domingo, 21 de agosto de 2011

MÍDIA: A RAIVA CONTRA A NOVA LEI DAS TELES



Certa vez, presente em um almoço de pessoas financeiramente prodigiosas ouvi de dois deles mais ou menos o seguinte:

- Você viu tal ato do governo?

- Olha, ví sim. Mas te digo, pela raiva que a imprensa tá tratando isso, eu tenho certeza que é bom para o povo e ruim para eles.

Este diálogo aqui reduzido, ficou na minha cabeça desde então. Vez ou outra eu menciono porque é reiterada a pilantragem e o posicionamento da mídia em relação a determinadas coisas.

Na manhã de hoje ouvi um editorial da radio BandNews sobre a lei das teles. Aquela lei que, grosso modo, permite não haver limites de capital externo e que na prática, vai estimular a concorrência tanto das tvs pagas quanto na geração de conteúdo pela companhias telefônicas. Esse conteúdo, leia-se é o seguinte. Conteúdo audiovisual. Trocando em miúdos seria mais ou menos dizer que uma empresa telefônica poderia produzir e veicular um telejornal. Telejornal, uma novela, um programinha bobo qualquer.

E onde é que a Band, a Globo e as outras perdem? Ora, isso é concorrência com as tvs abertas e as pagas hoje já estabelecidas no mercado.

Indo mais além, significa perda de poder de manipulação de massas e claro, perda de verbas publicitárias.

Existem também diversas outras consequências práticas dessa nova lei mas a maior delas é a perda de poder político e social das empresas que já existem. Esse é o grande motivo pelo qual, ficam tão indignados e fazem editoriais tão raivosos.

Como dizia Milton Friedman, o inventor da Escola de Chicago, que jogou na miséria e na ditadura dezenas de países ao redor do mundo (Brasil incluído): "Não existe almoço grátis". Sempre tem algo por trás.

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