sábado, 23 de abril de 2011

PERDIDOS NO ESPAÇO - Fusão, só depois das eleições

Permanência do governador Raimundo Colombo (SC) no DEM adia discussão para junção com o PSDB

Ivan Iunes

Uma possível fusão entre PSDB e DEM, caso ocorra, somente será definida depois das eleições municipais de 2012. A avaliação de tucanos e demistas é de que a união das duas legendas agora seria tragada pela popularidade de início de governo da presidente Dilma Rousseff. A fuga de parlamentares do DEM para o PSD reacendeu a discussão sobre a criação de um terceiro partido a partir da junção dos dois maiores oposicionistas. A disposição inicial do governador catarinense, Raimundo Colombo, de permanecer no DEM pelo menos até 2012 deixou as articulações em banho-maria.

O futuro de Colombo é tido como um divisor de águas dentro dos planos do DEM para os próximos quatro anos. Com a iminente saída do governador, a legenda ficaria com cerca de 30 deputados e apenas o governo do Rio Grande do Norte, musculatura considerada insuficiente para influir no jogo eleitoral. Sem o governador, caciques do partido como o presidente, senador José Agripino Maia (DEM-RN), e o líder na Câmara dos Deputados, ACM Neto (DEM-BA), estariam abertos a possíveis articulações para antecipar os planos de fusão com o PSDB. “A avaliação dos líderes era de que, com a saída de Colombo, o partido teria como único destino a fusão, caso contrário viraria um partido sem força. O destino seria inexorável”, avalia um ex-dirigente demista, de malas prontas para o PSD.

Nenhum comentário:

Postar um comentário