Por José Dirceu, em seu
blog:
Continua a hipocrisia
da oposição, dos novos e antigos oposicionistas, em relação ao projeto que
proíbe levar tempo de rádio e TV e dinheiro do fundo partidário para novos
partidos. O projeto em avaliação há meses, de autoria do deputado Edinho Araújo
(PMDB-SP), foi aprovado em primeiro turno na Câmara na semana passada e
continua sua tramitação.
Ele encerra o mercado
aberto de mandatos e partidos estabelecido quando o Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), em decisão referendada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), quebrou a
fidelidade partidária e estabeleceu que parlamentar que muda de partido pode
levar para o novo o tempo de rádio e TV e a parcela correspondente do fundo
partidário.
O presidente nacional
do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, fez declarações a respeito:
"(Com o projeto) querem esvaziar uma candidatura de Marina (presidenciável
ex-senadora Marina Silva) e esvaziar minha possível candidatura. Ou seja, querem
anular a eleição (2014). Quando conseguirem isso, vão partir para cima dos
Estados e arrasar as candidaturas adversárias em Minas, São Paulo e
Pernambuco".
Resposta
vem de uma voz insuspeita
Em meio a equívocos e
distorções - o mais aberrante deles, a história de que o projeto proíbe a
criação de partidos, quando ela nem trata disso - uma voz insuspeita veio
desmascarar os fariseus: o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), ex-presidente
nacional de seu partido, lembrou bem que quando da criação do PSD, partido do ex-prefeito
paulistano Gilberto Kassab, os que hoje criticam ou se omitiram ou se
aproveitaram para disputar deputados do DEM.
A verdade é que a
decisão do STF autorizando o parlamentar que muda para um partido nascido da
fusão, ou para um novo, levar tempo de rádio e TV e fundo partidário foi um
gravíssimo erro. Enterrou a fidelidade partidária que essa mesma Corte
garantira, para depois flexibilizar autorizando a mudança por perseguição,
autorização do partido de origem, mudança de programa (sic) e ingresso em
legenda resultante de fusão ou que seja um novo partido.
Como vemos, o casuísmo
não é privilegio apenas dos que agora se opõem ao projeto Edinho Araujo.
Postado por Miro
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