sábado, 29 de outubro de 2011

Para a OCDE, Brasil não deverá ser muito afetado pela crise

Por Diogo Martins | Valor RIO

Apesar das dificuldades das economias europeias e americana, o Brasil não deverá ser afetado fortemente pela crise mundial em razão de seu mercado doméstico aquecido, avalia a economista sênior da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Annabelle Mourougane.

De acordo com ela, o mercado de trabalho brasileiro continuará aquecido, apresentando baixa taxa de desemprego. Com isso, a renda e o consumo deverão permanecer em patamares elevados.

Mesmo assim, diz Annabelle, o Brasil deverá prosseguir com uma política de consolidação fiscal aliada à redução dos juros básicos da economia (Selic). Em relação a outros países, avalia a economista, o Brasil está numa posição muito melhor.

Nesta sexta-feira, na Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro, a OCDE publicou o trabalho Pesquisa Econômica do Brasil, no qual projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro crescerá abaixo de 4% neste ano e no próximo, um rendimento bem inferior à taxa potencial de 4,5% que a organização estima para o país.

Segundo o organismo, a atividade econômica do Brasil será sustentada pela demanda interna e “investimento rigoroso”. Com o menor ritmo de crescimento do país em 2011 e em 2012, a inflação, projeta a OCDE, deverá cair progressivamente, mas ainda assim ficando na parte superior da meta do governo, perto dos 6,5%.

(Diogo Martins | Valor)

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