferindo dezenas. Estes acontecimentos passaram a ser conhecidos como a Revolta de Haymarket.
Três anos mais tarde, a 20 de Junho de 1889, a segunda Internacional Socialista reunida em Paris decidiu por proposta de Raymond Lavigne convocar anualmente uma manifestação com o objectivo de lutar pelas 8 horas de trabalho diário. A data escolhida foi o 1º de Maio, como homenagem às lutas sindicais de Chicago. Em 1 de Maio de 1891 uma manifestação no norte de França é dispersada pela polícia resultando na morte de dez manifestantes. Esse novo drama serve para reforçar o dia como um dia de luta dos trabalhadores e meses depois a Internacional Socialista de Bruxelas proclama esse dia como dia internacional de reivindicação de condições laborais.
A 23 de Abril de 1919 o senado francês ratifica o dia de 8 horas e proclama o dia 1 de Maio desse ano dia feriado. Em 1920 a Rússia adopta o 1º de Maio como feriado nacional, e este exemplo é seguido por muitos outros países.

A Primeira Internacional e a Comuna de Paris (1871)

Eduardo Mancuso - Historiador e membro do comitê organizador do FSM Grande Porto Alegre.

Em maio de 1871 a Comuna de Paris é derrotada, a cidade invadida pelo exército e os fuzilamentos ceifam mais de 30 mil revolucionários. Mas a possibilidade concreta de um governo dos trabalhadores e de um futuro comunista para a humanidade entra em cena pela primeira vez na história.

Segundo o Dicionário do Pensamento Marxista, a Associação Internacional dos Trabalhadores – a Primeira Internacional – “foi uma federação internacional das organizações da classe trabalhadora de vários países da Europa Central e Ocidental, onde o movimento operário estava renascendo, na década de 1860, após as derrotas de 1848-1849. Embora tenha sido fundada pelos esforços espontâneos dos trabalhadores de Londres e Paris, que manifestavam sua solidariedade com o levante nacional polonês de 1863, Marx (de 1864 a 1872) e Engels (de 1870 a 1872) iriam desempenhar o papel chave em sua liderança.”

Ao contrário da Liga dos Comunistas (liderada por Marx e Engels entre 1847 e 1852), a Primeira Internacional apresentava um caráter político bastante amplo. Reunia tanto sindicalistas ingleses, simpatizantes franceses de Proudhon, socialistas alemães, democratas radicais e anarquistas de diversos países. Portanto, quando redige e aprova seu Manifesto Inaugural, que afirma que “a emancipação dos trabalhadores será obra dos próprios trabalhadores”, Marx teve a preocupação de garantir bases programáticas para a cooperação entre todas as correntes que compunham a Internacional, assim como métodos democráticos de funcionamento, que incluíam a eleição do seu Conselho Geral em congressos anuais. Além disso, os critérios de participação admitiam tanto membros individuais como organizações locais e nacionais dos trabalhadores. Marx dizia inclusive que se deveria “deixar cada seção estruturar livremente seu próprio programa teórico”.

Dilma foca em classe média em filme do PT

Comercial com Dilma e Lula trata de “causas impossíveis”

Nova presidente dá ênfase em fala a brasileiros ascendentes

O PT coloca hoje no ar uma bateria de 5 comerciais em rede nacional de rádio e de TV. As estrelas únicas são a presidente Dilma Rousseff e seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva. Cada filme tem 30 segundos de duração. 

 Dilma aparece sozinha em 3 comerciais. Lula, em 1 (falando da causa perdida da reforma política).







 


Em 1 dos comerciais, considerado o mais relevante, Lula e Dilma surgem juntos, de maneira épica. Ambos lêem o mesmo texto. Uma voz ecoa a do outro. Há intenção deliberada de emocionar o telespectador. O título da peça “causas impossíveis”. Falam sobre o passado recente do Brasil, quando se imaginava difícil eleger um operário ou uma mulher para o Palácio do Planalto.

O Ed é um gênio e entende de política


Recebi o link de acesso ao robô Ed, criado e desenvolvido pela Insite para a Petrobras. O robozinho virtual entende tudo de energia e muito mais. O projeto envolveu uma equipe multi-disciplinar de especialistas em diversas áreas como Inteligência Artificial, Computação Gráfica, Lingüística, além de um grupo de escritores, profissionais da área de petróleo, gás e energia e até uma psicóloga. O objetivo do projeto foi criar para o cliente (CONPET/Petrobras) um personagem virtual capaz de conversar com os usuários no site, em português, como se fosse um personagem real. Assim surgiu a idéia de criar um personagem que fosse um Robô voltado para o público infanto-juvenil, capaz de ensinar, entreter e responder questões relacionadas aos assuntos de utilização racional dos derivados do petróleo e do gás natural, preservação de energia, meio ambiente, projetos e dicas de economia.

