sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Pronunciamento da Presidenta Dilma Rousseff de final de Ano

Presidenta Dilma participa de evento com Catadores de Materiais Recicláveis

O que marcou a política em 2011

O ano que se encerra não marcou apenas o fim de uma década, mas, também, o fim de uma era, da era Lula. Em 1º de janeiro de 2011, o político que divide com Getúlio Vargas o título de autor das maiores transformações políticas, econômicas e sociais da história do país entregaria o cargo à primeira mulher a se eleger presidente da República Federativa do Brasil.
Naquele mesmo dia, ocorreria um fato espantoso, beirando o inacreditável, e que, visto da perspectiva atual, já revelava o clima político que se instalaria no país ao longo do ano que acabara de começar.
Em 2 de janeiro, este blog publicaria aquele que seria um dos posts mais lidos desde que foi criado, em 2005. Dezenas de jovens – alguns nem tanto – desencadeariam uma onda no Twitter de pedidos para que um franco-atirador matasse a primeira mulher presidente da história assim como fora assassinado o ex-presidente norte-americano John Kennedy.
O post Jovens pregam assassinato de Dilma no Twitter recebeu 434 comentários, 837 menções no Twitter e 774 “curtidas” no Facebook. Nos dias que se seguiram, o procurador-geral da República, doutor Roberto Gurgel, abriu investigação sob o caso após o deputado federal pelo PT do Paraná, doutor Rosinha, encaminhar a ele a denúncia feita por este blog.
Em 22 de janeiro, 3 dias após a festa que o jornal Folha de São Paulo deu para comemorar seus 90 anos de existência – uma festa que surpreendeu a opinião pública por ter contado com a presença da presidente Dilma Rousseff, que chegou a discursar no evento –, este blog publica a crônica Os suspensórios do Otavinho.
O texto já manifestava preocupação com o que se tornaria uma tendência da presidente: tentar manter relações civilizadas com a mesma imprensa que nos oito anos anteriores se portara como partido político de oposição ao governo Lula e que chegou a publicar falsificações difamantes contra a própria Dilma em sua primeira página.
Em 12 de março, após uma onda de insubordinações de militares de alta patente, o blog publicaria um manifesto que pedia  Um monumento pelas vítimas da ditadura. Dizia o texto: “Há alguns poucos monumentos escondidos por este país, mas esse tem que ser feito em Brasília, em plena Praça dos Três Poderes. Para que este país jamais esqueça”.
Quase 400 leitores apoiaram a proposta através de comentários. O pedido com as 373 assinaturas virtuais, então, foi remetido por e-mail a uma autoridade do primeiro escalão do governo cujo nome não foi possível declinar por exigência da mesma. Em 23 de março, o jornal O Estado de São Paulo noticiaria que o governo iria construir o monumento.
Em 14 de maio, após a imprensa divulgar que moradores do bairro paulistano de Higienópolis haviam conseguido, via abaixo-assinado, que o governo Geraldo Alckmin desistisse de construir uma estação de metrô no local, uma corrente desencadeada pela internet promoveu, diante do shopping Higienópolis, um ato público autoproclamado Churrascão da Gente Diferenciada, em alusão a frase de uma moradora do bairro que justificou o repúdio dos moradores locais ao metrô naquele bairro afirmando que o transporte público atrairia para lá “gente diferenciada”.
Este blogueiro participou do ato, que ajudou a convocar, e publicou o post Crônica “primária” de um Churrascão diferenciado. O texto narrou com humor a manifestação.
Em 17 de maio, ainda na linha do humor, seria publicado o post Por gentileza, vão se sodomizar, que reagia a mais uma  tentativa da mídia de desmoralizar o governo Dilma. O livro “Por uma vida melhor”, da professora Heloisa Ramos, adotado pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), vinha sofrendo bombardeio por tentar explicar a pessoas em processo de alfabetização quando usar o português formal e o informal.
Em 7 de junho, após semanas a fio de agonia política, o blog comenta a queda de Antonio Palocci no post Quem perde ou ganha com a demissão de Palocci , quando previu que, ao entregar cabeça dele, o governo Dilma estava dando início a uma temporada de caça a ministros que o imobilizaria em seu primeiro ano com a queda (em média) de um ministro a cada 45 dias.
Em 1º de julho, no mesmo dia em que o francês Dominique Strauss-Kahn, então diretor-gerente do FMI, fora preso nos Estados Unidos sob acusação de estupro, aqui se publicou o post O caso Dominique Strauss-Kahn. O post pedia cuidado com a condenação sumária daquele que, então, era o pré-candidato a presidente da França que liderava as pesquisas.
Em 27 de agosto, o blog comenta a tentativa de um jornalista da revista Veja de invadir o quarto de hotel em que estava hospedado o ex-ministro José Dirceu. O post Veja ilustra por que a mídia precisa de leis traça um paralelo entre os métodos da revista Veja e os de órgãos de imprensa britânicos que estão tendo que responder penalmente por usarem métodos similares aos da publicação brasileira.
Em 9 de setembro, dois dias após a primeira das várias “marchas contra a corrupção” que se diziam “apartidárias”, este blog, no post A reação do PT e o novo Cansei, já dizia que aquela série de manifestações que ensaiavam seus primeiros passos sob grande apoio publicitário da imprensa não passavam de uma versão menos tosca do movimento Cansei, que tentou barrar a reeleição de Lula em 2006.
Em 15 de setembro, seria publicado o manifesto Abaixo a Corrupção da Mídia . O manifesto seria lido durante o ato público do Movimento dos Sem Mídia pela democratização das comunicações que ocorreria no dia 17 daquele mês no Masp, na avenida Paulista. O ato reuniu cerca de 100 pessoas, segundo a polícia militar, e 200 pessoas, segundo os organizadores.
Em 23 de setembro, o post Protestos contra a corrupção têm os dias contados previu com precisão que o caráter político-partidário daquele movimento capitaneado pela grande mídia tucana não teria futuro justamente por ser artificial e por tentar esconder seu real propósito, que era o de desgastar o governo Dilma. Os atos iriam minguando até sumirem.
Em 26 de setembro, é publicado documento que detalha em profundidade o que se pretende quando se fala em democratização da comunicação, o texto Lei da Mídia: razões, entraves, detalhamento e viabilização.
Em 29 de setembro, o blog publica o post mais lido do ano: Imprensa brasileira foi à França reclamar de premiação a Lula. Foram 892 menções no Twitter, 542 comentários no blog e 5.216 “curtidas” no Facebook.
O texto teve grande repercussão por ter dado um furo: Folha, Estado, Veja e Globo mandaram repórteres à França para reclamar com Richard Descoings, diretor do instituto francês Sciences Po, por escolher o ex-presidente Lula para receber o primeiro título Honoris Causa que a instituição concedeu a um latino-americano.
