A governança neoliberal de Curitiba privatiza de tudo. Tudo o que é possível, ela arrasta para os amigos da iniciativa privada. Até os parques são submetidos ao poder privado do grande capital. O lendário Jardim Botânico que o diga.
Mas o desavisado pode perguntar, "qual o problema em privatizar?". Nenhum, desde que seja para melhorar. Mas invariavelmente não é o que acontece.
O que ocorre que as privatizações normalmente são mesmo, privatarias. O que é construído com o capital puíblico, com a grana do cidadão, é dado graciosamente para que particulares administrem e cobrem (caro) por isso. E quem paga a conta? O povo, óbvio.
E sempre é uma confraria. Uma ação entre amigos. Uma mão lava a outra na pouca vergonha de certas administrações públicas. Eu te ajudo aqui, você me ajuda na campanha logo alí.
A última idéia mirabolante da prefeitura neoliberal de Curitiba é privatizar o SAMU, o atendimento de emergência da cidade (é um serviço presente em outros lugares, também). E quando você vai pensando que o serviço pode melhorar, porque poderia haver mais ambulâncias, dá com a cara na porta. O número ficará rigorosamente o mesmo.
Então qual a justificativa? A prefeitura vem com o blablablá de sempre. Mas você e eu sabemos que é conversa pra boi dormir. Por que vai melhorar se o serviço continuará a ser prestado do mesmo jeito?
Que bela desculpa pra botarem mais uma vez a mão no bolso do pagador de impostos curitibano. Aquele que pensa que está no Primeiro Mundo, mas não consegue exergar que sua cidade está sendo rapinada há um bom tempo.
O basta do curitibano virá algum dia?
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