Três notórios medalhões da mídia golpista, um âncora da TV Globo, William Waack, o jornalista da Folha de São Paulo, Fernando Rodrigues, e o ex-colunista de Veja, Diogo Mainardi, foram apontados em recentes documentos divulgados pelo site Wikileaks como informantes do governo dos Estados Unidos.
A revelação não chega a surpreender observadores que possuem espírito crítico e não se deixam enganar pelas falsas aparências transmitidas na telinha e nos poderosos meios de comunicação monopolizados por uma meia dúzia de famílias capitalistas.
Mentiras grosseiras
William Waack, que gosta de se apresentar como intelectual sereno e sábio no programa Globo News Painel, onde costuma atravessar o samba dos entrevistados, é um raivoso anticomunista. Chegou a escrever um livro (intitulado “Camaradas”) carregado de insultos e calúnias contra Luiz Carlos Prestes, líder da Coluna Prestes.
No texto, com muita empáfia, conforme notou João Quartim de Morais, professor de filosofia da Unicamp e autor de preciosos estudos sobre a história brasileira, “Waack pretende confirmar, em versão civilizada e expurgada das mentiras grosseiras incorporadas pela polícia do Estado Novo à ´história oficial´ da ´Intentona´, a principal acusação contra Prestes e seus camaradas: a de que agiram por ordem e a serviço de Moscou. Talvez sua pretensão de abalar mitos e carreiras tenha se alimentado mais do caráter probatório dos documentos que exibe do que da descoberta de algum fato substancial”.
Quartim de Morais escreveu um artigo desmascarando as mentiras e contradições a que o funcionário da família Marinha é conduzido pelo ódio anticomunista, onde conclui: “Custa-nos ser indelicados, mas se comprarmos o livro de Waack pelo que ele vale e lograrmos vendê-lo pelo que ele apregoa que vale, faremos um excelente negócio”.
Comentários apimentados
Waack passou a ser alvo de comentários apimentados nas redes sociais após a publicação dos documentos que o identificam como um informante da Casa Branca com forte influência política no Brasil.
O site de notícias "JB online" confirmou parte das versões com a jornalista Natalia Viana, que é responsável pelo espaço da Wikileaks no Brasil. Segundo a repórter investigativa, Waack chega a ser citado por três vezes como informante da Casa Branca. Dois dos documentos em que constam o nome do jornalista global foram considerados como "confidenciais".
Casamento ideológico
Em uma das passagens, é relatada a visita de um porta-aviões dos Estados Unidos em maio de 2008. O documento emitido informa que a Embaixada Americana havia classificado a repercussão do evento na mídia como "positiva", e cita diretamente o nome de William Waack como tendo ajudado a evidenciar o lado positivo que existe nas relações entre o Brasil e os Estados Unidos durante suas reportagens para o jornal "O Globo". Não é de admirar o casamento ideológico e a fusão de interesses entre o jornalista e o imperialismo. Resta saber quanto ele recebeu pelos bons serviços prestados ao império.
Em um segundo documento, as eleições presidenciais de 2011 são o destaque. No caso, em fevereiro de 2010 o âncora da Globo teria informado aos norte-americanos que, após um fórum econômico em São Paulo, havia tido a impressão de que Ciro Gomes era o mais preparado entre os candidatos, José Serra era "claramente competente" enquanto Dilma teria sido vista como incoerente.
Confundindo desejo e realidade
O terceiro documento apresentado teria registrado um erro de previsão feita por Waack. Nele constaria que em agosto de 2009, o jornalista manteve contatos com funcionários da Casa Branca, aos quais teria apontado que Serra e Aécio Neves tinham concordado em apresentar uma candidatura para presidente e vice, respectivamente. O fato não aconteceu. O jornalista, muito chegado a manipulações, confundiu seus desejos tucanos com a realidade. Na época, Aécio chegou a tentar concorrer como presidente pelo PSDB, mas terminou como candidato ao Senado por Minas Gerais e deixou o Zé Serra caminhar para o cadafalso sozinho.
Em uma publicação de outubro de 2010, pela coluna Wikileaks, Natalia Viana já havia escrito sobre as informações de Waack consideradas pela inteligência dos Estados Unidos. No texto, a repórter afirma que a conselheira Lisa Kubiske alertava o governo norte-americano sobre as tendências no Brasil a partir de análises de jornalistas brasileiros.