Eleição de Rui Falcão é uma solução natural e mostra unidade do PT

A eleição, por unanimidade, pelo Diretório Nacional do PT do deputado Rui Falcão para a presidência do PT não é apenas uma prova da unidade do partido neste momento, mas uma solução natural. Rui era o primeiro vice-presidente, foi eleito na chapa majoritária e já exerceu a presidência do PT na década de 90; foi presidente do Diretório Municipal de São Paulo, deputado estadual por vários mandatos, líder da bancada, hoje é o primeiro secretário da Assembléia de São Paulo. Na gestão de Marta Suplicy, não assumiu o mandato de deputado federal para continuar ajudando a então prefeita, no cargo de secretário de Governo.

Rui FalcãoA eleição, por unanimidade, pelo Diretório Nacional do PT do deputado Rui Falcão para a presidência do PT não é apenas uma prova da unidade do partido neste momento, mas uma solução natural. Rui era o primeiro vice-presidente, foi eleito na chapa majoritária e já exerceu a presidência do PT na década de 90; foi presidente do Diretório Municipal de São Paulo, deputado estadual por vários mandatos, líder da bancada, hoje é o primeiro secretário da Assembléia de São Paulo. Na gestão de Marta Suplicy, não assumiu o mandato de deputado federal para continuar ajudando a então prefeita, no cargo de secretário de Governo.

Delúbio: a volta de quem não saiu

Estava ouvindo a CBN quando entrou o comentário semanal de Kennedy Alencar, quinta, sobre a reintegração de Delúbio Soares ao PT. Fiquei impressionado com o tom raivoso do comentário. Kennedy Alencar disse que a reintegração de Delúbio vai ter “impacto desastroso”, que o PT “vai pagar um preço muito alto por isso”. Pior: disse que “o Delúbio está fazendo chantagem política com o PT”!  Ou seja, que o Delúbio estaria se utilizando de informações privilegiadas para forçar a direção petista a reintegrá-lo. Bobagem. A expulsão de Delúbio, por mais que lhe tenha sido indesejável, jamais o transformou em um “não-petista”. Na carta que escreveu há dois anos ele dizia que cada dia de sua vida "foi dedicado ao PT e à causa de construção de um país mais justo e solidário”. Até onde sei e imagino (já que não pertenço a qualquer partido), ele não deixou de atuar dentro do ambiente petista. Sua mulher Mônica Valente, nunca deixou o Diretório Nacional do partido. A sua reintegração, portanto, ampliará a sua atuação e possibilitará que ele se candidate pela sigla – além do prazer pessoal de sair da categoria de persona non grata.

Os sentidos da reforma política

Athos Pereira – Assessor da Liderança do PT na Câmara Federal.

É preciso ter cuidado ao se falar de reforma política. Milita a favor dela quem quer preservar as virtudes do sistema político brasileiro e combater os vícios, em especial o uso e abuso do poder econômico. Milita contra ela quem ataca as virtudes do sistema e discretamente quer preservar os vícios, contribuindo assim para restringir a democracia.

O sistema político brasileiro tem virtudes e vícios. Entre as virtudes principais podemos citar: o método proporcional aplicado na realização de eleições legislativas, o sistema de votação e apuração eletrônico, o sistema de repartição do tempo destinado à propaganda eleitoral e partidária, proporcional ao tamanho da bancada de cada partido na Câmara, além de muitas outras.

Os vícios residem no fato de que o sistema é tolerante com o uso e abuso do poder econômico nas campanhas eleitorais, fenômeno que pode distorcer a expressão da vontade popular; permite a realização de coligações para eleições legislativas, o que impede a verificação da força real de cada partido na sociedade; não contém uma lei que estabeleça a fidelidade partidária, o que estimula a Justiça a invadir áreas que não são de sua competência, estabelecendo uma fidelidade partidária, com base em sentenças tão precárias, quanto arbitrárias.