O caso virou piada no Twitter devido à repórter de O Globo Deborah Berlinck ter feito a Descoings a seguinte pergunta: “Por que Lula e não Fernando Henrique Cardoso, seu antecessor, para receber uma homenagem da instituição?”. Foi criada, então, a hashtag #porquenaoFHC, que rapidamente atingiu os Trending Topics do Twitter.
Em 2 de outubro, outro post se tornaria um dos recordistas de leitura no ano. A medicina é branca fez muita gente se dar conta de que, no Brasil – e, sobretudo, no Sul e no Sudeste – praticamente não existem médicos negros ou descendentes de negros, sendo quase todos descendentes de europeus e nascidos em famílias ricas ou de classe média alta.
Em 9 de outubro, outro post campeão de audiência. A mulher que enfureceu a mídia denunciou campanha difamatória contra ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), Iriny Lopes, por ter oficiado ao Conar  (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) pedido de suspensão de peça publicitária em que a “top model” Gisele Bündchen insinua oferta de sexo a um homem como forma de “compensá-lo” por bater seu carro e “estourar” o limite de seu cartão de crédito. O texto foi parar no portal da Fundação Perseu Abramo.
Em 13 de outubro, mais um post marcante. Manifestantes contra a corrupção vêem país pior do que há 10 anos , na verdade, foi um trabalho de reportagem. O blogueiro se misturou à versão paulista das “marchas contra a corrupção” que haviam ocorrido pelo país no dia anterior (12/10). Através daquele relato, terminaram as dúvidas de que aquele movimento tinha profundo viés político-partidário.
Em 14 de outubro, o blog publica post bem humorado, mas que não agradou nada, nada à colunista da Folha de São Paulo Eliane Cantanhêde. O texto Entrevista com Eliane Cantanhêde fez a jornalista escrever nota no Twitter insultando e ameaçando seu autor apesar de se referir a uma homônima dela. Veja, abaixo, a reação da colunista da Folha.
Em 18 de outubro, ainda contaminado pelo humor, o blogueiro publica trecho de conversa que teve por telefone com o ator José de Abreu. O post  José de Abreu:  “Civita avisou ao PT que derrubará Dilma” se espalhou como fogo pela internet e foi reproduzido por centenas de blogs, inclusive pelo de Paulo Henrique Amorim, que endossou as palavras de Abreu em seu post Abreu e Edu têm razão. Civita quer derrubar Dilma.
Em 22 de outubro, um post desalentado, porém significativo do clima político que então vigia e que decorreu da primeira da série de demissões de ministros que teve início lá em junho, quando se previu, aqui, que a reiterada prática de Dilma de ceder à imprensa colocaria as Instituições de Joelhos diante dela. Afortunadamente, parece que a presidente despertou de suas ilusões de paz com os gorilas midiáticos decidiu parar de ceder.
Em 27 de outubro, o post Internautas criticam governo por covardia diante da mídia refletiu o clima político diante de um governo que perdeu metade de 2011 administrando bombardeios contra ministros. Curiosamente, alguns dos que agora criticavam o governo haviam chamado de “teoria conspiratória” as previsões de que a demissão de Palocci desencadearia uma reação em cadeia. Os quase 500 comentários mostraram que a maioria dessas pessoas mudou de ideia.
Em 30 de outubro, finalmente a pior notícia do ano e, talvez, do século XXI – ao menos para a grande maioria dos brasileiros: Lula estava com câncer. O post Lula e os porões da política denunciava que a mídia estava comemorando – sim, co-me-mo-ran-do – o mal que se abatera sobre seu maior inimigo, do que decorreram ondas de lunáticos que passaram a postar as maiores barbaridades na internet sobre um fato que entristecera a quase totalidade do povo brasileiro.
Em 1º de novembro, o blog lança a Campanha respeitem Lula, o Estadista que ergueu o Brasil, em solidariedade ao ex-presidente e em repúdio a campanha agressiva desencadeada originalmente pela mídia contra o adversário fragilizado. Até o momento, além dos 553 comentários de apoio ao ex-presidente, a página da campanha no Facebook já contabiliza 2.676 adesões.  
Em 8 de novembro, no dia em que a Polícia Militar invadiu a USP com centenas de homens, helicópteros, blindados, em uma legítima operação de guerra, este blog publica o post Enquanto PM brinca de ditadura na USP, bandidagem faz a festa.
Em 17 de novembro, o segundo post mais lido do ano. Belo Monte de inúteis versou sobre vídeo estrelado por atores da Globo que tratava de desinformar a sociedade em relação à construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, difundindo absurdos como o de que seria possível suprir a demanda energética do país com energias eólica ou solar. O post desencadeou uma reação que esmagou o trololó que há muito vinha sendo tecido contra a obra.
Em 2 de dezembro, no post Debate público sobre lei da mídia só virá com mobilização popular, o blog anuncia entendimentos embrionários entre setores da sociedade civil que pretendem se unir para desencadear uma grande campanha nacional em 2012 pela democratização da Comunicação.
Em 7 de dezembro, no post PF intimará Datafolha, Ibope, Sensus e Vox Populi o blogueiro anuncia que fora intimado pela Polícia Federal para negar ou ratificar representação que assinou em 2010 em nome do Movimento dos Sem Mídia e que protocolou no Ministério Público para denunciar supostas fraudes em pesquisas eleitorais, e que, feita a ratificação, aqueles institutos de pesquisa seriam intimados a apresentar à PF os dados das pesquisas suspeitas.
Em 9 de dezembro, é lançado o maior best-seller político do século XXI no Brasil. E a Imprensa ‘independente’ esconde livro sobre privataria tucana, do jornalista Amaury Ribeiro, que em menos de um mês já vendeu mais de cem mil exemplares.
Em 10 de dezembro, o blog faz uma proposta aos seus leitores Doe um livro ao Ministério Público Federal – o livro, no caso, é A Privataria Tucana. Entre leitores do blog (em 348 comentários) e amigos do Facebook e do Twitter, quase 700 pessoas se comprometem a enviar o livro pelo correio à Procuradoria.
Em 16 de dezembro, outro furo: o post Folha ignora ombudsman e omite fatos sobre privataria tucana reproduz cópia de crítica interna da ombudsman da Folha, Suzana Singer, que recebeu de leitor que quis se manter anônimo. O texto da ombudsman contém críticas duras à Folha por ter escondido o livro-bomba da privataria e por ter se limitado a contestá-lo quando finalmente tocou no assunto.
Em 22 de dezembro, uma conclusão inescapável: Só o jornalismo salva a si mesmo.
Em 27 de dezembro, a última matéria de repercussão expressiva no ano. Baseado em pesquisas na web e no próprio livro A Privataria Tucana, o blog narra A carreira meteórica de Verônica Serra, texto que pesquisa no Google revela que, até agora, foi citado 21.500 vezes na internet.
Ufa! Foi um ano cheio não só para o blogueiro e para seus leitores, mas para a política no Brasil. Um ano de muita luta, de muita doação de todos nós que fazemos esta página. Em 2012, pois, estaremos de prontidão para continuar lutando para fazer do Brasil um país em que todos possam exercer sua cidadania plenamente.
Feliz 2012 a todos os leitores e leitoras desta página. Ano que vem tem mais.