Nos documentos vazados pelo Wikileaks, o jornalista Fernando Rodrigues, colunista da Folha de S. Paulo, também aparece como informante, em encontro na embaixada dos EUA. Rodrigues, outro direitista de marca maior, evitou comentar a denúncia no site que mantém no Uol, onde por coincidência postou nesta sexta (28) apenas uma entrevista com o embaixador dos EUA no Brasil, Thomas Shannon, em que o diplomata estadunidense critica o Wikileaks por estar revelando informações embaraçosas para Washington e seus testas de ferro pelo mundo.
Numa conversa de 2006, Rodrigues teve um encontro com representantes da embaixada americana, e disse entre as quatro paredes que o TCU (Tribunal de Contas da União) era aparelhado politicamente pelos demo-tucanos e tinha relatórios feitos para usar como batalha partidária da oposição contra o governo.
Disse que o tribunal faz análises não confiáveis e seus noves ministros são geralmente ex-senadores ou ex-deputados escolhidos por seus colegas para atuarem partidariamente. Rodrigues citou nominalmente o ministro Aroldo Cedraz, a quem classificou como “carlista” – ligado ao finado Antonio Carlos Magalhães.
De acordo com os documentos, Rodrigues também fazia análises políticas para a embaixada americana e avaliou o cenário da Câmara em 2006, que teve como oponentes Arlindo Chinaglia, do PT, e Aldo Rebelo, do PCdoB. Rodrigues disse que, se Aldo perdesse, ganharia com
Outro jornalista citado pelo Wikileaks é ex-colunista da Veja, hoje comentarista do programa Manhattan Connection, da Globo News, Diogo Mainardi, uma figura bizarra e medíocre que morre de amores pelo império e vive a vomitar bobagens anticomunistas, aparece antecipando informações de sua coluna para os americanos num "almoço reservado". Ele também andou exercendo as funções de guarda costas do controvertido banqueiro Daniel Dantas.
Waack, Rodrigues e Mainardi são três exemplares típicos da mídia que o jornalista Paulo Henrique Amorim apelidou com muita propriedade de Partido da Imprensa Golpista (PIB). Em seus textos e comentários destilam a ideologia reacionária e tacanha da direita brasileira, antinacional, antipopular e vassala do império. As relações entre o PIG e a CIA, sugeridas pelo Wikileaks, não chegam a ser surpreendentes, mas contribuem para elucidar o verdadeiro caráter dos monopólios midiáticos e evidenciar a subserviência da direita brasileira em relação a Washington. São relações inegavelmente perigosas para os interesses nacionais, que devem ser reveladas, denunciadas e combatidas.
Cobrança
Embora o jornalista Fernando Rodrigues tenha evitado abordar a embaraçosa revelação do Wikileaks, leitores e leitoras de seu blog na Uol não pouparam comentários bem humorados, mas críticos, que o Vermelho reproduz abaixo.
[Canena] [Rio de Janeiro]
Mas por que fernando rodrigues afirma que o tribunal de contas está aparelhado pelos DEMOS TUCANOS e que não é isento para a embaixada americana MAS não para os leitores do Brasil?
28/10/2011 17:20
[Chico Maciel] [São Paulo, SP]
E aí, Fernando Rodrigues? Vai colocar as conversas que teve com o embaixador em 2006, seu traíra?
28/10/2011 17:14
[Claudia] [São Paulo]
Caro, o sr está sendo acusado pelo Wikileaks, através do jornal o dia de ter feito "avaliações" para a embaida americana na eleições 2010. E aí? São só os políticos da "SITUAÇÂO" que precisam se explicar?
28/10/2011 17:02
[Angelo Damasceno] [SP]
Vai Fernandão!!! Cadê a Democracia tão propagada por vocês da Folha?!? Libere os comentários!!! Talvez tenham alguns bacanas parabenizando você por ser X9 americano. Agora eu entendo como você consegue essas facilidades de ter entrevistas com o embaixador americano e etc. Tudo gente da "famiglia" O wikileaks pegou você em cheio e a sua mascará caiu!!!