Além disso, disso o sistema induz a um modelo de programa de propaganda eleitoral, no rádio e na TV que é uma verdadeira balbúrdia, não contribui para o debate, mas serve para desmoralizar a atividade política.

É preciso, portanto, ter cuidado ao se falar de reforma política. Milita a favor da reforma política democrática quem quer preservar as virtudes apontadas no parágrafo primeiro deste artigo e combater os vícios apontados no segundo parágrafo, ampliando assim os espaços da democracia. Milita contra a reforma política quem ataca as virtudes do sistema e discretamente quer preservar os vícios, contribuindo assim para restringir a democracia.

Trabalho: infraestrutura exige novas relações

A constatação é do Secretário Nacional de Administração e Finanças da CUT, Vagner Freitas, representante da Central nas negociações que puseram fim a 3 semanas de paralisação das obras das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia.

Nesta entrevista, Freitas explica o conflito e analisa as condições de trabalho do setor de infraestrutura no país, marcado pelas maiores greves na história recente do país, que levaram 80 mil trabalhadores a cruzarem os braços.

Segundo Freitas, as paralisações evidenciam um conflito latente e histórico no setor da construção pesada que até hoje conta com a figura do "capataz" - uma espécie de chefe e algoz nos canteiros de obras. O sindicalista também analisa o pacto tripartite governo Dilma-trabalhadores-empresas patrocinado pelo Planalto em prol de um acordo entre as partes que garanta melhores condições de trabalho.

O dirigente sindical faz, também, faz uma análise dos oito anos de governo Lula, ressaltando a importância da política para o Salário Mínimo (SM) e o surgimento de uma nova classe trabalhadora, com mais renda. Além disso, indica os novos desafios que despontam no mundo do trabalho e como a CUT se prepara para eles. Já sobre o início do governo Dilma Rousseff, o sindicalista ressalta a abertura ao diálogo com centrais e segmentos sociais manifestada pela atual governante.

A agonia dos tucanos

Redação Carta Capital

A oposição parece cada vez mais sem rumo. Após a debandada de seis vereadores da bancada do PSDB- na Câmara de São Paulo, um dos fundadores do partido, o ex-deputado Walter Feldman, anunciou que deixará a sigla. Não está certo o seu destino, embora o mais provável seja a migração para o recém-criado- PSD, de Kassab. O ex-deputado Ricardo Montoro também sinalizou que pretende sair.
Em meio à crise, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso admitiu, pela primeira vez, a possibilidade de fusão entre o PSDB e o DEM. A CartaCapital, o cientista político Cláudio Gonçalves Couto, da FGV-SP, avalia que a estratégia interessa mais aos democratas que aos tucanos. E destaca a sobreposição dos interesses pessoais como uma das principais causas da conjuntura.

CartaCapital:  O que explica essa debandada?

Cláudio Gonçalves Couto: É o reflexo de uma crise de liderança e projeto. Nenhum partido sobrevive sem um projeto de poder, o que implica a formação de consensos, a aceitação dos grupos minoritários e as compensações a eles. Mas, nessa guerra fratricida entre Serra e Alckmin, está difícil arrefecer as disputas internas.

CC: O que está em jogo?

CGC: A aliança entre Serra e Kassab para a eleição de 2008 impôs uma derrota vexatória para Alckmin, que, naturalmente, quer vir à forra. Além disso, o governador paulista tem pretensões de se reeleger em 2014. E novamente enfrentará Kassab. Tanto para Alckmin como para o seu aliado Aécio Neves, o ideal seria que Serra se candidatasse a prefeito de São Paulo. Mas o presidenciável derrotado nas últimas eleições se recusa a desempenhar um papel meramente regional.

"Crimes contra a humanidade não podem ser anistiados”

Celso Marcondes

Em visita ao Brasil, Marcia Poole, diretora da Anistia Internacional, avalia a situação dos direitos humanos no País e no mundo e fala sobre o escritório que a Anistia vai inaugurar aqui. Por Celso Marcondes. Foto: Olga Vlahou
Quando falou ao repórter sobre a Lei da Anistia, Marcia Poole, diretora de Informações e Comunicações da Anistia Internacional,  foi taxativa: “existem crimes que são imprescritíveis e as famílias dos mortos e desaparecidos têm o direito de saber o que aconteceu com eles”, disse, ao ressaltar a importância que teria para o País a constituição da Comissão da Verdade.

