domingo, 13 de novembro de 2011

São Paulo precisa eleger um prefeito que saiba cuidar da educação

Haddad é o candidato do PT. Esse é o cara.

O PT desistiu das prévias internas e confirmou nesta sexta-feira 11 o ministro da Educação, Fernando Haddad, como o candidato do partido à Prefeitura de São Paulo nas eleições de 2012. “O trabalho conjunto da direção do Partido, dos pré-candidatos e da militância foi fundamental nesse processo de construção e uma oportunidade única de conhecer o pensamento dos paulistanos filiados”, destacou Haddad ao site do PT-SP.

A decisão foi anunciada após a desistência dos senadores Eduardo e Marta Suplicy, que liderava as pesquisas de intenções de voto. “Ao contrário dos partidos que escolhem seus candidatos na mesa de um restaurante, o PT sempre foi conhecido por escolher os seus pela via democrática. Os próprios candidatos acharam desnecessário ir às urnas”, disse o presidente da legenda, Rui Falcão.

Pela manhã, após participar de um seminário em São Paulo, promovido pelas revistas CartaCapital e Carta na Escola, sobre ensino técnico no País, Haddad concedeu entrevista já falando como o candidato do PT, como queria o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, maior patrocinador da ideia.

Haddad, que abriu o evento, deixou o local para a sede nacional do PT, em São Paulo, onde uma reunião com Falcão, e os outros pré-candidatos do partido à prefeitura, os deputados federais Jilmar Tatto e Carlos Zaratini, oficializariam a candidatura do ministro.

Apesar do tom cauteloso, o ministro já agradecia o “impulso inicial” de Lula e também a ajuda de “todas as pessoas” que fizeram campanha por ele nas bases.

Ele classificou a atitude da senadora e ex-prefeita Marta Suplicy, favorita nas pesquisas de intenção de voto, como um “gesto elegante”. Ao oficializar sua saída da disputa, Marta prometeu apoiar o candidato que o partido escolher, postura elogiada pelo ministro. Haddad disse também esperar contar com a ajuda na campanha da senadora, a quem chamou de “figura política importante” e de grande “exposição nacional”.

Segundo Haddad, ainda não há data definida para deixar o ministério. Ele disse, no entanto, que é a presidenta Dilma Rousseff que terá a prerrogativa de escolher seu substituto na pasta – num sinal de que já se despede do governo.

O ministro afirmou que o momento político aumenta a responsabilidade, agora, de “oferecer plano de governo à altura de São Paulo”, um plano, segundo ele, “inovador” e “coerente com o país, para unir forças com a base do governo Dilma”.

Parece claro, no entanto, que o discurso, ressaltando o alinhamento com o governo Dilma, o apoio de Lula e o enfoque em educação, está mais do que articulado. No seminário, por exemplo, Haddad apoiou sua fala em dados sobre o Pronatec, programa do governo federal para o ensino técnico no País – e uma das maiores apostas de sua gestão, que o credenciou para a disputa. Entre outros pontos, ele citou a intenção do governo federal de investir cerca de 460 milhões no chamado ensino casado.

A ideia é incentivar o estudante que cursa o ensino médio à noite a fazer, de manhã, o curso técnico nas escolas do Senac e Senai. Nas contas do miniistro, 40% das turmas se matriculam à noite para o ensino médio e as turmas ociosas – portanto, mais baratas – podem ser preenchidas nos horários da manhã ou da tarde. A ideia é que os alunos da noite ganhem bolsas para fazer o ensino técnico. “A experiência mostra que você pode reforçar o currículo acadêmico juntando o ensino técnico com o médio. Isso faz o aluno entender melhor a teoria fazendo a prática”, disse Haddad. CartaCapital

Postado por O TERROR DO NORDESTE

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