sábado, 30 de abril de 2011

As digitais tucana na roubalheira do Banrisul

Lista de denunciados por fraude no Banrisul inclui tesoureiros de dois partidos políticos

Igor Natusch

Um volume de 375 páginas explica em detalhes o que pode ser a ponta de um novelo de corrupção que tomou conta de uma das principais instituições do RS. Trata-se da denúncia do Ministério Público motivada pelas investigações da fraude envolvendo contratos de publicidade do Banrisul. A chamada Operação Mercari resultou em uma lista de 25 nomes, envolvendo desde publicitários ligados às agência DCS e SLM até nomes fortes em administrações do Banrisul, passando por figuras de presença notória no panorama político do Rio Grande do Sul. Na manhã de segunda-feira (2), a diretoria do Banco se reúne e decide que ações tomará em relação ao caso.

 A investigação do MP ouviu mais de 30 testemunhas e ofereceu denúncia a 25 pessoas por crimes de formação de quadrilha, peculato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. O maior número de acusações incidem sobre Davi Antunes de Oliveira, empresário que gerenciava a participação das empresas que tornavam possível o esquema; Armando D’Elia Neto, diretor da DCS; Gílson Storck, sócio-gerente da SLM; João Batista Rieder, ex-assessor de marketing do Banrisul; e Walney Fehlberg, então superintendente de marketing da instituição financeira. Também estão na lista de acusados dois nomes conhecidos da política gaúcha: Rodolfo Rospide Neto, ex-assessor da presidência do Banrisul e ex-tesoureiro do PMDB, e Rubens Bordini, ex-vice-presidente e ex-diretor de marketing do Banrisul. Bordini também atuou como tesoureiro, na campanha de Yeda Crusius ao Piratini em 2006. Por sua vez, Maria Lúcia Salvadori Záchia, além de funcionária da DCS, é irmã do ex-deputado e atual secretário de Meio Ambiente de Porto Alegre, Luiz Fernando Záchia.

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