quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

CELAC é um acontecimento histórico


A nossa presidenta Dilma Rousseff tem razão ao afirmar que a criação da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), organização que reúne 33 países da região, é um acontecimento "histórico". A importância da CELAC transcende o momento que estamos vivendo. Expressa as mudanças ocorridas na América Latina, que se deram a partir dos avanços democráticos e sociais da região. Somente com a existência do MERCOSUL e da UNASUL, dos governos progressistas e nacionalistas na região, foi possível avançar na criação de uma entidade sem a participação dos Estados Unidos e com a participação de Cuba. A nossa presidenta Dilma Rousseff tem razão ao afirmar que a criação da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), organização que reúne 33 países da região, é um acontecimento "histórico". "E é histórico também pelo momento que o mundo passa. Acho que em todo o mundo não há uma reunião de países de uma região que está crescendo acima da taxa de crescimento global", disse ela, nesta 6ª. feira, por ocasião de sua participação do encontro do fórum realizado em Caracas, Venezuela.
A CELAC começa com características próprias. Não abriga os Estados Unidos e o Canadá entre os seus membros e conferiu a Cuba um assento na política institucional do continente, retirando-ao do isolamento a que foi forçada a partir de 1961, quando foi expulsa da Organização dos Estados Americanos (OEA).
A importância da CELAC transcende o momento que estamos vivendo. Expressa as mudanças ocorridas na América Latina, que se deram a partir dos avanços democráticos e sociais da região. Somente com a existência do MERCOSUL e da UNASUL, dos governos progressistas e nacionalistas na região, foi possível avançar na criação de uma entidade sem a participação dos Estados Unidos e com a participação de Cuba.
Cláusula pró-democracia
Durante a cúpula, os 33 países cúpula devem assinar uma cláusula pró-democracia que prevê que o país onde haja um golpe de Estado seja excluído da CELAC e que só possa voltar quando a situação se normalize. Outra cláusula pune o país em que o governo for derrubado por um golpe de Estado com a sua expulsão imediata, até que a normalidade constitucional seja novamente restabelecida.
A Comunidade inicia sua existência afirmando a democracia e excluindo de seus quadros governos nascidos de golpes de Estado. Esse aspecto pode e deve ser um instrumento da presença da América Latina no mundo e de defesa de nossos interesses. A começar pelo enfrentamento da atual crise europeia e mundial fazendo valer nossa voz e propostas, tomando medidas comuns para defender nosso crescimento, mercado  interno, comércio, recursos naturais e economias.

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