Depois de 10 anos sem um posto no Brasil, a entidade vai reabrir seu escritório aqui, só falta decidir a cidade, Rio de Janeiro ou em São Paulo. Os avanços no desenvolvimento econômico do País e o novo papel que passou a representar no âmbito internacional são as motivações apresentadas por Marcia Poole, que visitou nesta quinta-feira 28 a Redação de CartaCapital.

Na entrevista, ela se mostrou bastante motivada pelo novo desafio, que começa no momento em que a Anistia Internacional completa 50 anos de vida.

Para preparar o lançamento do escritório brasileiro, que deve acontecer nos próximos meses, ela e o secretário-geral Salil Shetty cumprem extensa agenda de reuniões e encontros, que deve culminar com uma visita à presidenta Dilma Rousseff.

A Doutrina do Choque

É evidente que a inflação preocupa. Há indícios de que a pressão está aumentando, em parte por causa de choques exógenos, em parte por excesso de demanda.

Paulo Nogueira Batista Jr, economista e professor da Fundação Getúlio Vargas de São
Paulo, é conhecido como um autor que procura o caminho da independência não subordinando as suas avaliações às de correntes doutrinárias, acadêmicas ou partidárias.

FOLHA DE SÃO PAULO - 30/04/11

PENSAMENTO GRUPAL

Leitor, leitora, nada mais promíscuo do que o sexo grupal - exceto talvez o pensamento grupal. A turma da bufunfa e os economistas do mercado financeiro são muito propensos a esse pensamento grupal - groupthink em inglês, isto é, a tendência entre setores homogêneos a considerar os temas sob um mesmo paradigma e não desafiar certas premissas e interesses básicos. A opinião de cada indivíduo passa a ser um ato coletivo, mais ou menos orquestrado.
Nas últimas semanas, tivemos um exemplo extraordinário de pensamento grupal - a forte reação do mercado à decisão do Banco Central de aumentar em "apenas" 0,25 ponto percentual a taxa básica de juro. Se bem percebi daqui de longe, foi uma unanimidade ululante. O aumento foi considerado "insuficiente" para o controle da inflação, indício de fraqueza do BC e até mesmo da sua suposta subordinação ao "desenvolvimentismo" que domina o Ministério da Fazenda.
Fantástico. Quem ouve esse coro de especialistas e financistas e não tem acesso a certas informações básicas pode ficar completamente desorientado. Na realidade, entre os bancos centrais de economias emergentes, o do Brasil está entre os que reagiram mais rapidamente, em termos de política de juros, ao risco de aquecimento. Desde abril de 2010, a meta para a taxa Selic passou de 8,75% para 10,75% no final do ano. No governo atual, os aumentos continuaram, com a taxa alcançando 12% depois da última decisão do Copom (Conselho de Política Monetária) do BC.

Os verdadeiros objetivos dos Estados Unidos na Líbia


Paul Robert Craig, em entrevista à Press TV, no Panamá. Ele fala sobre os verdadeiros objetivos dos Estados Unidos na Líbia e por que Barack Obama precisa derrubar Kadafi, quando nenhum outro Presidente dos Estados Unidos o fez.
É interessante a gente examinar esse tema, porque vai virando senso comum: “Vamos derrubar o Presidente da Síria, vamos derrubar o Presidente da Líbia, vamos derrubar o Presidente do Irã”. Vamos derrubar, principalmente, aqueles que interessam aos americanos que caiam, porque realizam um governo que, por alguma razão, cria obstáculos para o domínio completo, especialmente naquela área do Mediterrâneo.
Vejam a pergunta da Press TV:
“A Rússia criticou a OTAN por ir muito além do mandato da ONU.” Uma outra notícia fala de um artigo de opinião que terá sido escrito por Obama, Cameron e Sarkozi, que disseram que deixar Kadafi no poder seria uma traição irresponsável ao povo Líbio. Sabemos que mandato não exige mudança de regime, e a administração Obama diz que não estão lá para mudar o regime, mas as coisas parecem agora um pouco diferentes, não é verdade?

