Foi também o terceiro menor resultado de toda a série histórica do IBGE, iniciada em 2002. Apesar de ritmo menor da economia, taxa de 2011 será a menor de todas
Por: Vitor Nuzzi, Rede Brasil Atual
O mercado de trabalho brasileiro se mantém estável há alguns meses, e em outubro a taxa de desocupação medida pelo IBGE em seis regiões metropolitanas foi a menor para o mês na série histórica da pesquisa, iniciada em 2002, e a terceira menor de toda a série, atingindo 5,8%, um pouco abaixo tanto de setembro (6%) como de outubro do ano passado (6,1%). O número de ocupados (22,682 milhões) e de desempregados (1,385 milhão) também foi considerado estável no mês.
Na comparação anual, o total de desempregados também não teve variação significativa, enquanto o número de ocupados cresceu 1,5%, com 336 mil pessoas a mais. Também em relação a outubro de 2010, o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (estimado em 11,105 milhões) cresceu 7,4%, o que correspondente a um acréscimo de 765 mil empregos formais. O total de empregados sem carteira do setor privado (2,428 milhões) caiu 9,4% (252 mil a menos).
No período de 12 meses, a PEA (população economicamente ativa, estimada em 24,066 milhões) cresceu 1,2%. Isso significou 277 mil pessoas a mais no mercado de trabalho. Este, por sua vez, aumentou 1,5%, criando 336 mil vagas e fazendo com que o número de desocupados caísse em 59 mil (-4,1%).
O rendimento médio dos ocupados, calculado em R$ 1.612,70, ficou estável tanto no mês como na comparação com outubro do ano passado. A massa de rendimentos (R$ 36,9 bilhões) cresceu 0,9% na variação anual, puxada pela expansão da ocupação.
O ritmo de crescimento de vagas é menor que no ano passado: de outubro de 2010 para outubro de 2011, o nível de ocupação subiu 1,5%, ante 3,9% na variação de 2009 para 2010. Mas de 2008 para 2009, no período da crise, havia recuado 0,3%. Em um ano, o emprego cresceu no setor de serviços prestados a empresas (8,4%, com 286 mil vagas a mais) e na construção civil (4,7%, o equivalente a um acréscimo de 76 mil postos de trabalho. A indústria recuou 0,7% (menos 25 mil).
Segundo o IBGE, não houve variação mensal significativa em nenhuma das regiões. As menores taxas foram registradas em Porto Alegre (4,4%) e Belo Horizonte (4,5%) e a maior, em Salvador (9,4%), chegando a 6% em Recife, 5,7% no Rio de Janeiro e 5,6% em São Paulo. Comparadas a outubro de 2010, houve queda de dois pontos percentuais em Recife, de 0,8 em Belo Horizonte e de 0,7 em Porto Alegre. As demais ficaram estáveis.
Ainda que em ritmo mais lento, reflexo do menor crescimento da economia este ano, a taxa de desemprego oficial caminha para registrar seu menor nível anual, superando o recorde (6,7%) de 2010. Todas as taxas mensais de 2011, até agora, ficaram abaixo do respectivo mês do ano passado.
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