sábado, 29 de outubro de 2011

QUER SABER COMO SE PRATICA JORNALISMO CAFAJESTE?

Publicada por Paulo Cavalcanti em Quarta-feira, Outubro 26, 2011

Escalado hoje pela família Mesquita (donos do jornal Estadão), o "grande" jornalista José Nêumane Pinto, como todo bom sabujo,fez a lição de casa direitinho, tendo acredito eu, inclusive ter participado de alguma reunião, onde recebeu instruções, de em que linha, deveria escrever o texto da página 2 - área "nobre" do jornal, onde os Mesquita, masturbam suas posições políticas, e praticam seu jornalismo de esgoto, bem ao estilo Reinaldo Azevedo.

O vassalo, destilou todo seu ódio neste texto, ódio que ele sempre nutriu pelo PT, tendo inclusive na época de Erundina, prefeita, que era sua conterrânea, num estilo invejoso, se ocupado em espinafrá-la, até seu ultimo dia de mandato, mesmo que o assunto, fosse "um nada". Mas parece que ele, nordestino da mesma Uiraúna-PB, de Erundina, não gosta muito dos conterrâneos, pois com Lula, nunca foi diferente.

Leiam a abertura da "matéria" de esgoto, assinada por esse senhor:

"Contra o revolucionário Orlando Silva - ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) e prosélito da doutrina marxista-leninista do companheiro Enver Hoxha, que destruiu a economia albanesa, modelo de miséria na Europa mesmo quando esta era próspera - algo pesa mais do que as denúncias do antigo companheiro João Dias Ferreira. Pesa uma fotografia, publicada neste jornal, da casa do denunciante. João Dias Ferreira é soldado da Polícia Militar (PM). Normalmente seus companheiros de farda e soldo vivem em favelas, são perseguidos e muitas vezes até mortos por bandidos quando vizinhos ligados ao crime, organizado ou não, delatam sua profissão, tendo como base a farda lavada secando no varal. O ex-militante do Partido Comunista do Brasil (PC do B) que Sua Excelência chama de "bandido", para desacreditá-lo, mora numa mansão de dar inveja até a burgueses que os comunistas da linha albanesa, que combateram no Araguaia, satanizam."

Esse blogueiro, especialista em nada, vai continuar aqui, sendo o D. Quixote, investindo contra os moinhos de vento, bradando o tempo todo, e incasavelmente, contra essa aberração, que eles chamam de "jornalismo".

O estômago embrulha, é duro conseguir atingir o segundo parágrafo de um texto nojento, abjeto, que acusa, calunia, julga, condena e manda prender.

Digo aqui, que NÃO estou fazendo a defesa do ministro, uma vez que acredito que ele disponha de excelentes advogados para isso, mas só queria que o bom senso prevalecesse, uma vez que estamos tratando de pessoas "suspeitas", portanto, em tese, não mereciam um tratamento, nem melhor, nem pior que seus acusadores, esses sim, embora não sejam mais suspeitos, pois a ficha policial já os difere do ministro, porém, o primeiro é tratado como bandido, pelo "grande" Nêumane.

E assim vamos caminhando, numa ópera bufa, onde o ônus da prova, não cabe ao acusador, e sim ao acusado. A imprensa de Pindorama, não tem poupado espaços àqueles que acusam, fazendo inclusive, preâmbulos emocionais, exaltando sua condição de "PM coitadinho, morador da favela que sequer pode pendurar suas roupas no varal, pois traficantes, podem identificá-lo, e colocando em risco sua vida e a vida de sua família."

Isso é o supra-sumo da canalhice jornalística, de uma imprensa que vive bradando por liberdade de imprensa, mas a liberdade de imprensa que eles não querem perder, é desse tipo, no velho estilo do linchamento moral, num movimento orquestrado com todos os seus pares, e com sabujos do escopo de Nêumane.

Atravessar 21 anos de ditadura, que depois de prender e matar tanta gente, Otavinho Frias, dono da Folha de SP, a classificou como "ditabranda", não é pouca coisa. Ver Estadão, Globo, Veja, Folha, Correio Braziliense, Zero Hora e tantos outros, praticarem esse jornalismo de pistolagem, dói na alma de que tanto lutou para ver o fim de um regime autoritário, que todos queremos apagar de nossas memórias.

De fato, Lula tinha razão quando disse, que se daqui vinte anos, um estudante de jornalismo pesquisar os jornais, para fazer um linha histórica do tempo, terá uma interpretação completamente equivocada da realidade que vivemos hoje, num país, onde toda a imprensa (salvo raríssimas exceções), tem lado, acusa, julga, sepulta reputações e manda prender, demitir.

Resumo: É a barbárie

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