Várias medidas visam sustentar o crescimento do mercado interno... A situação da indústria nacional merece atenção. O Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI) deu o seu alerta. Afirma que a indústria nacional perde peso no cômputo geral do PIB. "Se fizermos uma relação entre a produção e o valor agregado, a participação da indústria no PIB nacional deve ficar entre -0,5% e -0,7%", estimou Rogério Cesar de Souza, economista-chefe da instituição.
A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRFAN) estima um PIB industrial estagnado no terceiro trimestre. Já, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) prevê um aumento na produção industrial de apenas 1% em 2011 e alguma recuperação no ano que vem, da ordem de 2,7% no ano.
Roberto Pires Messenberg, coordenador do Grupo de Análises e Previsões do Instituto avalia que o horizonte começa a melhorar em 2012, graças à política monetária do Banco Central, com a redução na taxa básica de juros. No entanto, para ele ainda é necessário que o governo invista mais em infraestrutura, de forma que puxe os investimentos privados.
Muito além do voo de galinha
"Sem uma indicação do setor público, o setor privado não vem atrás. Um gasto do setor público, por reduzir externalidades, faz com que o setor privado se beneficie e corra atrás do movimento para aproveitar as oportunidades que estão se abrindo. Isso é o que vai fazer com que a economia saia desse voo de galinha", avaliou Messenberg.
Concordamos com o IEDI. E, imagino, também o governo. Não é por outro motivo que as autoridades vêm tomando as medidas de defesa comercial e de política industrial, avançando para políticas de conteúdo nacional, de transferência obrigatória de tecnologia, e para incentivar que o capital estrangeiro se associe com capita nacional.
É por isso também que ocorre o aumento dos investimentos – a exemplo dos desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que devem ficar próximos de R$ 140 bilhões em 2011.
A preocupação com a indústria é, ainda, uma das razões para a consolidação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), sem falar, ainda, dos investimentos em petróleo, gás e energia, infraestrutura urbana. O mesmo se deu, agora, quando o governo aprovou medidas de redução de impostos e expansão do crédito. Todas essas ações visam sustentar o crescimento do mercado interno.
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