Dizer que a Folha é um jornal patetico, é chover no molhado. Dizer que estão fazendo das tripas coração para defender os patrões (tucanos) também não é falar nada de novo.
Mas pra provar que este blog não está afim de simplesmente perturbar, trazemos a prova. Veja este parágrafo da reportagem que tenta tirar Verônica Serra dos holofotes de lavar dinheiro junto com a irmã de Daniel Dantas, no Caribe.
"O livro sustenta que amigos e parentes de Serra mantiveram empresas em paraísos fiscais e as usaram para movimentar milhões de dólares entre 1993 e 2003, mas não oferece nenhuma prova de que esse dinheiro tenha relação com as privatizações. " (aqui o original)
Ora, quem já leu o livro sabe que o que ele mais tem são provas. E pior, são provas legais, obtidas de documentos públicos disponíveis em processos judiciais que não correm em segredo de justiça, ou em cartórios de documentos Brasil afora. Em outras palavras, são provas que qualquer um de nós também poderia obter, se assim pretendesse e tivesse tempo pra isso.
E mais, é papel da Folha dizer que o livro não traz provas? É papel da mídia ser assim, tão opinativa quando a sua função (segundo eles mesmos) é apenas informar? E ainda mais, fossem ou não originários das privatizações os dinheiros no exterior, está cabalmente provado que eles foram lavados. Ou seja, independente de onde veio, lavagem é crime!
Ah, se fosse um idiota do PT que fizesse isso!
A cada santo dia a Folha e os jornalões do país se afundam na ridícula missão de defender os que lhes pagam as contas. A cada dia cai por terra o trololó de que a Folha tem o rabo preso com o leitor!
Bom seria se eles fossem assim bons pra denunciar todos os larápios de maneira igual, o Brasil seria tão melhor! Mas não, não querem saber de acabar com a corrupção, como tanto falam. Querem saber de acabar com a corrupção do outro. Mais ou menos como o motivo que derrubou o Collor. O problema não era roubar, era que os outros, roubassem. Quando ele pirou e começou a denunciar um aqui, outro alí, lhe cortaram as asinhas.*
Enquanto isso, o povo que vive na realidade vai esgotando as edições do livro nas bancas pra saber a pilantragem que a mídia esconde.
- Nada a ver com o slogan "caçador de marajás" que a Veja eternizou. Isso é outra história, inclusive anterior à sua presidência.
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