terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O SUS, Cuba, a mídia. E a gente


Quantos países com mais de 100 milhões de habitantes dispõem de um sistema público e gratuito de saúde? Só o Brasil. Então os EUA, por exemplo, não têm o seu SUS? Não. Não dispõem de nada sequer parecido. Os pobres de lá ― e já são 46 milhões ―, estão entregues à própria sorte. Tá, mas no SUS certamente doenças graves, cujo tratamento seria muito custoso na rede privada de saúde, não são tratadas! Não, também. Pacientes com câncer, por exemplo, são tratados pelo SUS. O Brasil, aliás, é o único país do mundo ― do mundo(!) ― que trata, gratuitamente, a esclerose múltipla. Mais: distribui, com o dinheiro dos impostos de que tanto reclamamos o pagamento, todos os remédios para todas as doenças incuráveis do país. Ôxe, e por que a nossa mídia tupiniquim não valoriza o SUS? Por que nós mesmos somente criticamos o SUS, mesmo que em alguma vez na vida já tenhamos sido por ele atendidos?
Do SUS pra CUBA, os cubanos devem ser extremamente antipáticos ao seu ex-presidente Fidel Castro, não? Afinal, trata-se de um dirigente que esteve por 49 anos no poder. Nada disso. O povo cubano ama e respeita seu presidente. E por que tantos cubanos querem deixar o país, segundo a imprensa com estardalhaço nos “informa”? Bem, certamente Fidel Castro não é unanimidade. Por outro lado, CUBA continua sob ataque constante dos EUA, oficialmente, inclusive, permanece em estado de guerra. Ora, alguém que abandone o seu país em guerra é considerado desertor. Lá não é diferente. Pra se ter uma ideia, além do bloqueio econômico imposto a CUBA pelos EUA desde 1962 ― e, por consequinte, imposta (e “aceita”) a sua adesão a diversos países ―, só nos primeiros 14 anos após a Revolução Popular CUBA sofreu quase 6.000 ataques terroristas patrocinados pelos EUA. Logo os EUA, oficialmente tão preocupados com o terror...
Pobre, como é, a pequena CUBA então deve ser um descalabro em questões de saúde e educação, certamente. Também não. Muito ao contrário. CUBA tem um sistema de saúde público e gratuito de primeiro mundo em se tratando de recursos humanos e tecnológicos, e praticamente não há analfabetos, tampouco miséria absoluta. Para que se tenha uma ideia, com seu método de alfabetização “Eu posso, sim”, CUBA logrou alfabetizar, pasme, cerca de 6.000.000 de pessoas em 28 países da América Latina, Caribe, África, Oceania e Europa. E por que CUBA é tão criticada pela imprensa do Brasil e EUA? Por que a gente critica CUBA?
Por meio de que fontes de informação, enfim, a gente conhece o SUS e CUBA?
No Blog do André Falcão
Postado por zcarlos

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