quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Enquanto José Serra critica..... A diretora do FMI diz que Brasil é país mais protegido contra crise


 F de fome, M de miséria e I de inflação. Foi dessa forma, e por duas décadas, que os ex Presidente Lula se referiu ao Fundo Monetário Internacional. Na manhã da última terça-feira 13, contudo, Lula mandou anunciar que decidiu quitar a dívida do País com o FMI.
Dezembro de 1998... Fernando Henrique Cardoso: FMI empresta ao Brasil 18 bilhões de Dólares, 5 Bi de imediato, fazendo crescer a nossa dívida externa.
Dezembro de 2011: FMI chega ontem ao Brasil de pires na mão.
Em visita ao Brasil, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, afirmou que o país está mais protegido do que outras nações contra a crise econômica na Europa.
Ela se encontrou, em Brasília, com a presidente Dilma Rousseff e, depois, com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Lagarde elogiou a gestão da economia brasileira. Mantega disse que o Brasil deve colaborar com recursos adicionais para o fundo, desde que outros países façam o mesmo.
Mantega diz que prefere “ser credor do que devedor”
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, não resistiu e brincou com a diretora-gerente do Fundo, ao fechar a conferência de imprensa dada pelos dois:
Desta vez o FMI não veio dar dinheiro, mas pedir dinheiro. Prefiro ser credor do que devedor.
No tempo de FHC era assim....
O Brasil, à mercê de más gestões e malversação do dinheiro público, tornou-se um tomador assíduo dos empréstimos do FMI e do Banco Mundial. O FMI emprestava dólares, mas impunha medidas de arrocho fiscal, de corte de salários e aposentadorias e privatizações em massa....
Missões vinham a Brasília e éramos obrigados a ouvir conselhos e,críticas aos modelos vigentes no País.
No governo FHC o Brasil não teve crédito. No governo Lula, o País foi reconhecido como investment grade pelas três maiores agências de classificação de risco internacionais. Ou seja, deixamos de ser um país em que o capital externo só entrava para especular para ser um país de investimentos.
F de fome, M de miséria e I de inflação. Foi dessa forma, e por duas décadas, que Luiz Inácio Lula da Silva se referiu ao Fundo Monetário Internacional. Em 2005, Lula mandou anunciar que decidiu quitar a dívida do País com o FMI.
Numa tacada, US$ 15,5 bilhões, e dois anos antes do prazo combinado. Havia quatro parcelas trimestrais que venceriam ao longo de 2006, US$ 7 bilhões no total, com juros de 4,5% ao ano. Outros quatro pagamentos, pendurados para 2007, somavam US$ 8,4 bilhões. Com o Banco Central de posse de US$ 67,1 bilhões em reservas internacionais, toda a dívida foi pagaa.
O próprio Lula veio a público explicar. “Não precisávamos do dinheiro”, disse. “É melhor devolver o dinheiro que o governo anterior pegou emprestado”, alfinetou, omitindo o fato de que, em 2003, ele renovou o acordo deixado por FHC.
A decisão de Lula foi inédita numa história de 51 anos do Brasil com a instituição. Nesse tempo, o País já assinou 17 acordos com o FMI – 14 descumpridos. O ex-ministro Delfim Netto, sozinho, assinou 11 cartas de intenções para o governo do general João Figueiredo, nenhuma delas cumprida. O ex-presidente José Sarney, decretou moratória.
Foi justamente o governo do PT o responsável pela guinada e pelo exemplo de bom pagador. O plano de antecipar o pagamento ao FMI vinha sendo acalentado há cinco meses por Antônio Palocci, da Fazenda, e Henrique Meirelles, do Banco Central. Para isso, o BC vinha comprando grandes quantidades de dólares para reforçar as reservas, que chegaram a quase US$ 70 bilhões.
Analistas de mercado não conseguiam explicar em que, afinal, o BC iria aplicar tanto dinheiro. A resposta veio no início da tarde de terça-feira. A decisão surpreendeu até mesmo os assessores mais próximos de Meirelles.
Outra intenção é conseguir uma melhora na classificação de risco-país.
No mercado financeiro, o anúncio surtiu efeito. A Bovespa subiu 1,36% e o risco recuou para 311 pontos, o menor nível desde 1994.
US$ 51,6 bilhões foi as reservas internacionais do País, mesmo após a quitação da dívida com o FMI

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