TV Globo chega aos 46 anos com quedas recordes de audiência


Ainda vou tomar um porre em homenagem a falência da Rede Globo

Vermelho

Nesta terça-feira (26), quando completou 46 anos de existência, a Globo recebeu de presente uma notícia nada agradável. Dados apontaram que a emissora teve somente 16,2 pontos de média de audiência do início do ano até agora, entre 7h e 0h na Grande São Paulo. Esse resultado está 0,3 ponto abaixo da média registrada ao longo de todo o ano de 2010 e é o mais baixo registrado pela emissora do Jardim Botânico, desde sua fundação.
As quedas de audiência da Globo vêm se acentuando desde 2006. Naquele ano, a emissora registrava média de 21,4 pontos, ou seja, 5,2 pontos a mais do que tem apresentando atualmente. Esse número representa também o terceiro recuo consecutivo em três anos e indica uma queda de cerca de 26% em relação ao maior ibope obtido pela Globo nos últimos dez anos: 21,7 pontos em 2004.

Como não houve uma mudança grande no número de televisores ligados nesse mesmo período, esses dados mostram que a Globo perdeu telespectador, seja para outras emissoras abertas, canais fechados ou DVDs.

Três vítimas de baixarias vencem Revista Veja na justiça. Luiz Marinho (PT/SP) ganha R$ 50 mil de indenização.

O prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT/SP), foi vítima de baixarias da revista Veja e ganhou na justiça R$ 50 mil de indenização por danos morais da Editora Abril, responsável pela publicação.

Quando era presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), a revista publicou texto difamatório contra Luiz Marinho, durante uma viagem à Alemanha, em 2001, quando tentou, junto à matriz da Volkswagen, evitar demissões da filial brasileira.

Procurador Federal também processou a revista, e ganhou

Há poucos dia atrás, o procurador da República em Rondônia, Reginaldo Trindade, também conseguiu na justiça a condenação da revista a pagar-lhe indenização de R$ 35 mil por danos morais.

Ele foi vítima da revista na matéria “Sequestro Fajuto”, publicada em abril de 2008. Segundo a ação na justiça, a revista o acusou ser conivente e omisso com a exploração de madeira e diamantes na Reserva Roosevelt, onde ocorreu uma chacina de 29 garimpeiros por índios cinta-largas em 2004. Na época, um representante da ONU estava em companhia do procurador e todos acabaram reféns dos guerreiros silvícolas por quatro dias. A situação foi contornada com a chegada do ex-presidente da Funai, Márcio Meira. A revista também insinuou que o seqüestro seria um "farsa" encenada.

Grande mídia: mudança à la Lampedusa

Venício Lima

Mude-se o que for necessário na doutrina liberal desde que, protegida pela falácia de que “o poder” é apenas “o poder do Estado” e apoiada na eterna retórica da defesa da democracia, a grande mídia e os interesses que representa e defende continuem intocados.

Desde a publicação do relatório da Hutchins Commission – “A free and responsible press” (Uma imprensa livre e responsável) – nos Estados Unidos, em março de 1947, a justificativa predominante (não a única) para o importante papel da mídia nas democracias liberais é a chamada “teoria da responsabilidade social da imprensa” (RS).

Como se sabe, a Hutchins, uma iniciativa dos próprios empresários de mídia, por eles financiada, foi criada em 1942 como resposta a uma onda de críticas diante da crescente oligopolização do setor e da formação das redes de radiodifusão (networks). Tornava-se cada vez mais difícil sustentar a doutrina liberal clássica do mercado livre de idéias (a free marketplace of ideas) onde a liberdade de expressão seria exercida por cidadãos e grupos empresariais de mídia em igualdade de condições. A saída foi a criação da teoria da RS.

Centrada no pluralismo e na diversidade de idéias – agora não mais no mercado, mas deslocados para dentro dos próprios veículos, regidos pelo profissionalismo, objetividade e imparcialidade das notícias – a Hutchins acreditava que a teoria da RS seria capaz de legitimar o argumento de que a liberdade da imprensa é uma extensão da liberdade de expressão individual [cf. nesta Carta Maior, “A responsabilidade social da mídia”].

Velha mídia e democracia

Por Emiliano José

Em artigo, o deputado Emiliano José (PT-BA) fala sobre a importância da regulação dos meios de comunicação no Brasil e sobre o lançamento da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e pelo Direito à Comunicação com Participação Popular, que ocorreu no dia 19 de abril em Brasília.

O tema da democratização dos meios de comunicação não é novo no Brasil. Vem sendo levantado há tempos, especialmente por organizações sociais voltadas à garantia dos direitos dos brasileiros e brasileiras, feridos por uma comunicação submetida exclusivamente a um grupo seleto de famílias proprietárias, cujo discurso uniforme não contempla a diversidade cultural, política, social, étnica, de gênero, da sociedade.