O que a Dilma fez em 2011. E ninguém soube

Através do Tijolaço, o ansioso blogueiro assistiu à excelente exposição de fim de ano da Presidenta Dilma Rousseff, que também pode ser vista no Blog do Planalto.

Apesar dos pesares, e da crise que a Globo dissemina 24h por dia, foi um ano brilhante.

Que calou a boca da Oposição.

Porém, através do PiG (*), a Oposição conseguiu engessar a agenda política do pais.

No país onde se realizou a maior roubalheira numa privatização latino americana – agora revelada, em parte, pelo “Privataria Tucana”-, o PiG estabeleceu que a questão é a corrupção, o “malfeito”.

(A outra parte será conhecida na CPI da Privataria.)

E o Álvaro Dias, o Farol de Alexandria e o Padim Pade Cerra empunham a bandeira da Moral e da Ética.

Como diz o motorista de taxi, “esse país não tem jeito”…

Como assim, “não tem jeito”?, pergunto.

A roubalheira, diz ele.

Quem rouba ?, pergunta o ansioso blogueiro, ao passar por uma rua arborizada da Cidade de São Paulo, no bairro de Higienópolis.

Os políticos, diz ele.

Os políticos, indistintamente.

Ou seja, o Ali Kamel ganhou.

Conseguiu equiparar o Lupi ao Ricardo Sergio de Oliveira, ao Preciado, ao Rioli.

Acompanhe, agora, amigo navegante, o que a Presidenta mostrou no pronunciamento de fim de ano.

E ninguém soube.

Começa que ela usou a palavra “emprego” sete vezes, em dez minutos.

Como se sabe, os oito anos de Governol Cerra/Fernando Henrique se notabilizaram pelo desemprego.

Quem tinha emprego garantido eram banqueiros de investimento, “brilhantes“ gestores de fundos na Privataria.

Dilma preside o “pleno emprego”, apesar da crise Global da Urubologa.

Lembrou ela, o Brasil criou em 2011 a bagatela de 2,3 milhões de empregos.

Num único ano.

Voce viu isso nos jornais do Ali Kamel, amigo navegante ?

Uma comparação entre o desemprego no mundo e o “pleno emprego”no Brasil ?

Qual o destaque que os jornais do Ali Kamel deram ao salario minimo que vai abrir 2012 ?

E sobre a redução de impostos ?

O PiG (*) e seus colonistas (**) só falam de “carga tributária”, a mais alta do mundo (no Farol era maior …).

A Dilma reduziu os impostos de 5 milhões de pequenas empresas e empreendedores individuais.

Reduziu os impostos sobre geladeiras, fogões e maquinas de lavar.

Levou para zero impostos que incidem sobre massa, farinha e pão.

O Ali Kamel mostrou isso, amigo navegante ?

Não, o Ali Kamel gosta é do “malfeito”.

Até 2014, contou a Presidenta, a Caixa e o Banco do Brasil, que anunciam no jornal nacional – e no Conversa Afiada – vão aplicar R$ 125 bilhões no Minha Casa Minha Vida.

Em 2011 a Dilma entregou 341 mil casas.

Vai entregar outras 400 mil.

E tem 500 mil em construção.

O Ali Kamel tratou disso ?, amigo navegante, logo ele, que, segundo o Florisbal, tem que dar mais atenção à Classe C.

Classe C.

Deve ser proibido falar disso no jornalismo da Globo, porque Classe C traz logo à cabeça o Nunca Dantes e a Presidenta.

E os da pobreza extrema ?

O programa Brasil sem Miséria – contou a Presidenta no Natal – localizou 407 mil famílias que não conseguiam, sequer, ser beneficiadas.

E já recebem, em boa parte, o Bolsa Familia, aquele programa que a grande estadista chilena Monica Cerra considera um incentivo à vagabundagem.

