segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A coragem de Dilma

Em seu primeiro pronunciamento em rede nacional, na última 5a feira, Dilma prometeu, ou melhor – vou ser otimista – decretou quase tudo que se espera dela. Há quem tenha enxergado apenas mais uma peça publicitária bem acabada como sempre foram as do PT. Foi muito mais do que isso. Dilma não tinha obrigação nem motivos eleitoreiros para usar 5 minutos do horário nobre da Globo. Usou porque tinha o que dizer.

Só para começar, a presidenta carimbou no logotipo de seu governo a principal promessa de campanha: concluir a metamorfose socioeconômica e a erradicação da miséria iniciadas com Lula. Nos próximos 4 ( ou 8 ) anos, o logotipo será visto e usado em todo o território nacional. E mais ainda: a marca do seu governo será vista no mundo inteiro. Só isso já mostra muita coragem e determinação. Vestir publicamente este compromisso, associar-se a este slogan de forma tão explícita, não é para um Zé-Bolinha-de-Papel qualquer.

O segundo item da fala de Dilma, sobre investir pesado em educação, é ponto pacífico para todos: seus 56, os 44 do Serra e o restante dos 190 milhões de brasileiros. Para sermos exatos na conta, vamos subtrair uma dúzia de donos de jornais, rádios e TVs que prefeririam manter a boiada engordando em seus pastos midiáticos manipuladores. Prometeu mais escolas, melhores salários para os professores e mais creches, para que as novas gerações de brasileiros recebam o ensino de qualidade que merecem. Técnica que é, Dilma não vai dar ponto sem nó. Vai atropelar o esquema – pai dos burros – de progressão continuada que não passa de um mecanismo de enrolação típico de governantes que “enxugam” suas obrigações e ainda tratam professor como marginal e pedinte.

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