sábado, 23 de abril de 2011

Os ricos inconfidentes

Debate do Biblioteca Fazendo História entre professores André Figueiredo e Anita Correia Lima mostrou lados menos famosos dos homens que organizaram a Inconfidência Mineira

Alice Melo

O que os inconfidentes fizeram para esconder suas fortunas dos olhos da Coroa Portuguesa ao serem condenados ao degredo. E, depois de degredados, como foi sua vida em exílio. Esses foram os temas gerais desta edição do Biblioteca Fazendo História (BFH), “Inconfidência: como cometer um crime, ficar rico e virar herói”, que teve como palestrantes os professores André Figueiredo [à direita], das Faculdades Integradas de Guarulhos e do Centro Universitário Anhanguera/SP e autor de dois artigos da Revista de História deste mês; e Anita Correia Lima, professora da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), autora da tese de doutorado “Inconfidência no Império: Goa de 1787 e Rio de Janeiro de 1794”.

O debate foi aberto com André Figueiredo trazendo à tona a recente notícia da identificação das ossadas de três inconfidentes que viviam na África. Por coincidência, uma das pessoas identificadas foi o fazendeiro José de Resende Costa (1730-1798), personagem do artigo “Fortunas preservadas”, que saiu este mês na Revista de História. Segundo André, uma das artimanhas pensadas por Resende Costa para esconder seu patrimônio do confisco real foi casar sua filha com um sócio, dando como dote cerca de um terço de seu patrimônio. Assim, quando foi preso, em 1791, o inconfidente já ajeitara tudo para que o dinheiro ficasse em família.

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