sábado, 29 de outubro de 2011

Em reunião com presidente da Ucrânia, Dilma Rousseff defende ação rápida contra crise

No Palácio do Planalto, presidenta Dilma Rousseff concede declaração à imprensa ao lado presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovitch. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Na reunião com o presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovych, no Palácio do Planalto, a presidenta Dilma Rousseff reiterou sua preocupação com o cenário econômico internacional. Segundo ela, a falta de uma ação rápida levará ao agravamento da crise, com sérias consequências políticas e sociais.

Ao lado do presidente Yanukovych, a presidenta Dilma declarou à imprensa que a saída da crise exige uma combinação equilibrada entre medidas de ajuste fiscal e de estímulos ao crescimento econômico.

“É preciso um esforço concertado de reequilíbrio de toda a economia global. Há que evitar que alguns países transfiram a outros os custos de uma conjuntura difícil, seja por artifícios de controle cambial, seja por políticas monetárias excessivamente expansivas, seja por qualquer desequilíbrio financeiro”, declarou.

Cooperação bilateral – Dilma Rousseff recebeu hoje (25) o presidente da Ucrânia, em visita oficial ao Brasil. Em 2011, comemoram-se os 120 anos da imigração ucraniana para o Brasil. Após a cerimônia oficial de chegada no Palácio do Planalto, os dois presidentes reuniram-se reservadamente, quando repassaram a agenda bilateral.

Forte componente desta agenda, a presidenta Dilma ressaltou a parceria entre Brasil e Ucrânia na área espacial. Segundo ela, a instalação do Sítio de Lançamento do Cyclone-4 terá “efeitos multiplicadores” em atividade de sensoriamento remoto, serviços meteorológicos e controle do espaço aéreo.

“Além de permitir que o Brasil ingresse no mercado internacional de lançamentos de satélites.”





No encontro, o presidente da Ucrânia fez um relato dos principais resultados da Cúpula de Segurança Nuclear, realizada em abril deste ano, por ocasião dos 25 anos do acidente de Chernobyl. Para a presidenta, junto com Fukushima, eventos desta natureza mostram a necessidade de aprimoramento constante da segurança das instalações nucleares voltadas à geração de energia.

“Reiterei o compromisso do Brasil com os esforços internacionais em prol do desarmamento e da não-proliferação de armas de destruição.”

Acordos – Os presidentes do Brasil e da Ucrânia reforçaram o compromisso na área de defesa para o desenvolvimento e modernização de equipamentos militares. Também foram avaliados positivamente os estudos em curso entre a Petrobras e as empresas ucranianas para aquisição e produção no Brasil de turbinas a gás para geração de energia elétrica para as plataformas do pré-sal.

A presidenta Dilma Rousseff elogiou ainda a parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz e a empresa ucraniana INDAR para produção de insulina no Brasil, o que, segundo ela, reduzirá o custo dos medicamentos, beneficiando as camadas mais pobres da população. Outro ponto destacado refere-se à produção de fertilizantes. Segundo a presidenta, as exportações de ureia e amônia ucranianas abastecerão as fábricas de fertilizantes em construção no âmbito do PAC 2.

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