domingo, 29 de janeiro de 2012

PARANÁ; PRIVATIZAÇÃO AO INVÉS DE MELHORIA


Fato inegável. Tucano gosta de privatizar.

Silogismo. Beto Richa é tucano, portanto, adora privatizar.

Qual o problema das privatizações? Bem, se primeiro, fossem bem feitas, respeitando critérios éticos, morais, técnicos e lógicos, não teria nenhum problema.

Só que na prática sabemos que não é assim. As privatizações mundo afora são argumentos de governos normalmente corruptos para enriquecerem empreiteiros e terceirizadores de serviços, que, recebendo uma baba de dinheiro do contribuinte, pagam muito mal seus funcionários, não investem naquilo que deviam e claro, lucram fábulas de grana. Com esse benefício todo, não resistem a retribuir. Doam grandes e gordas quantias para eleição e reeleição do benfeitor.

Dito isso e entendida a sede de privatização da tucanagem, ficamos sabendo pela coluna de Celso Nascimento na Gazeta do Povo que o Governador superstar do Paraná vai privatizar mais alguns serviços. Pegará uma ótima iniciativa criada nos anos 90 pelo então Prefeito de Curitiba Rafael Greca (as Ruas da Cidadania), dará uma garibada, fará umas pinturinhas e dará umas maquiadas e tchan, entregará ao povo do Estado o "tudo aqui". Se trata de uma central de serviços para facilitar a vida do cidadão. Tudo lindo e maravilhoso até a coisa começar a operar e você sentir que estão te enganando com algo estranho. E o que é estranho? Como entregar para a iniciativa privada aquilo que é eminentemente público? Como será possível que se prestem serviços jurídicos, de segurança e outros de exclusividade governamental, por terceiros, costumeiramente mais mal remunerados que os próprios funcionários públicos originais?

Vamos dar um exemplo. Quem perambula pelas instâncias judiciais do Estado do Paraná sente na pele o que é ser atendido por um funcionário de cartório (judicial) privado e nota a diferença brutal quando é atendido por um funcionário público federal, nas varas federais.

E porque será? Bem, os donos de cartório não se sentem na obrigação de investir. Preferem guardar o repasse interinho pra eles a dividir o bolo comprando móveis novos para seus funcionários, melhores computadores, ar-condicionados para os cubículos que são as varas cíveis ou mesmo, fazendo uma citação para um processo, cujo autor pede assistência judiciária gratuita. Ou seja, o cartório não vai levar um tostão.

Quem milita no poder judiciário sabe do que eu estou falando.

Betão, se quisesse mesmo atender o povo que lhe paga o salário e os aviões que ele tanto gosta de comprar, poderia antes de tudo, melhorar o salário da polícia e dos professores. Mas pra isso nunca ninguém tem dinheiro. Depois, poderia diminuir o número de comissionados de seu governo para colocar mais e melhores funcionários públicos na lida diária. Em seguida, poderia se utilizar das diversas e sucateadas instalações e prédios estaduais para acomodar serviços de qualidade e mais baratos para o povo (ao contrário, ele sobe as taxas publicas). Logo mais, poderia aumentar e capilarizar o atendimento à saúde (ao contrário, ele fecha escolas e hospitais, e entrega o SAMU para a EccoSalva administrar). Uma mãe esse governo neolibelê.

Como dizia minha nona. Por fora bela viola. Por dentro, pão bolorento.

Parabéns a você, contribuinte troxa que será obrigado a engolir mais este pão bolorento que o governo mais privatizante dos últimos tempos, lhe enfiará goela abaixo. Parabéns mesmo por ter demonstrado saber votar.

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