Presidenta Dilma Rousseff é homenageada durante sua visita ao colégio Vassil Aprilov em Gabravo. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
A presidenta Dilma Rousseff encerrou sua passagem pela Bulgária com uma visita à cidade de Gabrovo, de onde, há 80 anos, seu pai migrou para o Brasil. A comunidade recebeu Dilma Rousseff com carinho, num encontro marcado por aplausos, abraços e autógrafos. Por onde passou, a presença da presidenta foi celebrada. Na escola Vasil Aprilov, em que Pedro Rousseff, seu pai, estudou, a presidenta fez um discurso emocionado. Disse que realizava ali o sonho de seu pai de retornar à Bulgária e defendeu a tolerância entre os povos.
“O tempo muitas vezes torna os encontros físicos impossíveis, mas também permite que a gente realize sonhos. Minha presença hoje aqui na cidade natal do meu pai mostra que nós podemos e devemos construir um mundo para além das diferenças étnicas e de língua, e que esse mundo é possível. Esse país que teve a contribuição de europeus, índios e africanos, que permite que pessoas de origens diferentes convivam democraticamente sem xenofobismos, permite também que a filha de um imigrante búlgaro se torne presidenta da República.”
Na antiga escola de seu pai, Dilma Rousseff sugeriu a abertura de um curso de língua portuguesa. O mesmo será proposto em Brasília para alunos interessados em aprender o búlgaro, afirmou. Assim, brasileiros e búlgaros poderão estreitar as relações.
Atribuindo ao pai o “imenso amor” pelos livros, a presidenta Dilma Rousseff rendeu homenagem à poetisa búlgara Elisaveta Bagriana. Um poema, em especial, era apreciado pelo imigrante Pedro Rousseff.
“Eu te ouvia e escutava observando o mundo acima.
Este estrangeiro, céu do sul.
Com essas estrelas estrangeiras, eu acreditei e não acreditei em você.
E fundo no fundo compreendi.
Eu era o depositário.
E você, Pátria, era a remetente.”
Após a leitura do poema, Dilma Rousseff se despediu de Gabrovo admitindo que, daquele momento, jamais se esqueceria.
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