Desde que tomou o governo de São Paulo, o PSDB lava as mãos dos Frias, Mesquitas e Cívitas que, em retribuição, também lavam as mãos dos tucanos fazendo-se de mortos para sua incompetência administrativa. A cartilha da máfia midiática reza que nunca houve picaretagem com empreiteiras em São Paulo, nem acumulam-se nas gavetas as denúncias de fraudes milionárias em licitações para obras do Metrô, Rodoanel e mais recentemente o escândalo da venda de emendas na Assembléia paulista.
Serra ou Alckmin ou Serra ou Alckmin (dependendo da gestão) compram milhares de assinaturas anuais do PiG que distribuem em toda a rede estadual de ensino. A esse mesmo destino seguem milhões de bugigangas editoriais travestidas de paradidáticos, compradas do “Vou derrubar a Dilma“. É o mínimo que o governo paulista pode fazer para amenizar a mingua das verbas de propaganda institucional do Governo Federal que, a partir de Lula, deixaram de ser canalizadas para o PiG e passaram a borrifar 8 mil veículos de comunicação de norte a sul do país.
Já os professores do ensino público paulista são tão bem remunerados, que não precisam de três empregos somando uma jornada de 16 a 18 horas diárias para por comida na mesa de suas famílias. Assim, sobra-lhes tempo para desfrutar da leitura do PiG deles de cada dia. Se você não entende porque recebem Folha e Estadão – já que ambos sempre trazem leitura idêntica dos fatos – saiba que há, sim, “importantes diferenças” entre os dois calhamaços de papel borrado: horóscopo, quadrinhos e receitas. Já em relação à Veja, Época e IstoÉ, as fotos fazem a diferença. Caras é indispensável para que se saiba de tudo sobre as festas das elites e os casamentos dos atores da Globo. Basicão, entende?
A essa extraordinária audiência das repartições públicas que os jornais e revistas do PiG garantem em São Paulo, soma-se a do assinante e a do comprador de exemplares avulsos. Cidadãos de “consciência política aguçada”, quase sempre dispensam o restante do jornal para se concentrar no valioso caderno que trata de política – particularmente nas páginas que tratam da nacional. Adoram ler as notícias repetitivas ou requentadas que atacam o governo federal todos os dias. E como raramente aparecem matérias feitas por jornalistas de verdade, esses leitores não percebem como essa categoria está ultrapassada no Brasil e seu compromisso com a verdade é um hábito em desuso desde 1964.
O leitores paulistas do PiG andam sempre “calmos e bem dispostos”. Seja antes ou depois de desfrutarem o “passeio” de hora e meia, em média, pelas ruas e avenidas da cidade, na ida ou na volta ao trabalho. Não vêem a hora de se debruçarem sobre os colunistas e editorialistas que exercitam “diversidade e pluralidade” de opiniões de dar inveja aos melhores jornais e revistas do mundo.
Mas nem tudo são flores. Apesar do espetacular e patriótico serviço prestado ao Brasil, os jornalistas e seus donos não cansam de se perguntar: “Espelho, espelho meu, porque a maioria da população brasileira não dá a mínima para meu trabalho – como gritaram as urnas nas últimas 3 eleições? O que devo fazer para derrubar presidentes em pleno século 21?”
“A verdade está no bolso do povo” – responde o vidro. “Brasileiros de norte a sul, estão muito mais interessados em usufruir do bom momento econômico e das transformações sociais que insistem em melhorar suas vidas. Para eles – prossegue o espelho – vale o ditado do vovô: em time que está ganhando, não se mexe”.
Alguns psicólogos desconfiam que o povão tem com seus botões que desde que inventaram a política, a prática de corrupção faz parte do seu DNA. O povão também não engole a idéia de que o corrupto do outro lado da cerca é mais corrupto que o corrupto do lado de cá. “Além disso – diz a sabedoria popular – a presidenta não dá moleza, demite suspeito de corrupção sem dó”.
Enquanto as baratas tontas da oposição decadente, sem rumo, sem projeto e sem candidato, tramam junto ao seu partido midiático o próximo ataque ao país, o brasileiro contabiliza de forma simples e concreta, tudo que este governo lhe faz de bom. De nada adiantarão os chiliques histéricos do bonequinho baiano do DEM, partido, que por sinal é medalha de ouro e recordista nas olimpíadas da corrupção.
Terão que derrubar o país, para que a presidenta caia junto!
E para quem ainda não percebeu, já estamos em plena campanha eleitoral. O inimigo imediato da oposição é o ministro da Educação, forte candidato à prefeitura de São Paulo. Os abutres do jornalismo de esgoto já estão salivando em torno do ENEM…
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