A Presidenta revelou que um milhão e 300 mil crianças e adolescentes foram incorporadas em 2011 ao Bolsa Famiia.

Ou seja, vão receber educação e assistência médica.

Que horror, amigo navegante !

Um milhão e trezentas mil crianças !

Por que o aviãozinho da Globo não acha uma criança dessas ?

Deve ser uma avaria no radar do Ali Kamel.

Diante da notável política tucana de São Paulo de combater o crack com a “Cracolândia”, a Presidenta teve que se esforçar muito para conceber um plano à altura da engenhosidade tucana de São Paulo.

Assim, criou o programa “É possível vencer”, com R$ 4 bilhões para curar e ressocializar os viciados em crack.

Nada será como a “Cracolândia”, uma politica que a Organização Mundial de Saúde vai disseminar mundo afora.

Mas, a Dilma tenta.

E o Pronatec ?, que até 2014 vai levar 8 milhões de jovens para o mundo do Emprego.

Outro dia, no Entrevista Record, este ansioso blogueiro entrevistou o Lincoln Silva, que saiu de uma cidadezinha no Sul da Bahia, fez o ProUni, entrou no Senac e foi um dos primeiros a se beneficiar do “Ciência sem Fronteiras”, do Mercadante: Lincoln vai estudar um ano com tudo pago, na Rochester University, no Norte do Estado de Nova York, uma das referencias mundiais em design gráfico.

Isso é uma ofensa à elite que o Ali Kamel representa !

Uma agressão ideológica !

Dar Educação e Emprego a um filho de costureira com ouriveres, como o Lincoln.

Dilma falou nove vezes em Emprego.

Você sabia disso, amigo navegante ?

Que a palavra “Emprego“ é uma marca do Governo Dilma ?

Pois é, amigo navegante, quem manda você e o Bernardo se curvarem ao PiG ?

A questão, amigo navegante, não é só a necessidade de o Governo prestar contas e a sociedade saber o que o Governo faz.

Por exemplo: a Presidenta vai passar o Réveillon numa base da Marinha na Bahia.

Onde passará o Cerra ?

A questão não é fazer “propaganda” dos feitos do Governo.

É a Democracia, Bernardo.

A Política é a linguagem da Democracia, diz o Ciro Gomes.

“Linguagem”, ou “Política” diz este ansioso blogueiro, quer dizer “Comunicação”, “Retórica” – Padre Vieira, Churcill, não é isso ?

Como diz o Comparato, “comunicação” é um Direito do Homem.

Segundo os Iluministas da Revolução Francesa, no século XVIII.

Já imaginou, amigo navegante, se o Churchill não tivesse a rádio (pública) da BBC ?

Perdia a Guerra, porque muitos ingleses (na elite e, portanto, na mídia) eram cripto-nazistas.

Bernardo, os amigos navegantes entendem que a Ministra da Casa Civil queira ser Governadora do Paraná.

Mas, Bernardo, tira o Franklin da gaveta !

Paulo Henrique Amorim

Um ano de Dilma e a ascensão do Brasil


Lula foi astuto na escolha de sua sucessora e protegeu o país do retrocesso neoliberal. E a presidenta, com sua própria liderança, tem superado desaforos e dificuldades

Por: Mauro Santayana

Dilma, ideias próprias. (foto: Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)

Os críticos mais à esquerda podem condenar a atitude de Lula, em sua primeira campanha e na condução dos dois governos, mas os resultados é que contam. Como dizia Marx, o critério da verdade é a prática. As concessões aos neoconservadores deram ao presidente espaço e tempo para trabalhar no seu objetivo maior. Lula trazia, com seu passado, o compromisso quase obsessivo de lutar contra a miséria. Nos primeiros anos, talvez supusesse que isso fosse possível a ferro e fogo. Pouco a pouco, aprendeu o jogo necessário da política: contra a força é necessária a astúcia.

Foi assim que, na busca de seu projeto, fez as alianças indicadas pelas circunstâncias. Como líder sindical, não fazia distinção entre os patrões, fossem nacionais, fossem estrangeiros; como líder de um partido, compreendeu que era preciso moderar o discurso. A isso foi aconselhado pela própria experiência, mas possivelmente também influenciado pela ala mais pragmática de seu grupo. Foi assim que Lula decidiu firmar documento assumindo o compromisso de respeitar todos os acordos assumidos anteriormente em nome do Estado, entre eles o das privatizações.

Ao convocar o empresário e político José Alencar, além de situar-se bem com os setores industriais, sempre inconformados com a voracidade do sistema financeiro, teve a sabedoria de ter um mineiro, com suas qualidades, como companheiro de chapa. Para sossegar os banqueiros, que temiam perder o controle do Banco Central, entregou o órgão a Henrique Meirelles. Trouxe ainda os empresários para o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, no qual puderam, e podem, defender interesses específicos de classe. E reduziu, embora não tenha eliminado, a sua ação conspiratória contra o governo chefiado por um proletário autêntico.

O primeiro passo foi retirar os pobres da miséria absoluta e secular, mediante a política direta de ajuda às famílias assoladas pela fome. Não foi difícil a ele chegar à equação singela: mais dinheiro na mão dos pobres significa mais consumo; mais consumo, mais emprego; mais emprego, mais consumo e mais empregos: enfim, o desenvolvimento geral da economia. O resultado é que todos ganharam, e muitos empresários perceberam que seus lucros crescem à medida que a renda nacional é mais bem distribuída e o mercado interno aumenta.

Ao mesmo tempo, Lula usou a plenitude da sabedoria nas viagens ao exterior. Como todos os meninos pobres e inteligentes, teve de negociar desde cedo, com os outros e com as circunstâncias: com irmãos mais velhos, com companheiros de trabalho e chefes, com os patrões. A virtude obtida na adversidade levou-o a quebrar a resistência dos governantes mundiais – ao contrário de Fernando Henrique, que pretendia conquistar os donos do mundo com a subserviência de sua diplomacia. Lula estava poupado, por exemplo, de citar Weber.

