Campanha “Amaury
Ribeiro Júnior na Academia Brasileira de Letras” ganha corpo e avança contra
FHC
Em coletiva no Barão de
Itararé, autor de “A privataria tucana” rechaça neoliberalismo e afirma:
“concessão é privatização”
Por Leonardo Wexell
Severo
Altamiro Borges, Amaury
Ribeiro Júnior e Paulo Henrique Amorim, durante coletiva no Barão de Itararé,
A campanha “Amaury
Ribeiro Júnior na Academia Brasileira de Letras” ganhou novo impulso após a
entrevista coletiva realizada com nomes pesados da globosfera e da mídia
alternativa – transmitida ao vivo pela TVT -, na noite desta terça-feira (23),
no Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé, em São Paulo. Durante uma hora
e meia, o autor de “A privataria tucana” demonstrou as razões pelas quais sua
candidatura à “imortalidade” vem mobilizando tanta gente, em contraposição à
indicação de Fernando Henrique Cardoso.
Esbanjando bom humor,
Altamiro Borges – Blog do Miro- e Paulo
Henrique Amorim – Conversa Afiada
fizeram o preâmbulo, ridicularizando o mau gosto da indicação do tucano,
citado para a cadeira 36 da ABL pela pena de Celso Lafer, o submisso
ex-ministro de FHC. Sem o mínimo de dignidade e respeito à representação do
povo brasileiro, de forma vexatória, recordaram, Lafer retirou os sapatos para
entrar nos Estados Unidos.
Eduardo Guimarães –
Blog Cidadania - lembrou que o silêncio
dos grandes conglomerados de comunicação sobre a obra “imortal” de Amaury fala
por si, e da repulsa popular à grande “obra” de Fernando Henrique, a
dilapidação do patrimônio público nacional. “Na caminhada até a sede da ABL
para protocolar a candidatura do Amaury vamos lançar a campanha ‘A cadeira 36 é
nossa’, para que FHC não a privatize”, ironizou Sérgio Cruz, representando o
jornal Hora do Povo.
Rodrigo Viana –
Escrevinhador – condenou a tentativa de “assassinato da reputação” de Amaury,
jornalista que trabalhou em “O Globo”, “Correio Braziliense”, “IstoÉ”, “Estado
de Minas”, e hoje é produtor especial de reportagens na “TV Record”, e que já
ganhou três vezes o Prêmio Esso de Jornalismo. “Esses jornais que Amaury
trabalhou, inclusive para a família Marinho, começaram a tratá-lo como um
cidadão de segunda classe, quase como um bandido”, frisou Rodrigo, denunciando
o “cerco pessoal” a que o jornalista foi submetido.
Para Joaquim Palhares,
coordenador da Carta Maior, como a figura de Fernando Henrique está colada com
as privatizações, “com um governo que quebrou o país três vezes”, a candidatura
de Amaury representa o necessário contraponto das forças progressistas e da
nação brasileira.
CONTRA
DILMA, MÍDIA TIROU A MÁSCARA
Amaury avalia que os
conglomerados privados de mídia tiveram um papel militante, de oposição à
candidatura de Dilma Rousseff, perfilados com o tucano José Serra. “Na eleição
passada a imprensa tirou a máscara mesmo, nem tentou disfarçar, e partiu para a
canalhice de vez. Disseram: nós temos candidato e vamos fazer qualquer jogo
sujo. Perderam a vergonha mesmo. Só não foi uma tragédia graças a vocês, que
eles chamam de ‘blogueiros sujos’, que fizeram a diferença e evitaram um
massacre. Se não fossem vocês, eu também estaria morto”, declarou.
Essa campanha de
desinformação e calúnias da mídia tinha um propósito. “Todos os dias eles me
colocavam no jornal Nacional como um bandido”, lembrou o autor, alertando que
para levar Serra ao segundo turno era necessário blindá-lo e acusar os
denunciantes sobre os crimes da privatização. Essa “verdadeira roubalheira” tem
sido escondida, “porque não há um promotor de justiça, delegado da Polícia
Federal ou juiz que não tenha o livro, só não tem apuração”.
“CONCESSÃO
É PRIVATIZAÇÃO”
Ao condenar a
“maquiagem de privatização” atualmente em curso no país, Amaury destacou que
“concessão como a dos aeroportos, de certa forma é privatização”. “Isso foi a
maior bobagem que esse governo fez, pois conseguiu levantar uma coisa que
estava praticamente morta”. [O processo de “privatizações através de
concessões” foi assumido pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho, que tem
outra avaliação sobre a “bobagem”]. Infelizmente, disse Amaury, “agora temos
que ouvir a Elena Landau dizer que a Dilma é a mãe das privatizações”, o que
além de ser ruim para o país, desarma a militância do ponto de vista político e
ideológico e confunde a população. Essa inflexão do governo, informou,
repercutiu negativamente nas vendas do seu livro, que tiveram vertiginosa queda
após o anúncio dessas “concessões”, jogando um balde de água fria na
contundência da denúncia.
Anunciando que vem aí a
Privataria II, o autor recordou que o tema das privatizações é uma marca de um
momento histórico cuja “tragédia” não deveria ser jamais esquecida, pelo que
representou enquanto dilapidação e entrega do patrimônio público, mas também
enquanto dramas pessoais, pois “teve gente que se matou”.
Sobre a campanha
popular em defesa da vaga na ABL, o autor foi enfático: “O candidato é o livro,
a privataria é imortal”.
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