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O Ministério Público de São Paulo pedirá à justiça o afastamento do presidente do Metrô de São Paulo, Sérgio Avelleda, por superfaturamento de R$ 327 milhões em uma licitação de um lote de obras.
O metrô de São Paulo é uma estatal do governo paulista, há anos sob governos tucanos, atualmente nas mãos de Geraldo Alckmin (PSDB/SP).
A investigação do Ministério Público está na fase final, e um parecer técnico feito por uma perita avaliou o processo de licitação e conclui: "caso tivessem sido consideradas as propostas relativas aos menores preços, a economia do Metrô teria sido de R$ 326.915.754,40. Isso porque o Metrô não optou pelos preços menores oferecidos por uma construtora, que já tinha vencido uma das licitações".
Cronologia da corrupção tucana:
- Janeiro de 2009: um documento é registrado em cartório constando quem seriam os vencedores da licitação para concorrência dos lotes 3 a 8, com conhecimento do jornal Folha de São Paulo (PIG/SP), segundo informa o portal G1 da TV Globo. O governador tucano era José Serra (PSDB/SP) nesta época.
- Junho de 2009: o Metrô anunciou o vencedor do primeiro lote e as obras foram iniciadas; O governador tucano era Alberto Goldman
- Outubro de 2010: o jornalão divulgou o documento registrado em janeiro de 2009. Goldman, constrangido, suspendeu as obras e pediu uma investigação.
- Junho de 2011: as obras foram retomadas e os contratos, mantidos. O governador tucano é Geraldo Alckmin.
Por que a Folha demorou 1 ano e 4 meses para divulgar?
A corrupção parece não ser apenas do Metrô, e joga a própria Folha no rol de suspeitos. O G1 diz que o jornal sabia desde janeiro de 2009. Então que interesses escusos levaram a não publicar logo após o resultado da licitação em junho de 2009?
Porque só publicar em outubro de 2010?
O silêncio do jornal por longos 16 meses é algo inexplicável.
Algum interesse financeiro?
Algum interesse no calendário eleitoral?
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