28/10/2011 16:44
[Felipe Ribeiro do Lago] [São Paulo - SP, Brasil]
É diretamente a esse senhor que o blogueiro repassa suas análises políticas feitas sob encomenda da Embaixada dos EUA, tal como revelado no Wikileaks?
28/10/2011 16:18
[ferdinand] [florianópolis]
Quer dizer que o "nobre comentarista" é um belo de um fofoqueiro...rs...isto é democracia!! Bolsa Harvard é chique!!!!
28/10/2011 15:55
[Lucas Rimet] [Recife]
Prezado Fernando Rodrigues Eu estou desempregado e ouvi dizer que a Embaixada Americana está pagando bem para agente ser um X-9 deles, como você e o William Waack tem experiência no ramo, gostaria de saber como encominhar o meu currículo e qual a remuneração. Agradeço a tua atenção ao meu pedido.
28/10/2011 15:54
[Sérgio Luís Aguiar] [Campinas-SP]
Prezado Sr. Fernando Rodrigues Gostaria de saber o que o Sr. tem a dizer sobre as notícias ligas à sua pessoa quanto a ser informante da Embaixada do USA, conforme blog conforme Afiada do Jornalista Paulo Henrique Amorim
28/10/2011 14:22
[Marcos] [Fortaleza, CE]
Você vai comentar sobre o telegrama que o Wikileaks vazou onde consta você, Fernando Rodrigues, como informante do Governo Americando?
28/10/2011 11:38
[Joao Barbosa] [SP]
E aí traíra!!! Servindo ao governo americano, né?! Que papelão hein!?! Depois você quer vir aqui passar recibo de honesto. O wikileaks pegou você bonitão: http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2011/10/wikileaks-mostra-fernando-rodrigues.html
28/10/2011 10:49
[Otavinho PIG] [SP]
Wikileaks mostra Fernando Rodrigues como informante dos EUA Nos documentos vazados pelo Wikileaks, o jornalista Fernando Rodrigues, colunista da Folha de S. Paulo, também aparece como informante, em encontro na embaixada dos EUA. Numa conversa de 2006, Rodrigues teve um encontro com representantes da embaixada americana, e disse entre as quatro paredes que o TCU (Tribunal de Contas da União) era aparelhado politicamente pelos demo-tucanos, e tinha relatórios feitos para usar como batalha partidária da oposição contra o governo. Disse que o tribunal faz análises não confiáveis e seus noves ministros são geralmente ex-senadores ou ex-deputados escolhidos por seus colegas para atuarem partidariamente. Rodrigues citou nominalmente o ministro Aroldo Cedraz, a quem classificou como “carlista” – ligado ao finado Antonio Carlos Magalhães. De acordo com os documentos, Rodrigues também fazia análises políticas para a embaixada americana e avaliou o cenário da Câmara em 2006, que tev
28/10/2011 09:31
[Fernando Cinico Tucano] [DF]
Wikileaks mostra Fernando Rodrigues como informante dos EUA Nos documentos vazados pelo Wikileaks, o jornalista Fernando Rodrigues, colunista da Folha de S. Paulo, também aparece como informante, em encontro na embaixada dos EUA. Numa conversa de 2006, Rodrigues teve um encontro com representantes da embaixada americana, e disse entre as quatro paredes que o TCU (Tribunal de Contas da União) era aparelhado politicamente pelos demo-tucanos, e tinha relatórios feitos para usar como batalha partidária da oposição contra o governo. Disse que o tribunal faz análises não confiáveis e seus noves ministros são geralmente ex-senadores ou ex-deputados escolhidos por seus colegas para atuarem partidariamente. Rodrigues citou nominalmente o ministro Aroldo Cedraz, a quem classificou como “carlista” – ligado ao finado Antonio Carlos Magalhães. De acordo com os documentos, Rodrigues também fazia análises políticas para a embaixada americana e avaliou o cenário da Câmara em 2006, que tev
28/10/2011 09:03
[graciliano] [taubaté sp]
Caro Fernando, vc trabalhava de graça ou ganhava uns dólares para ser informante dos EUA? Seja sincero.
Da Redação Vermelho, com agências
Postado por O TERROR DO NORDESTE
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