Dilma herdou um projeto contundente de combate à pobreza e às desigualdades, mas também um ambiente de difícil relação com o ParlamentoComunicava-se com alma. Não tinha por que se curvar. O povo, ao elegê-lo, fizera-o igual a qualquer outro governante do mundo e permitia-lhe até, sem faltar à elegância, substituir os ritos rígidos do protocolo pela afetividade de quem respeita no outro alguém igual a si mesmo.

Reconhecimento

Foi um Brasil novo, menos desigual no plano interno e mais respeitado no plano externo, que Lula entregou a Dilma Rousseff, moça da classe média de Belo Horizonte, já combatente contra a ditadura em um tempo em que Lula, dois anos mais velho, ainda não se interessava pela política. Dilma manteve todos os compromissos de Lula, mas é certo que não se trata de um clone do antecessor. Ela é senhora de ideias próprias e de biografia bem diferente, sobretudo no que se refere à atuação política. Exilada de Minas no Rio Grande do Sul, optou por seguir Leonel Brizola e se inscreveu no PDT, fez carreira na Prefeitura de Porto Alegre antes de participar do governo do estado – e de entrar para o Partido dos Trabalhadores.

Na escolha de Dilma, houve outro ato sábio de Lula. Só uma figura nova, de seu núcleo pessoal de confiança, provada como boa administradora e firme no comando, poderia unir, como uniu, o partido. Ao evitar expor a sucessão a riscos de dissidências internas, viabilizou a vitória que não permitiu o retrocesso neoliberal.

Dilma herdou de Lula as dificuldades para a manutenção do apoio parlamentar, necessário aos atos de governo. Sem partidos com programas ideológicos definidos, a verdadeira representação parlamentar é corporativa. As corporações – como a Febraban (federação dos bancos) e as multinacionais, nisso as mais ativas – trabalham primeiro para situar seus delegados na hierarquia dos partidos, na relatoria dos projetos mais importantes e no domínio das comissões do Congresso para, em seguida, fazê-los, mediante os partidos, ministros de Estado.

Ao assumir o governo, Dilma procurou manter a equipe de Lula quase integralmente. Foi então que enfrentou a primeira crise, no caso do ministro Antonio Palocci, que a substituíra na chefia da Casa Civil. Não havia como preservá-lo, depois de suas infelizes explicações públicas. A partir de então, intensificaram-se as denúncias contra outros ministros. Ela agiu com prudência, dando aos acusados a oportunidade de se explicar. Com Nelson Jobim, ela atuou rapidamente, porque, não estando acusado de nenhum ato ilícito – embora o Ministério da Defesa não esteja livre de suspeitas a serem investigadas –, o político gaúcho desafiara, com desaforo, a autoridade de seu governo. Essa autoridade da presidenta é reconhecida nos setores lúcidos da oposição.

No plano externo ela vem mantendo a nossa independência de julgamento e a aliança com os países que se encontram em situação semelhante à nossa, como China, Rússia, Índia, África do Sul e, mais recentemente, Turquia. É provável que a sua percepção de estratégia econômica seja mais acentuada. Ela já deu sinais nesse sentido, ao propor novo estatuto para a defesa das empresas realmente nacionais.

Na América do Sul, desenvolve o projeto da unificação política do continente, tendo o Mercosul como o instrumento de ação. O Brasil vem enfrentando, com êxito crescente, a crise mundial, que é política, embora se expresse na economia. É preciso registrar que o nosso país, sob Dilma, elevou sua posição, interna e externa, conforme registram os indicadores nacionais e internacionais.

As dificuldades que a presidenta venceu este ano a preparam para a reestruturação do governo no início do novo ano, de eleições municipais das quais dependerá o pleito presidencial de 2014. Dilma, ao que os fatos assinalam, irá conduzir o país no mesmo rumo, mas com sua própria forma de ver e entender o mundo, e isso se verá na composição de seu novo ministério.

Lançado livro sobre a vida da presidenta Dilma Rousseff

Foi lançado no início de dezembro, o livro A vida quer é coragem: a trajetória de Dilma Rousseff, a primeira presidenta do Brasil, de Ricardo Batista Amaral (Editora Pessoa).

Segundo o autor, “a trajetória pessoal da presidenta Dilma Rousseff e a história do Brasil moderno se entrelaçam numa grande reportagem. Do suicídio de Getulio Vargas, quando era criança, ao golpe de 1964, quando se aproxima das organizações de esquerda. Da clandestinidade, prisão e tortura na ditadura militar, à luta pela anistia e pela redemocratização. O encontro de Dilma com Leonel Brizola, na fundação do PDT, e sua aproximação com Lula, durante o apagão e na campanha eleitoral de 2002. A chefia da Casa Civil, que assume em plena crise do mensalão, os bastidores da reeleição, a luta contra o câncer e a vitória nas eleições de 2010: uma história de resistência, esperança e coragem”.

À disposição na Livraria Saraiva (R$31,90) e no Submarino (R$29,90).

Postado por BLOG LIMPINHO E CHEIROSO

O Brasil tem programa social ‘for export’

Tão Gomes – Revista Carta Capital

Na virada do século XIX era o café. O Brasil chegou a ser chamado de “rei café” e contribuiu para a construção de inúmeros palacetes da Avenida Paulista, um dos contrafortes da elite brasileira.

Hoje a pauta de exportação do País é rica e variada. No entanto há um item sempre esquecido: a exportação de programas sociais.

No seu “Café da Manhã com a Presidenta” de segunda-feira 26, Dilma Roussef colocou mais um programa exportável: “O Brasil sem Miséria”. E o governo acaba de anunciar um aperfeiçoamento no programa “Minha Casa, Minha Vida”. Especialmente para os idosos.

Os programas sociais brasileiros, tantas vezes questionados por porções consideráveis das chamadas classes conservadoras e por setores da oposicão,  são hoje imitados por dezenas de governos. A grande atração nesse campo continua a ser o Bolsa Família.