O problema da comunicação é tão sério no Brasil que não pode ser entregue apenas aos jornalistas, que também compreendem nosso profundo atraso. E por atraso, aqui, leia-se não apenas o monopólio ou oligopólio familiar da velha mídia, mas, também, o fato de termos um Código de Telecomunicações de 1962, prestes a completar meio século – ou seja, anterior ao auge da televisão e da reviravolta gerada na cena midiática com a predominância digital. Não há justificativa para qualquer protelação no enfrentamento do problema.

Disputa por cargos implode PSDB paulista, mas editorialista do Estadão, achando que todo mundo é idiota, fala que Alckmin apenas confinou nas bordas os companheiros de diferentes lealdades! É o PIG!!!

Não são só os partidos da oposição que estão batendo cabeça. O próprio PIG está cada vez mais perdido e cai em contradição dia sim, dia não. Na quinta-feira, dia 28/04/2011, em um daqueles raros editoriais que não metem o cacete no governo dos trabalhadores intitulado "A demolição do PSDB", o Estado de S. Paulo abre espaço para um desabafo do seu editorialista com o partido que representava a última esperança para os 'brasileiros' enfrentarem o projeto de poder do PT. E ele pesa a mão na lavação de roupa suja, principalmente no Sr. Alckmin, governador de São Paulo. Vejamos o trecho final do editorial:

As fraturas no PSDB paulista ocorrem na pior hora e no pior lugar. Elas são um entrave para o soerguimento do partido, em sua dimensão nacional. Qualquer que seja o peso das ideias para o que Fernando Henrique chama "refazer caminhos", as palavras e os atos que constituem a essência da política dependem de líderes dotados de coerência e carisma para proferi-las e praticá-los com credibilidade - e a crise paulista revela políticos que não estão à altura da tarefa. Sem líderes não se fortifica um partido, muito menos se chega às urnas com chances efetivas de sair delas vitorioso. Os erros de Alckmin não só o enfraquecem no plano regional, como sufocam as aspirações tucanas na esfera nacional. Assim os brasileiros não terão uma alternativa viável para o projeto de poder do PT.

Políticas do blog UDN vai se fundir com a Liga das Senhoras Católicas



QUADRILHA: A nova agremiação já está divulgando a festa junina deste ano, onde pretende tocar uma marcha que fez muito sucesso em 1964.

HARMONIA: O Barão de Pindamonhangaba indicou D. Perpétua para a Executiva da nova agremiação.
Em mais um lance de sabedoria, o Mais Preparado dos Brasileiros, o futuro pres. Zezinho, resolveu o maior problema político da Nação.

O Presidente de Nascença determinou, ontem, a fusão da UDN com a Liga das Senhoras Católicas.

A nova agremiação, ainda sem nome, tem tudo para ser a principal força política de S. Paulo e, por conseguinte, do Brasil.

A acolhida da notícia foi a melhor possível. Reunidos na Caverna do Ostracismo, fundos, os grandes próceres da UDN apoiaram incondicionalmente a proposta do Maior dos Filhos da Mooca.

Louvando a iniciativa, o ex-intelectual FHC escreveu um belo artigo, que foi publicado como editorial conjunto dos  jornais do Conglomerado Jornalístico Os Três Porquinhos (Folha da UDN, O Estado da UDN e  A UDN Global).

A JUDITH CANTOU A BOLA, A OPOSIÇÃO ACABOU



Imagem capturada no Blog Falha de SP

A "oposição está pelada em praça pública" - assim se referiu o jornaleco Folha de S. Paulo, leia aqui - na semana passada, ao esfarelamento daquilo que se auto-intilulou "oposição".

Quando o senador Jorge Bornhausen antigo PFL, hoje (DEM-SC), pronunciou aquilo que julgou ser a sua mais "inteligente" - frase: "vamos nos livrar dessa raça por 30 anos", referindo-se ao Partido dos Trabalhadores, a partir dalí, perderam literalmente o rumo, e sobre eles se abateu uma maldição. Precisaram inclusive mudar de nome, de PFL, viraram DEM, mesmo assim a sociedade não se deixou enganar, e foram quase varridos do cenário político nacional.

Quanto ao PSDB, é inegável a crise absurda pela qual o partido vem passando, onde há duas semanas, perdeu quase metade de bancada na Câmara dos Vereadores de S. Paulo, dia 08/04 - Walter Feldman (PSDB_SP) - Secretário dos Esportes da prefeitura de S. Paulo, nomeado por Kassab, jogou a toalha, declarando que "saiu machucado".

