Laerte Braga
Bento XVI num discurso feito no sábado, no Vaticano, manifestou expressa preocupação com o que acontece na Líbia, em países da Ásia e da África e pediu sem definir a quem, “assistência e socorro” para por fim à “tragédia”.
Em primeiro lugar é preciso definir o papado de Bento XVI. Em seguida o que seja “tragédia” no caso. E então a quem cabe, se é que cabe a alguém de fora, “socorrer” a Líbia.
Bento XVI é um papa que nasceu e cresceu na extrema-direita da Igreja Católica. E antes de sua opção pela vida religiosa integrou a juventude hitlerista. No pontifício de João Paulo II, foi o expoente máximo das novas formas de inquisição – mas não menos cruéis – afastando religiosos ligados à Teologia da Libertação e abortando os movimentos de mudanças na Igreja surgidos a partir dos papas João XXIII e Paulo VI, que sucederam a Pio XII, de nítidos compromissos durante a IIª Grande Guerra com o regime de Mussolini na Itália e de Hitler na Alemanha.
A história da Igreja Católica está ligada de maneira intrínseca e extrínseca à repressão e a violência. Apropriou-se do Cristo e transformou-o em instrumento de poder das elites desde o seu reconhecimento pelo já falido império romano, foi senhora absoluta do poder trevoso da Idade Média.
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