Do Blog do Zé Dirceu
Elogio representado pela inversão estava no site da Segurança...
Todos já conhecem, de longa data a linha repressora do governo Geraldo Alckmin. Relembramos três casos recentes e emblemáticos na nota Pinheirinho, Cracolândia e USP marcam a gestão de Alckmin e do PSDB em São Paulo. Mas, ele não precisava exagerar, nem protagonizar o escândalo de ontem: o site da Secretaria de Segurança chamou o golpe militar de 1964, que impôs a ditadura no país, de revolução de março.
O absurdo estava em uma passagem da história da segurança pública do Estado e seguia afirmando que a "Revolução de Março" foi "desencadeada para combater a política sindicalista de João Goulart", uma balela muito propalada pelos filhotes da ditadura na qual ninguém mais acredita - acho que nem eles.
A página ficou no ar até as 19h de ontem. Depois, por meio da própria secretaria, o governo Alckmin afirmou que "o texto relacionado ao ano de 1964 não reflete o pensamento da Secretaria da Segurança Pública e foi retirado do site".
O termo "revolução" é usado por grupos que negam ter havido a ditadura no país de 1964 a 1985. Ou seja, que nada entendem de democracia, dignidade e humanos, respeito e diálogo. Assim como a Secretaria de Segurança Pública do governo de Geraldinho.
Coincidência: exatamente semana, também, o Conselho Nacional de Educação do Chile (CNED) resgatou o termo "ditadura" para designar o governo de Augusto Pinochet (1973-1990) em textos escolares para crianças de 6 a 12 anos. A medida foi adotada depois de uma polêmica proposta do governo de direita do presidente Sebastian Piñera para trocar o termo ditadura por "regime".
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