domingo, 21 de agosto de 2011

RICHA: MORALIDADE DE BOTEQUIM


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O Governador tucano do Paraná, Beto Richa, tem se revelado ao público como aquilo que alguns já sabiam que ele seria: um belo presente de grego.

Richa se elegeu com um discurso moralista de que Requião, seu antecessor, era isso, aquilo e aquele outro. Se Requião espirrasse, tinha alguma coisa muito errada nisso. Havia sinal de má administração e de corrupção em seu espirro.

Tudo corroborado por boa parte da imprensa costumeiramente dócil do Paraná aos integrantes dos governos de direita, e normalmente raivosa em relação a governantes de esquerda.

Richa entrou e não passa uma semana sem que algo de grande dissabor venha à tona.

Já tivemos sua declaração inacreditável de que contratar parente rico (seu) não é nepotismo, já tivemos o caso muito estranho de ele voar num helicóptero emprestado de "não sabe quem"; também o caso da empresa de locação de aeronaves que comprou por "preço de sucata" os bólidos voadores do governo, porque eram "velhos" e empurrou ao povo um contrato, em troca, substancialmente vergonhoso em termos de grana, que dava pra comprar mais de um avião por ano. Tivemos também a pretensão de estender os contratos com as pedageiras por mais dez anos, e não bastando, a volta da privatização da companhia de energia elétrica do Paraná, defendida bravamente pelo paranaense quando dez anos atrás, um dos padrinhos políticos de Richa quis entregá-la a alguns amigos devidamente ricos.

Também teve o caso do amigo nomeado superintendente do Porto de Paranaguá, amigo esse que "coincidentemente" tem uma ação trabalhista contra o órgão que ele agora dirige e que poderia, segundo espertos do meio jurídico, favorecer a sí mesmo em tal acordo, bem como, a seus colegas que também movem a ação.

Richa fez tudo isso em oito meses de gestão.

A notícia do dia é que o tucano, amigão do Presidente da Assembléia legislativa, lhe dá um muito digno presente.

Pega uma verba pública que estava sendo devolvida pela própria assembléia ao Estado, e a direciona a uma cidade, justamente de quem? Do Presidente da Assembléia. 

E que dúvida que o Presidente usará isso em sua campanha daqui uns anos.

Esta é a tal moralidade pregada por Richa. Este é o presente de grego que os paranaenses que nele acreditaram, estão ganhando.

Veja no original da coluna de Rogerio Galindo na Gazeta do Povo.

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