domingo, 13 de março de 2011

A vingança das "antas"



Raul Longo

Por volta de outubro passado recebi a visita de uma moça nacionalmente conceituada em sua especialidade. E não é uma especialidade qualquer. É daquelas às quais se confere Prêmio Nobel. Vital para a evolução e sobrevivência da humanidade e todas as demais espécies.
Doutora e mestra no assunto, respeitadíssima por seus colegas e temida por transgressores em área tão importante para a segurança do planeta, sem dúvida uma moça de notáveis saberes.
No entanto, repentinamente começa a prever o início da total falência do Brasil para os próximos 3 meses daquele ano de 2010, cabalisticamente o final de uma década.
Tentei argumentar: “- Mas o tsunami da crise é no mundo. Aqui já saímos até da marolinha!”
Não adiantou. A moça continuou sibilando apocalipticamente: “- Não vê que tudo tem um preço? Essa conta terá de ser paga. Vai nos sair muito caro pelo “O Cara”! Não há nem que esperar. É só passar as eleições e o Brasil virá abaixo, cai na bancarrota! Vai falir! Vai carcomer! Vai acabar!” – e arrematou com olhos arregalados, num transe de profunda piedade por minha total cegueira: “- Eu vejo isso tão claro, como é que não conseguem enxergar?”
Já pressentindo onde ela vislumbrara tal carma para o futuro brasileiro, incentivei uma revelação afirmando que até aquele momento não havia nada no cenário econômico nacional que fundamentasse tão drástica profecia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário