sábado, 23 de abril de 2011

A força dos BRICs


Da Revista Fórum:

Alguns analistas afirmam que até 2050 o Brics terá se convertido no ator econômico dominante no mundo, destronando o Grupo dos Sete (G-7) países mais ricos.

Por Marwaan Macan-Markar

Apesar das diferenças políticas entre os países que o integram – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul –, o Brics assestou sua mira para as negociações comerciais mundiais para afirmar sua influência. Seu objetivo declarado é garantir benefícios econômicos no mundo rico. Não é surpresa a Organização Mundial do Comércio ter selecionado esses cinco países para demonstrar a força coletiva desta coalizão informal de economias emergentes pertencentes a três continentes. Todas as nações Brics, com exceção da Rússia, integram a OMC.
Alguns analistas consideram que este centro emergente do poderio econômico é um potencial contrapeso às nações industrializadas dominantes da América do Norte e Europa, bem como o Japão. O bloco não terá de esperar muito depois da cúpula anual que realizou no dia 14 na localidade turística chinesa de Sanya. A OMC prevê divulgar amanhã o rascunho de um documento sobre os assuntos polêmicos relativos às paralisadas negociações da Rodada de Doha para acordar um regime único de comércio.
Os representantes comerciais de países pobres e ricos estarão frente a frente em torno de uma série de temas, entre eles os fortes subsídios para a agricultura nos Estados Unidos e na União Europeia. “Brasil, China, Índia e África do Sul estão comprometidos e chamam outros membros a apoiarem um sistema de comércio multilateral forte, aberto e regulado, encarnado na OMC, e uma conclusão positiva, exaustiva e equilibrada da Rodada de Doha”, diz o documento final da cúpula dos Brics.

Nenhum comentário:

Postar um comentário