No dia 13 de agosto último, o senador Mário Couto (PSDB-PA) e
seus cabos eleitorais faziam campanha pelas ruas da cidade de Salinópolis (PA)
assediando moradores para pregar cartazes do candidato a prefeito demotucano Di
Gomes (PSDB) em suas casas.
-
ela disse que revidou com outras agressões verbais;
Ao ser informado de que a promotoria de Salinópolis havia encaminhado o inquérito para o STF e que caberá ao procurador-geral da República decidir se irá processá-lo, o senador foi irônico: "que bom, estou morrendo de medo por causa disso". (Com informações da Agência Estado)
Postado por Jussara Seixas
http://por1novobrasil.blogspot.com.br/2012/09/senador-mario-couto-do-psdb-acusado-de.html
Edisane Oliveira, 34 anos, não permitiu a colagem de cartazes
no muro de sua casa. Isso irritou o tucano, conhecido pelo temperamento
explosivo, que bateu boca com Edisane e, segundo depoimento dela na polícia:
- o senador tucano a xingou de "preta",
"safada", "macaca", "vagabunda", e outros
palavrões;-
ela disse que revidou com outras agressões verbais;
- o tucano mandou prendê-la, alegando ter sido
"desrespeitado como senador da República";
- os fatos ocorreram diante de várias testemunhas;
Foi então levada à delegacia, prestou depoimento, e depois
foi liberada. Inconformada e ofendida com os xingamentos, Edisane, no mesmo
dia, resolveu processar o senador tucano por racismo.
O promotor de Justiça de Salinópolis, Mauro Mendes de
Almeida, remeteu o inquérito policial para o Supremo Tribunal Federal (STF), já
que o senador tem foro privilegiado, e quem decide se abre ou não processo é o
procurador-geral da República, Roberto Gurgel, a quem a queixa crime será
remetida pelo STF.
A mão pesada da injustiça a favor do poderoso senador tucano,
correligionário do governador do estado Simão Jatene (PSDB), voltou a se fazer
presente 11 dias depois da cidadã dar queixa por racismo.
No dia 24, fiscais da Agência de Defesa Agropecuária do
Estado Pará (Adepará) e da Delegacia de Polícia do Meio Ambiente fecharam um
pequeno açougue de propriedade de Ivanildo de Lima Correa, companheiro da
denunciante. Ele foi preso em flagrante sob a acusação de manter 42 quilos de
carne e frango "impróprios para consumo", acondicionados em um
freezer.
"Até hoje não entendi porque fui preso. Em julho, a
vigilância sanitária esteve no meu estabelecimento, que é legalizado, viu a
carne e o frango estocados do mesmo freezer e nada viu de ilegal. Agora,
entraram lá e jogaram creolina em cima dos alimentos e depois levaram para
incinerar. Estou me sentindo perseguido, pressionado até o pescoço",
queixou-se Correa, por telefone, ao [jornal] Estado.
Ele ficou na cadeia durante oito dias, sem dinheiro para
pagar a fiança, arbitrada pela polícia em 30 salários mínimos.
Só foi solto, após um acordo com o senador tucano para
reduzir o valor a um salário, pago pelo próprio Couto.
"Eu quero saber como isso vai ficar, O senador pagou,
mandou me soltar e até me deu um advogado", declarou o açougueiro.
Por telefone, o senador contou ao Grupo Estado uma outra
versão, afirmando que foi ofendido por Edisane Oliveira e que um cabo eleitoral
que estava na carreata foi agredido por ela com palavras racistas, chamado de
"preto", "macaco" e "ladrão". Ele negou ter
mandado prender a mulher e que dias depois foi procurado por ela, que queria se
desculpar pelo que tinha acontecido. "A questão é política, ela apoia o
atual prefeito e eu, outro candidato", disse Couto, que também rebate e
acusação de ter mandado prender o açougueiro e os alimentos que ele vendia em
seu estabelecimento. "Foi a Adepará que foi lá e viu carne estragada que
ele vendia. Estava tudo podre", acrescentou, garantindo que nada tem a ver
com o fato de a polícia prender Correa em flagrante.Ao ser informado de que a promotoria de Salinópolis havia encaminhado o inquérito para o STF e que caberá ao procurador-geral da República decidir se irá processá-lo, o senador foi irônico: "que bom, estou morrendo de medo por causa disso". (Com informações da Agência Estado)
Postado por Jussara Seixas
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