Desde sua criação, no final de 2003, até setembro deste ano, mais de 5,8 milhões de famílias deixaram de receber as transferências de renda do governo federal.

Prova de ineficiência do programa? Ao contrário. Prova do seu sucesso.

Cerca de 40% de familias deixaram de receber a bolsa simplesmente porque aumentaram sua renda per capita e “estouraram” o limite  de renda previsto.

Nas contas do Ministério do Desenvolvimento Social, o número de famílias que tiveram as transferências canceladas por esse critério é de 2,227 milhões nos últimos oito anos.

Segundo o jornal  O Estado de S.Paulo, em reportagem recente assinada por Lisandra Paraguassu, atualmente ao menos 14 países copiam ou planejam copiar o Bolsa Família.

De acordo com a repórter, que ouviu o embaixador Marcos Farani, presidente da Agência Brasileira de Cooperação, o Brasil tem programas conjuntos com 65 países. “Eu diria que em todos existe algum programa inspirado nos nossos programas”, acrescentou Farani.

As dificuldades para a implantação de um Bolsa Familia, no entanto, costumam assustar muitos  governantes interessados em repetir em seus países a popularidade obtida por Lula com esse programa.

O Bolsa Familia exige, além de recursos, uma estrutura complexa, uma capilaridade enorme e uma rede bancária eficiente, explica o embaixador.

Eu acrescentaria que também é necessário não se deixar abater por críticas do tipo “desestímulo ao trabalho” e outras do gênero, ainda muito comuns.

A verdade é que a quinta economia do mundo ainda acumula um estoque de 16 milhões de pessoas com renda abaixo da linha de pobreza, ganhando até 70 reais por mês.

Tiago Falcão, secretário nacional de Renda de Cidadania do MDS, explicou, ao jornal Valor, em outra reportagem recente, que as saídas do Bolsa Família não podem ser atribuídas somente aos benefícios, hoje entre 32 e 360 reais, dependendo do número de filhos.

Há dezenas de razões que explicam o cancelamento da transferência no período, como, por exemplo, o não cumprimento de condicionalidades na área de educação e saúde (117 mil famílias), revisão cadastral não concluída (613,1 mil famílias) e até mesmo decisão judicial (20 mil famílias).

Falcão ressalta que os dados de saída do Bolsa Família precisam ser vistos com cautela por se tratarem de um estoque. E ainda existe muita miséria nesse “estoque”. “Há sempre famílias entrando e saindo. E quem saiu pode ter retornado. E mesmo aqueles que alcançam o mercado formal de trabalho permanecem muito pouco tempo nessa situação, e para os grupos mais vulneráveis a rotatividade no emprego é ainda maior”, acrescenta.

A especialista no estudo da pobreza Lena Lavinas, professora do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), lembra que o número de famílias assistidas não se alterou e que há três anos varia entre 12,3 milhões e 12,8 milhões. “O importante é que o governo federal reconheceu que o número de indigentes é maior do que se pensava e nem todos recebem o benefício”, acrescenta.

Foi o que reafirmou Dilma Roussef,  no seu programa semanal de rádio. E anunciou que está preparando a “Bolsa Gestante”.

Vamos ver como a turma da Avenida Paulista vai reagir.

País cria 2,3 milhões de empregos formais em 11 meses

O Brasil gerou 2.320.753 postos de trabalho com registro em carteira entre os meses de janeiro a novembro deste ano, equivalentes a expansão de 6,46% em relação ao estoque de empregos de dezembro de 2010. O resultado - que incorpora as informações declaradas fora do prazo (série ajustada) - foi o segundo melhor na série do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) para o período, sendo menor apenas do que em 2010, quando foram abertos 2.918.549 novos postos. Somente em novembro deste ano, foram criados 42.735 empregos formais, alta de 0,11% em relação ao estoque de empregos celetistas do mês anterior.

“É importante ressaltar que o resultado dos meses de janeiro a novembro de 2011, considerando a série ajustada, foi bastante favorável ao atingir a criação de mais de 2,3 milhões de empregos, o segundo melhor desempenho da série histórica para o período. Porém, os dados do CAGED, no mês de novembro, ao apontar a criação de 42.735 postos de trabalho, mostram que o emprego formal continua crescendo, confirmando, porém, uma diminuição de dinamismo que já vinha sendo sinalizada nos últimos meses. Esse comportamento pode ser justificado, em parte, pela presença de fatores sazonais, como também, conjunturais, em razão da repercussão dos efeitos da crise internacional“, explica o ministro interino do Trabalho e Emprego, Paulo Roberto dos Santos Pinto.

Nesse período, a expansão do emprego foi influenciada pelo desempenho positivo em quatro setores de atividade econômica, sendo destaque o Comércio, com 107.920 postos e alta de 1,30%, a maior taxa de crescimento entre os setores e o terceiro maior saldo para o mês na série do Caged; e Serviços, com 53.999 postos e crescimento de 0,36%. Já a Administração Pública contribuiu com 250 postos (+0,03%) e Extrativa Mineral com 129 postos (+0,06%).

Na contramão, tiveram desempenho negativo os setores da Indústria de Transformação, com retração de 54.306 postos (-0,65%) devido a fatores conjuntural e sazonal; Agricultura, com -42.297 postos (-2,55%), devido a fatores sazonais; Construção Civil, com -22.789 postos (-0,82%), resultado influenciado por fatores sazonais (climáticos) e conjunturais; e Serviços Industriais de Utilidade Pública, com perdas de 171 postos de trabalho (-0,04%).

No recorte geográfico, houve elevação do emprego em vinte e uma Unidades da Federação, com três delas apresentando recordes, uma registrando o segundo melhor saldo e duas apontando o terceiro melhor desempenho para o mês. Os destaques, em números absolutos, couberam aos estados do Rio de Janeiro, com 24.867 postos (+0,70%), o segundo melhor desempenho para o mês; Rio Grande do Sul, com 12.875 postos (+0,52%); Santa Catarina, 12.089 postos (+0,66%); Minas Gerais, 5.825 postos (0,14%) e; Paraná, com 5.663 vagas (0,22%).