Enquanto isso, como sempre e com a ajuda divina de toda a imprensa calhorda de S. Paulo, Serra está caladinho, fechou-se em copas, ninguém ouve uma declaração sequer, ninguem tem notícias, de onde anda o ex-candidato à presidência, nenhuma pista, e o circo pegando fogo.

O declínio da oposição


Mauricio Dias

O PSDB vive a ilusão de ser o herdeiro absoluto dos 43 milhões de votos obtidos por Serra no 2° turno de 2010. Por Maurício Dias. Foto: André Lessa/AE
Com a vitória do sociólogo Fernando Henrique Cardoso, em 1994, a embriaguês provocada pelo sucesso do Plano Real levou Sergio Motta, então ministro das Comunicações, a prever que o PSDB ficaria no poder por 20 anos (para isso não poupou forças e atropelou limites éticos). Preparou a emenda da reeleição de FHC e passou como um trator sobre a oposição ao catar votos a qualquer preço.

Elogiado como operador político e financeiro das campanhas eleitorais tucanas, Motta falhou no papel de oráculo. O planejado império tucano durou oito anos. Empurrado para o papel de principal opositor do governo petista o PSDB e, mais ainda, seus aliados sofreram um impacto ameaçador ao longo dos oito anos do operário Lula no governo. A vitória de Dilma acelerou o processo e o DEM (ex-PFL), por exemplo, vive um perigoso minguante.

Oposição ainda tem muito fôlego

A desintegração dos partidos de oposição começou a se desenhar logo após a vitória de Dilma Rousseff, em 31 de outubro de 2010, e, de lá para cá, acentuou-se severamente apesar de o adversário dela no segundo turno da eleição presidencial, José Serra, ter obtido um percentual significativo de votos.

Este texto procura entender e explicar por que, apesar de uma votação que não deixa de ser expressiva, a oposição mergulhou nesse processo autofágico. Os cerca de 44 milhões de eleitores que se opuseram à continuidade do governo Lula continuam com o mesmo espírito oposicionista em relação a Dilma?

É possível que as dezenas de milhões de eleitores que votaram em Serra não constituam mais o mesmo “mercado” potencial da oposição no Brasil? Há dados que sustentem essa possibilidade? Se não, por que a oposição se desestrutura da maneira que está se vendo?

A tese da desestruturação oposicionista tem uma base sólida: a fuga de quadros do PSDB, do DEM e do PPS (os partidos de sustentação da candidatura Serra) para partidos da base governista e para o partido que vem sendo considerado como cria do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

Em primeiro lugar, apesar de o eleitorado anti-Lula e anti-Dilma em 2010 ter sido expressivo, as pessoas que adotaram essa postura eleitoral foram empurradas pela mídia para a oposição à continuidade que representaria a eleição de Dilma.  Por outro lado, quem é convencido uma vez pode ser convencido outras.

Oposição não sabe que alternativas propor à sociedade, dizem analistas

Movimentos e partidos de oposição buscam um novo caminho

Felipe Prestes

Para cientistas políticos, os momentos difíceis vividos pelos dois principais partidos de oposição no Brasil (PSDB e DEM), com uma debandada de quadros, não se dão à toa: estes partidos carecem hoje de ideias alternativas a propor para o país. Além disto, apontam como causa desta revoada o fisiologismo de deputados que buscam novos caminhos pensando em causa própria. Políticos de DEM e PSDB divergem sobre os problemas, mas concordam que não deve haver a fusão entre as siglas, especulada nos últimos dias.

Para o cientista político e professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Rubem Barboza Filho, o comentado artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em que ele aconselha o PSDB a focar suas ações na classe média e não no povão,  é um dos indícios de que a oposição já busca se reinventar. “Acho que há uma crise na oposição. O artigo recente do ex-presidente Fernando Henrique é um sinal de que há a necessidade de a oposição repensar o papel que desempenha”, diz.

Rubem Barboza Filho: artigo de FHC mostra que Oposição tenta se reinventar
Rubem acredita que o Governo Lula, ao manter algumas políticas iniciadas pelo governo tucano, desnorteou a oposição. “O PSDB tem menos clareza, hoje, do que pode ser feito, do que antes. Uma vez que o PT no poder não alterou drasticamente o que era feito pelo PSDB, os tucanos perderam o chão”. O cientista político e professor da UnB David Fleischer concorda com esta tese. “Na Reforma da Previdência, muitos tucanos disseram que não poderiam votar contra, porque era igual a proposta do Governo FHC”, diz.

