sábado, 30 de abril de 2011

DEM e PSDB: Sair do fogo, cair nas brasas

As deformações resultantes das trágicas políticas econômicas do Brasil ainda não foram resolvidas na atual quadra histórica. A formação colonial portuguesa, a submissão ao capital inglês e a dependência ao imperialismo norte-americano geraram uma classe dominante de costas para o País, com os olhos em Lisboa, Londres ou Miami.

A independência política iniciou com dívida externa; o massacre ao Paraguai, atendendo os compromissos da Monarquia com a Inglaterra, aumentou a dependência da jovem nação; o governo de Campos Sales aprofundou os interesses do mercado externo e solidificou o poder do latifúndio agrário-exportador no núcleo central dos governos federal, estaduais e municipais; com Juscelino Kubistchek, o aumento do mercado interno foi à custa de "50 anos de dívida externa em 5"; com a Ditadura Civil-Militar, o Estado serviu de ponta de lança para uma concentração de renda sem precedentes, cujo acúmulo resultou na transferência de capitais para a banca estrangeira; fora o "ensaio geral" de Fernando Collor, foi com Fernando Henrique Cardoso que a lógica da dependência aprofundou as contradições estruturais da subjugação ao controle financeiro de nossa economia.

Nos dois governos do PSDB e do PFL, entre 1995 e 2001, a reinserção do Brasil na divisão internacional do trabalho, alicerçada nas políticas neoliberais, resultou em estagnação econômica, privatizações de setores estratégicos da economia, aumento do desemprego estrutural e mais e mais concentração de renda.

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