Em Brasília, o deputado federal Emiliano José (PT-BA) manifestou apoio à greve nacional dos bancários, considerou precárias as condições de trabalho da categoria, e instou os banqueiros “esses velhos tubarões do capitalismo, que não se contentam com os lucros e querem sempre mais e mais”a atenderem as reivindicações. O deputado elogiou a demonstração de força e organização dos bancários e condenou a superexploração da classe trabalhadora pelos banqueiros do Brasil.
LEIA O DISCURSO:
“Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, bancários de todo o Brasil entraram em greve hoje (27), numa evidente demonstração de força e organização, características que, aliás, sempre marcaram esta que é uma das mais importantes categorias do país e que vem, ao longo dos anos, sofrendo com a brutal ação dos banqueiros, esses velhos tubarões do capitalismo, que não se contentam com os lucros; querem sempre mais, ainda que para isso tenham que super explorar a classe trabalhadora”.
“Por isso mesmo, a luta dos bancários extrapola a mera campanha salarial. A greve que une a categoria de norte a sul do Brasil quer melhores condições de trabalho e o respeito à saúde. Os sindicatos também estão reivindicando mais contratações para aliviar a sobrecarga de serviço e o acúmulo de funções”.
“Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, de janeiro a agosto de 2011 o Brasil gerou mais de 1,8 milhão de novos postos de trabalho. Os bancos, setor campeão de lucratividade, responderam por apenas 1% deste total”.
“Ou seja, são estatísticas que mostram que está certo o escritor Stéphane Hessel que, em seu belíssimo livro “Indignai-vos”, disse que os bancos mostram-se antes de tudo preocupados com seus dividendos e com os altíssimos salários de seus dirigentes, não com o interesse geral. A distância entre os mais pobres e os mais ricos nunca foi tão grande, a competição nunca foi tão incentivada”.
“Assim, os bancários têm como uma das principais exigências a valorização do piso salarial. O salário de ingresso nas instituições financeiras no Brasil é menor que em outros países da América Latina. Aqui fica em US$ 735,29, metade que o da Argentina (US$ 1.432,21) e muito menos que o do Uruguai (US$ 1.039).
O paradoxal desses números é que o Brasil responde por boa parte do lucro das instituições financeiras no mundo. A proposta da federação dos bancos, o aumento real de 0,56% não altera o quadro de defasagem que existe entre os bancários brasileiros e que reforça a desigualdade que existe no setor.
Por isso, quero me solidarizar com os bancários de todo o País pela sua justa luta em defesa de seus direitos e reafirmar nosso compromisso, o compromisso desse mandato parlamentar, com a luta de todos os trabalhadores por uma sociedade mais igualitária, com melhor distribuição de renda, com desenvolvimento econômico, mas sobretudo com justiça social.
# posted by Oldack Miranda
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