A cidade de Curitiba, demotucana por natureza é um lugar curioso, onde a Prefeitura mente descaradamente para o cidadão e tudo fica por isso mesmo.
Não foram poucas as vezes que esse blog alertou sobre as condições do tráfego na cidade, que ele é complicado muito mais por ação da própria administração, do que propriamente pelo excesso de veículos.
Muitos, muitos e muitos lugares no planeta Terra têm mais carros do que Curitiba, porém, com um trânsito muito mais fluente. E por quê? Por causa de uma engenharia eficiente, coisa que nem de longe é o caso da capital do Paraná. Aqui, conforme já dito até pelo ex-Prefeito e urbanista Jaime Lerner, a administração municipal tem criado dificuldades viárias para poder justificar obras faraônicas e claro, caríssimas.
Mentira? Bom que fosse.
Quem não é de Curitiba terá dificuldades de contrastar esta notícia publicada no jornal Gazeta do Povo, com a lorota veiculada pela Prefeitura. Mas quem é daqui, não terá dificuldade alguma. Basta andar nas ruas, especialmente dos bairros.
Um dos maiores motivos da criação de congestionamentos de uma cidade é o excesso de semáforos, e em Curitiba eles pipocam como os Gremlins na água. A administração criadora de dificuldades insiste em que eles são necessários, mas é pega na própria mentira ao dizer que para justificar o aparato, deveria ao menos haver 1200 carros por hora no sentido principal e 500 no secundário. Ora, basta andar pelos bairros para ver como isso é a maior e descarada mentira reinante em Curitiba. Centenas de cruzamentos que não eram congestionados 5 anos atrás, passaram a ser por terem espetados em suas esquinas essas maravilhosas luzinhas verdes e vermelhas que bons frutos financeiros rendem à gestão municipal.
QUALQUER bairro de periferia com tráfego absurdamente menor do que o mencionado, conta com muitos, muitos semáforos a atrasar a vida do motorista curitibano. E não só isso, a gerar custos sociais como perda de produtividade pela demora no trajeto, irritação, gasto maior de combustível e aumento da poluição.
Segundo os números oficiais, um novo semáforo é implantado na cidade a cada 15 dias, o que leva a cidade a ter o terceiro maior número deles em todo o país. E nem de longe a capital tem a terceira frota. Que tal fazermos um teste? E se a Prefeitura tirar um desses bichos da nossa vida a cada 15 dias? E se a Prefeitura construir viadutos e trincheiras com o nosso imposto que já está pago? E se a Prefeitura, para tirar os veículos das ruas fizesse transporte coletivo de qualidade, que possa atender o morador dos bairros e não só os sortudos que vivem ao longo das canaletas de ônibus?
Dinheiro pra isso pode apostar que a cidade tem. É o quarto PIB, e é o quarto orçamento do país.
Agora, por quê não fazem?
Bem, me diga você leitor. O que ganha uma administração dificultando a vida de seu cidadão pagador de impostos? Quem leva o lucro no final das contas?
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