domingo, 20 de fevereiro de 2011

Manual da Imprensa Golpista


Jovem estudante de jornalismo, não se iluda: a profissão que abraçará, à diferença de todas as outras neste país em processo de euforia econômica, oferece muito poucos bons empregos – entendam-se empregos em empresas que ofereçam perspectivas de ascensão profissional e econômica.

E os poucos empregos promissores que existem, nem são tão bons porque obrigarão o jornalista neófito a violar os princípios éticos que lhe forem ensinados na universidade e a própria dignidade, tendo que curvar a espinha a cada edição do veículo em que for trabalhar. E em qualquer vertente do jornalismo da grande imprensa.

Essa situação se deve à concentração da propriedade de meios de comunicação, à propriedade cruzada desses meios e dos critérios políticos para entrega de concessões públicas de rádio e tevê a algumas poucas famílias que controlam toda a grande mídia brasileira.

Acima de todas essas famílias midiáticas, míseras quatro controlam o “centro nervoso” da comunicação no Brasil: as famílias Marinho, Frias, Civita e Mesquita. Depois delas, mais umas três ou quatro formam tentáculos dos quais se ramificarão mais algumas dezenas de empresas de médio e pequeno porte que reproduzirão o que veicular o tronco dessa árvore cartelizada da comunicação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário