Delúbio Soares (*)
A visita da presidenta Dilma a Harvard, uma das mais
prestigiosas universidades do mundo, tornou-se histórica pelos contornos que
adquiriu.
Debatendo com dezenas de estudantes no centro de estudos
políticos, Dilma falou com objetividade e firmeza sobre o que chamou “os
Brasis” de antes e depois do presidente Lula. Abordando a questão econômica,
nossa presidenta deixou claro que o país está bem preparado para fazer frente à
crise internacional. Relembrou os sólidos fundamentos da economia de um país
que cresce de forma consistente e, por obra dos governos seu e de Lula, vem
resgatando a enorme dívida social e construindo uma sociedade mais justa e
solidária.
Dilma recordou que durante 20 anos o Brasil aplicou apenas
processos de consolidação fiscal, o que chamou de “ajuste fiscal radical”, e “a
extrema dificuldade de sair do processo de estagnação, de crescimento baixo, de
ausência de políticas sociais”. Tratou-se de uma crítica absolutamente
procedente às políticas neoliberais do governo do PSDB que antecedeu o
presidente Lula. Foi uma das páginas mais tristes de nossa história em vários
aspectos, mas especialmente no descaso para com as camadas mais sofridas da
população e na ausência absoluta de qualquer compromisso institucional,
preocupação humanista ou políticas sociais para os excluídos.
Nossa presidente, com a altivez e firmeza que a caracterizam,
recordou ainda que, antes da chegada de Lula ao poder em 2003, o Brasil
dependia do Fundo Monetário Internacional (FMI). Hoje, é credor da instituição,
que – por sua vez – faz empréstimos aos países europeus em crise, endividados e
mergulhados em brutal recessão. E disse mais: que o Brasil e seus parceiros no
BRICS (Rússia, Índia, China e África do Sul) são os responsáveis por 56% do
crescimento econômico global.
Nossa presidente citou os 40 milhões de brasileiros que
deixaram a linha de pobreza nos últimos 9 anos, garantindo dinamismo à nossa
economia, bastante menos dependente da situação internacional. E recordou uma
frase do presidente Lula: “se não fosse por isso, um espirro aqui for levava a
uma pneumonia no Brasil”.
Esta nova classe média “emergente” leva à necessidade de
mudar a noção de que os serviços públicos devem ser voltados exclusivamente à
população de baixa renda. E Dilma anunciou que isso significa que o Estado
brasileiro vai ser cobrado no sentido de assegurar uma qualidade do serviço
público que jamais teve antes: “o Brasil melhorou. Essas pessoas se tornam
críticas, são capazes de reivindicar, e nós temos de dar a resposta”.
Os que tiveram a oportunidade de ouvir nossa presidenta,
tem absoluta certeza de seu
comprometimento com a educação como eixo deste novo processo social e
econômico. Dilma – dando continuidade ao que Lula já realizara – elegeu a educação
como fator fundamental para que a nação brasileira possa ter um processo
sustentado de desenvolvimento e de inovação. Um dado fundamental e que
corrobora essa constatação foi a importantíssima parceria firmada durante sua
exitosa visita aos Estados Unidos com o internacionalmente consagrado
Massachusetts Institute of Technology, o MIT.
Lá irão estudar jovens brasileiros beneficiados pelo programa “Brasil
Sem Fronteiras”, que tem como meta enviar 100 mil pós-graduandos ao exterior
até 2014.
“O que caracteriza o século 21 é assegurar que seja possível
essa trajetória em que o Brasil tem de correr muito para estar à altura dos
desafios que se nos apresentam no caso da ciência, tecnologia e inovação”,
afirmou Dilma diante de uma platéia que não economizou aplausos e demonstrações
de simpatia e respeito.
A Chefe da Nação tem conseguido traduzir de forma objetiva e
sem rodeios a postura firme de um país que se tornou a sexta economia mundial,
superando a Grã-Bretanha e conquistando mercados crescentes para suas
exportações. Nossa presidenta tem colocado, de maneira absolutamente
transparente e incisiva, nossa disposição inarredável de ocupar o espaço que
nos cabe no cenário internacional, sem qualquer subserviência, mas com
responsabilidade redobrada.
Eleita com 56% dos votos, Dilma Rousseff tem a aprovação de
77% dos brasileiros com apenas um ano de governo. Tem enfrentado com coragem e
determinação toda sorte de desafios, correspondendo às melhores expectativas de
nosso povo. Ainda agora enfrenta o abuso das altíssimas taxas de juros
praticadas pelos bancos e recebe total apoio da cidadania, cansada da
exploração e da usura. Não deixa críticas sem respostas e nem dúvidas sem
esclarecimentos. Em suma: a presidenta que nós, os brasileiros, escolhemos em
2010, derrotando o que de pior existe no conservadorismo e na incompetência
administrativa, tem dado continuidade ao excelente governo do estadista Lula e
ampliado suas conquistas e realizações.
O mesmo presidente Barack Obama que afirmou que “Lula é o
cara”, agora constatou que tem “muita sorte em ter uma parceira do nível de
Dilma”. Nossa presidenta é a imagem do
novo Brasil que o mundo admira, respeita e aplaude.
Nenhum comentário:
Postar um comentário