Serra e Kassab racharam elites paulistas, por Maria Inês Nassif

Por Maria Inês Nassif*

O curioso do desmantelamento das estruturas partidárias do establishment político paulista é que os rachas que se sucedem são um quase reconhecimento de que os partidos foram muito menos efetivos, em termos de construção e consolidação de uma hegemonia ideológica, do que propriamente os instrumentos não partidários de elaboração de cultura e convencimento, como os órgãos de imprensa.

Os políticos que saem às pencas do PSDB e do DEM, estes últimos claramente em direção ao prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, cujo principal patrimônio político é um mandato de prefeito da capital que acaba em 2012, estão abandonando estruturas partidárias que, juntas, monopolizaram a política do Estado nas últimas duas décadas.

Provavelmente vão construir novos partidos sem qualquer cimento ideológico, na tentativa de arregimentar um eleitorado que não é tão conservador quanto o eleitor tucano/kassabista, mas com tendências igualmente antipetistas. E fazem uma aposta de que vão esvaziar o PSDB original, agora sob o comando do governador Geraldo Alckmin, de seu maior patrimônio político: a adesão incondicional da elite paulista, mediada por uma grande imprensa sediada no Estado, ambos (elite e jornais) seduzidos pelo curriculo lattes dos quadros que não aceitam a liderança caipira do governador nascido em Pindamonhangaba, embora não exista distância ideológica relevante entre os dois grupos.

A elite paulista que agora mingua o PSDB teve a ilusão, durante o período de governo de Fernando Henrique Cardoso – sociólogo, culto, com trânsito junto aos poderosos e aos letrados, inclusive fora do país – de que seu projeto de poder ganhava verniz e seu projeto econômico, uma construção ideológica que o tornaria universal, palatável a todos os setores sociais.

DEM e PSDB: Sair do fogo, cair nas brasas

As deformações resultantes das trágicas políticas econômicas do Brasil ainda não foram resolvidas na atual quadra histórica. A formação colonial portuguesa, a submissão ao capital inglês e a dependência ao imperialismo norte-americano geraram uma classe dominante de costas para o País, com os olhos em Lisboa, Londres ou Miami.

A independência política iniciou com dívida externa; o massacre ao Paraguai, atendendo os compromissos da Monarquia com a Inglaterra, aumentou a dependência da jovem nação; o governo de Campos Sales aprofundou os interesses do mercado externo e solidificou o poder do latifúndio agrário-exportador no núcleo central dos governos federal, estaduais e municipais; com Juscelino Kubistchek, o aumento do mercado interno foi à custa de "50 anos de dívida externa em 5"; com a Ditadura Civil-Militar, o Estado serviu de ponta de lança para uma concentração de renda sem precedentes, cujo acúmulo resultou na transferência de capitais para a banca estrangeira; fora o "ensaio geral" de Fernando Collor, foi com Fernando Henrique Cardoso que a lógica da dependência aprofundou as contradições estruturais da subjugação ao controle financeiro de nossa economia.

Nos dois governos do PSDB e do PFL, entre 1995 e 2001, a reinserção do Brasil na divisão internacional do trabalho, alicerçada nas políticas neoliberais, resultou em estagnação econômica, privatizações de setores estratégicos da economia, aumento do desemprego estrutural e mais e mais concentração de renda.

A direita começa sua reciclagem

DEM,PPS,PSDB parece que perderam de vez o rumo da história e caminham para a extinção ou a fusão do que restou após as eleições. Acostumados a ocupar grandes cargos no governo Federal desde a ditadura até o fim do governo FHC, agora amargam o descenço dado nas urnas pelo povão.

A direta nunca precisou de uma sigla forte, pois sempre descartou o partido no primeiro sinal de desgaste, e trocam o nome da sigla com a mesma rapidez com que se troca de camisa. Tanto é verdade que em menos de uma década inumeras siglas partidárias de cunho neoliberal formam "recicladas" em nome da sobrevivência de seus caciques.

Sem discurso e sem projeto para o Brasil, DEM e PSDB vão desaparecer, fundindo-se em uma nova sigla ou pela força das urnas. O certo é que a lata do lixo já foi aberta e mais partidos neoliberais sumirão do cenário nas próximas eleições.