O número de alunos matriculados em cursos de graduação no país aumentou 7% entre 2009 e 2010. O Brasil atingiu 6,3 milhões de matrículas em 29,5 mil cursos de 2.377 instituições. Considerando as estatísticas referentes ao período de 2001 a 2010, o crescimento no número de matrículas foi de 110%. Os dados são da edição 2010 do Censo da Educação Superior, divulgado nesta segunda-feira (7) pelo Ministério da Educação (MEC).
“Talvez tenha sido a melhor década de acesso à educação superior, tanto em termos relativos como em absolutos –mas sobretudo em absolutos”, disse o ministro da Educação, Fernando Haddad. Para ele, o aumento de matrículas coincide com a qualificação dos docentes, de forma que “há mais pessoas estudando e com mais qualidade”.
A meta do governo, incluída no Plano Nacional de Educação (PNE), é atingir 10 milhões de matrículas até 2020. De acordo com o secretário de Ensino Superior do MEC, Luiz Cláudio Costa, o crescimento das matrículas deverá crescer mais nos próximos anos. Isso porque, segundo ele, a expansão das vagas nas universidades federais, iniciada em 2007, ainda não se consolidou. “Esses programas já garantiram um aumento, mas ele será ainda maior nos últimos anos. As coisas estão caminhando dentro de um projeto estruturado”, disse.
Entre 2009 e 2010, as instituições públicas de ensino superior foram responsáveis por 310 mil novas matrículas e o setor privado por 120 mil, totalizando 430 mil novos estudantes. Entre 2008 e 2009, o crescimento tinha sido de 2%.
Apesar disso, a proporção de matrículas entre os estabelecimentos privados e públicos continua desigual. Segundo os dados preliminares do censo, quase 75% das matrículas estão nas instituições privadas, patamar semelhante ao verificado em anos anteriores. “As vagas nas federais duplicaram, mas as matrículas ainda estão respondendo”, diz Costa.
A educação a distância (EAD), por sua vez, já responde por 14,6% das matrículas de graduação no ensino superior do país. O número de estudantes em busca do diploma atingiu 6.379.299 alunos em 2.377 instituições de ensino superior, que oferecem 29.507 cursos.
Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, o crescimento da modalidade a distância só não é maior poque o governo está dando “um ritmo” para que a expansão não ocorra com prejuízo da qualidade. “Na década de 1990 nós tivemos um crescimento (na educação presencial) que não estava bem administrado e nós não queremos que o mesmo aconteça com a EAD”. Segundo ele, o percentual de matrículas na EAD no Brasil pode ser considerado baixo em relação a outros países em que a modalidade responde por mais da metade das matrículas.
Fonte: Sul 21 com Agência Brasil
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