sábado, 30 de abril de 2011

Oposição ainda tem muito fôlego

A desintegração dos partidos de oposição começou a se desenhar logo após a vitória de Dilma Rousseff, em 31 de outubro de 2010, e, de lá para cá, acentuou-se severamente apesar de o adversário dela no segundo turno da eleição presidencial, José Serra, ter obtido um percentual significativo de votos.

Este texto procura entender e explicar por que, apesar de uma votação que não deixa de ser expressiva, a oposição mergulhou nesse processo autofágico. Os cerca de 44 milhões de eleitores que se opuseram à continuidade do governo Lula continuam com o mesmo espírito oposicionista em relação a Dilma?

É possível que as dezenas de milhões de eleitores que votaram em Serra não constituam mais o mesmo “mercado” potencial da oposição no Brasil? Há dados que sustentem essa possibilidade? Se não, por que a oposição se desestrutura da maneira que está se vendo?

A tese da desestruturação oposicionista tem uma base sólida: a fuga de quadros do PSDB, do DEM e do PPS (os partidos de sustentação da candidatura Serra) para partidos da base governista e para o partido que vem sendo considerado como cria do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

Em primeiro lugar, apesar de o eleitorado anti-Lula e anti-Dilma em 2010 ter sido expressivo, as pessoas que adotaram essa postura eleitoral foram empurradas pela mídia para a oposição à continuidade que representaria a eleição de Dilma.  Por outro lado, quem é convencido uma vez pode ser convencido outras.

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