Já os estados que apresentaram desempenhos recordes foram: Pará, com 4.226 postos (+0,62%); Amapá, 496 postos (+0,76%) e Roraima, com 451 postos ou +1,13%. Influenciados por fatores sazonais e conjunturais, dentre os estados que tiveram desempenho negativo estão: São Paulo (-29.145 postos ou -0,24%); Goiás (-10.466 postos ou -0,96%) e Mato Grosso (-5.791 postos ou -1,02%).

O Caged também mostra expansão do emprego em quatro das cinco grandes regiões: Sul, com 30.627 postos; Nordeste, com 20.089 postos; Norte, com 4.870 postos e Sudeste, com 3.261 empregos. Devido a motivos sazonais e conjunturais, o Centro-Oeste foi a única região a apresentar redução no nível de emprego, equivalente a 16.112 postos (-0,57%).

Caged - Em doze meses, a geração de empregos atingiu 1.900.571 postos de trabalho, correspondendo ao aumento de 5,23%. No período de janeiro de 2003 a novembro de 2011, tomando como referência os dados da RAIS (que abrange Celetistas e Servidores Públicos Federais, Estaduais e Municipais) e do Caged, foram gerados 17.705.195 empregos formais.

O primeiro ano do governo Dilma

Por Nivaldo Santana, em seu blog:

Como o ano está próximo do final, vamos praticar o esporte predileto desse período que é passar em revista o que rolou de importante no ano de 2011. Fiquemos no governo Dilma. O balanço do seu primeiro ano de mandato é positivo, sem ser excepcional.

Eleita sob os auspícios da popularidade de Lula, desde o início Dilma tinha um problema essencial a enfrentar: firmar sua autoridade diante de vários cenários: do ministério, em boa medida herdado, da ampla base partidária de sustentação do governo e da sociedade em geral.

Com sua decantada firmeza, Dilma conseguiu transmitir a imagem de domínio das alavancas de comando do país. Os altos índices de popularidade, superiores inclusive ao do governo Lula na comparação do período inicial dos dois governos, parecem atestar um acerto na tática de conquistar credibilidade e apoio.

Os riscos de desgaste com a possibilidade de contágio da crise econômica ainda não surtiram efeito. Em um mundo mergulhado em profunda crise econômica, o país, mesmo com o PIB zero do terceiro trimestre e a lerdeza das mudanças macroeconômicas, mantém ainda razoáveis indicadores de emprego e renda.

Na área social e trabalhista, a presidenta manteve, no geral, a política anterior. Nas relações internacionais, uma certa inflexão pragmática não alterou em profundidade a reorientação diplomática do país. O ponto mais polêmico e incerto, no entanto, foi seguir a partitura midiática na degola de ministros.

Vista em seu conjunto, entre altos e baixos, a média é positiva. Mas alguns desafios se colocam para 2012: reforma ministerial, eleições municipais, reativação econômica e definição de uma agenda positiva que não fique refém do roteiro conservador da mídia oligopolizada.

A reforma ministerial terá sentido se der maior coesão ao governo, manter a ampla base política e social de apoio e desvencilhar-se das armadilhas de uma mídia que se pretende partido político de oposição e intérprete da opinião "pública".

Nas eleições municipais, talvez o maior desafio seja conter a gula exlusivista do seu partido e ter postura ampla e democrática com todos os partidos da base. Acumular forças em 2012, sem fraturar a coalisão, é o melhor caminho para chegar bem na foto em 2014.

Dois problemas importantes: avançar no marco regulatório das comunicações brasileiras, garantindo a pluralidade de opinião e a liberdade de expressão dos diversos setores da sociedade - em uma palavra, enfrentar o monopólio midiático do país.

Segundo, definir os marcos de um pacto desenvolvimentista, que liberte o país das amarras do conservadorismo macreconômico e pavimente o caminho para o crescimento sustentado do PIB ancorado na democracia, soberania e progresso social.

Se der conta desses desafios, a nossa presidenta Dilma poderá deixar o Pelé no banco de reservas por mais uma temporada...

Postado por Miro

A Privataria Tucana e o Silêncio da Mídia

Serra e a Privataria Tucana

Brasil quer recuperar dinheiro dos paraísos fiscais

O governo brasileiro quer lançar uma operação para fechar acordos com paraísos fiscais no esforço de tentar identificar e recuperar o dinheiro "sujo" que sai do País - fruto do crime organizado ou corrupção. Bahamas, Liechtenstein, Jersey e Cayman estão entre as prioridades para 2012.

Os paraísos fiscais estão entre os principais destinos dos i...nvestimentos brasileiros no exterior. As autoridades brasileiras estimam que até 2009 foram enviados oficialmente US$ 18,3 bilhões para as Ilhas Cayman, além de outros US$ 13,3 bilhões para as Ilhas Virgens Britânicas, US$ 10,2 bilhões para as Bahamas e US$ 4,3 bilhões para Luxemburgo.

Todos admitem que o fluxo real e escondido da Receita Federal seja bem maior que esses números e é justamente essa parcela que a Justiça está interessada em identificar.

No início da gestão do Presidente Lula, o governo fez a mesma ofensiva.

Mas os acordos que fechou com diversos países jamais foram aplicados e, na maioria dos casos, foram engavetados pelas autoridades estrangeiras, que resistem em abrir os dados sobre clientes com a Justiça de outros países. Os tratados previam a troca de informação sobre suspeitos.

O secretário executivo do Ministério da Justiça, Luis Paulo Barreto, é quem está avaliando a iniciativa e estima que os tratados fechados há quase uma década eram ambiciosos demais e que não interessavam aos paraísos fiscais, já que não tratavam apenas do dinheiro do narcotráfico ou armas, mas também de evasão de divisas.

Como estavam sendo pressionadas, essas autoridades estrangeiras acabaram fechando os tratados para mostrar que estavam dispostas a cooperar. Mas deixaram o tempo passar, criaram dificuldades administrativas para a implementação dos artigos e acabaram enterrando os projetos.

