domingo, 16 de outubro de 2011

Com olhar em Londres, Brasil inicia Pan e tenta superar Rio 2007

A partir deste sábado, alguns dos melhores atletas das Américas entrarão em ação nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. A competição deste ano reunirá 5.995 atletas de 42 países e terá um trunfo para apimentar ainda mais as disputas: 15 dos 46 esportes disputados distribuirão vagas na Olimpíada de Londres 2012.

É também por isso que o Brasil mandará ao México um time forte, que contará, entre outras estrelas, com os nadadores César Cielo (campeão olímpico e bimundial dos 50 m livre) e Felipe França (campeão mundial dos 50m m peito), as saltadoras Fabiana Murer (campeã mundial) e Maurren Maggi (campeã olímpica), o judoca Tiago Camilo (bronze em Pequim 2008 e prata em Sydney 2000) e o ginete Rodrigo Pessoa (ouro em Atenas 2004).

Com 518 atletas, a delegação nacional será a terceira maior no México, atrás apenas dos donos da casa (644) e dos Estados Unidos (620). O objetivo natural seria obter o melhor resultado na história do Pan, porém, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, já adiantou que será "muito difícil" repetir o desempenho do Rio de Janeiro 2007 - chefe da delegação verde e amarela há quatro anos, Marcus Vinícius Freire classificou a tarefa como "impossível".

Dentro de casa, os esportistas brasileiros conseguiram 52 medalhas de ouro, 40 de prata e 65 de bronze, somando 22 pódios a mais que Cuba e ficando a sete ouros de tirar os rivais da segunda posição - desde Cáli 1971, o país insular do Caribe vem permanecendo no top 2 do quadro geral ao lado dos Estados Unidos.

O Brasil só deve sair insatisfeito, então, se não superar os números de Santo Domingo 2003, os melhores do Brasil em todos os tempos até o evento do Rio de Janeiro. Na ocasião, ocupou a quarta posição com 29 ouros, 40 pratas e 54 bronzes. A prioridade, porém, é mesmo Londres, como exemplifica Freire: "estamos pensando no ano que vem. Podemos colocar cerca de 100 atletas na Olimpíada com os resultados aqui de Guadalajara".

No México, 15 das modalidades oferecerá classificação diretamente nos Jogos de 2012 ou dará pelo menos a oportunidade de se atingir o índice olímpico - um índice de 32,6%. São elas: atletismo, canoagem, handebol, hipismo, hóquei sobre a grama, judô, natação, nado sincronizado, pentatlo moderno, polo aquático, saltos ornamentais, tênis, tênis de mesa, tiro esportivo e triatlo. Como efeito de comparação, no Rio de Janeiro 2007 13 esportes proporcionavam vagas para Pequim 2008.

Assim, o México receberá estrelas do porte dos cubanos Dayron Robles, atual campeão olímpico dos 110 m com barreiras, e Yipsi Moreno, prata em Pequim 2008 e Atenas 2004 no lançamento do martelo; do panamenho Irving Saladino, atual campeão olímpico do salto em distância; do colombiano Edwin Avil, atual campeão mundial de ciclismo na prova de pista por pontos; do dominicano Gabriel Mercedes, atual vice-campeão olímpico da categoria até até 58 kg do teaekwondo; e da jamaicana Verónica Campbell, bicampeão olímpica dos 200 m rasos.

Favoritos a manter o domínio que só não tiveram em duas das 15 edições de Pan-Americanos já disputadas, os EUA não mandarão todos os astros. Mesmo assim, terão 82 atletas que já participaram de Jogos Olímpicos, incluindo 40 medalhistas e dez campeões. Entre eles estão a atiradora Kim Rhode, que soma um total de dois ouros, uma prata e um bronze, e a ginasta Shawn Johnson, que brilhou em Pequim 2008 com um ouro e três pratas.

Atuando em seus domínios, o México espera quebrar seu recorde de primeiros lugares (23) e de pódios (80), ambos obtidos em Mar del Plata 1995. Para organizar a competição, o país gastou cerca de US$ 1,5 bilhão (R$ 2,6 bilhões) e, além de Guadalajara, terá como sub-sedes as cidades de Puerto Vallarta, Ciudad Guzmán, Lagos de Moreno e Tatalpa.

Apesar do alto investimento, os mexicanos tiveram dificuldades para entregar algumas obras, sendo que os estádios de atletismo e rúgbi e o terminal marítimo para as disputas de remo e canoagem tiveram atrasos.

Festa de abertura

Outro problema - este que o comitê organizador do evento (Copag) não podia controlar -, foi o furacão Jova, que atingiu nesta semana o Estado de Jalisco. Embora o fenômeno tenha se dissipado para uma tempestade tropical, chuvas vêm caindo sobre Guadalajara desde a quarta e podem prejudicar a cerimônia de abertura.

O Terra transmite a festa a partir das 21h30 (de Brasília) desta sexta, direto do Estádio Omnilife.  Paola Espinosa, ganhadora do bronze na Olimpíada de Pequim nos saltos ornamentais, é quem terá a honra de acender a pira olímpica. Outras esperanças locais de medalha dourada são Damián Villa, vice-campeão mundial de taekwondo na categoria até 58 kg em 2009, e a ginasta Cinthya Valdez (prata no Rio 2007 e bronze em Santo Domingo 2003).

A Rede Record transmitirá os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara.

Fonte: site do Terra

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