"Saímos das Bahamas convencidos de que tínhamos o melhor dos acordos e que poderíamos usá-lo para lutar contra a evasão de divisas, crime e outros problemas", contou Barreto, que na época era um dos negociadores dos acordos.

Na Suíça, um acordo prevê a troca de informações entre procuradores sobre suspeitos. Mas Berna levou anos para ratificar o tratado depois que o Brasil usou parte das informações sobre o ex-prefeito Paulo Maluf para processá-lo por evasão de divisas. Na Suíça, isso não é crime e, portanto, as informações não poderiam ser usadas dessa forma.

A estratégia agora será a de começar com acordos mais modestos, mas que sejam pelo menos aplicados. Barreto já começou a avaliar essa estratégia e deve levar o assunto adiante no início de 2012.
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Postado por O TERROR DO NORDESTE

O cordel da "privataria tucana"


PRIVATARIA TUCANA

"Caiu a casa tucana
Do jeito que deveria
E agora nem resta pó
Pois tudo na luz do dia
Está tão claro e exposto
E o que ninguém sabia
Surge revelado em livro
Sobre a tal privataria.

"Amauri Ribeiro Junior
Um jornalista mineiro
Em mais de 300 páginas
Apresenta ao mundo inteiro
A nobre arte tucana
De assaltar o brasileiro
Pondo o Brasil à venda
Ao capital estrangeiro.

"Expondo a crua verdade
Do Brasil privatizado
O livro do jornalista
Não deixa ninguém de lado
Acusa Fernando Henrique
Gregório Marin Preciado
Serra e suas mutretas
E o assalto ao Banestado.

"Revelando em detalhes
Uma quadrilha em ação
O relato jornalístico
Destrói logo a ficção
De que político tucano
É homem de correção
Mostrando que entre eles
O que não falta é ladrão.

"Doleiros e arapongas
Telefone grampeado
Maracutaias financeiras
Lavagem por todo lado
Dinheiro que entra e sai
Além de sigilo quebrado
Obra de gente tucana
Na privatização do Estado.

"Parece mas não é
Ficção esse relato
Envolvendo tanta gente
E homens de fino trato
Que pra roubar precisaram
Montar um belo aparato
Tomando pra si o Estado
Mas hoje negam o fato.

"Tudo isso e muito mais
Coisas de uma gente fina
Traficantes de influência
E senhores da propina
Mostrando como se rouba
Ao pivete da esquina
E a cada negócio escuso
Ganhando de novo na quina.

"Se tudo isso não der
Pra tanta gente cadeia
Começando por Zé Serra
Cuja conta anda cheia
O Brasil fica inviável
A coisa fica mais feia
Pois não havendo justiça
O povo se desnorteia

"Com CPI já pensada
Na câmara dos deputados
Não se fala outra coisa
No imponente senado
Onde senhores astutos
E tão bem engravatados
Sabem que o bicho pega
Se tudo for investigado.

"Por isso, temos tucanos
Numa total caganeira
No vaso se contorcendo
Às vezes a tarde inteira
Mesmo com a velha mídia
Sua indiscreta parceira
Pelo silêncio encobrindo
Outra grande roubalheira.

"São eles amigos da Veja
Da Folha e do Estadão,
Da Globo e da imprensa
Que distorce a informação
Blindando tantas figuras
Que tem perfil de ladrão
Mostrando-os respeitáveis
Como gente e cidadão.

"Pois essa mídia vendida
Deles eterna parceira
E que se diz democrática
Mas adora bandalheira
Ainda não achou palavras
E silenciosa anda inteira
Como se fosse possível
Ignorar tanta sujeira.

"Ela que tanto defende
A liberdade de imprensa
Mas somente liberdade
Pra dizer o que compensa
Não ferindo interesses
Tendo como recompensa
Um poder exacerbado
Que faz toda a diferença.

"Mas neste livro a figura
Praticamente central
Sujeito rei das mutretas
Um defensor da moral
É o impoluto Zé Serra
Personagem que afinal
Agora aparece despido
Completamente venal.

"É o próprio aparece
Sem retoque nem pintura
Tramando nos bastidores
Roubando na cara dura.
É o Zé Serra que a mídia
Esconde e bota censura
Para que o povo não veja
A sua trágica feiúra.

"E ele sabe e faz tudo
No reino da malandragem
Organiza vazamentos
Monta esquema de lavagem
Ensina a filha e o cunhado
As artes da trambicagem
E como bandido completo
Tenta preservar a imagem.

"Mas agora finalmente
Com a casa já no chão
E exposta em detalhes
Tão imensa podridão
Que nosso país invadiu
Com a privatização
Espera-se que Zé Serra
Vá direto pra prisão.

"E pra não ficar sozinho
Que ele vá acompanhado
Do Fernando ex-presidente
Mais o genro dedicado
Marido da filha Mônica
E outro homem devotado
Ricardo Sergio Oliveira
E também o Preciado.

"Completando o esquema
Deixando lotada a prisão
Ainda cabe o Aécio
Jereissati e algum irmão
Nunca esquecendo o Dantas
Que só rouba de bilhão
E traz guardado no bolso
O tal Gilmar canastrão.

"Como estamos em época
De Comissão da Verdade
Que se investigue a fundo
E não se tenha piedade
Dos que usaram o Estado
Visando a finalidade
De praticar tanto crime
E ficar na impunidade.

"Tanto roubo descarado
Provado em documento
Não pode ser esquecido
E ficar sem julgamento
Pois lesou essa nação
Provocando sofrimento
A quem sofre e trabalha
Por tão pouco vencimento.

"Que o livro do Amauri
Maior presente do ano
Seja lido e comentado
Sem reservas nem engano
Arrebentando o esquema
Desse grupo tão insano
Abrindo cela e cadeia.
Pra todo bandido tucano."

Silvio Prado - Diretor Estadual da APEOESP - No As árvores são fáceis de achar