Vocês estão lendo alguma coisa sobre os Jogos Panamericanos, que começam amanhã, em Guadalajara, no México? Quase nada, não é? Tirando a Folha, que tem vasta cobertura sobre os problemas de finalização do estádio de atletismo e até sobre os problemas que a chuva pode trazer, é quase nada.
Em O Globo, um jornal que tem uma tradição muito forte nos esportes, só uma matéria sobre Cesar Cielo, há seis dias e outra sobre Hugo Hoyama, o veterano e super-simpático jogador de tênis de mesa que será o porta-bandeira de nossa delegação.
Tomara que isso mude, a partir de amanhã e baixe algum “fair play” nas Organizações Globo, que não obtiveram os direitos comerciais de transmissão dos jogos.
É difícil, porém. Tanto ela quanto seu canal de esportes, o SporTV, vão mandar apenas uma equipe ao México.
O quase-silêncio da Globo sobre os Jogos ecoou no restante da mídia…
Podem dizer até que o Panamericano é uma competição menor. Mas e as Olimpíadas de Londres, ano que vem, onde novamente os direitos de transmissão foram comprados pela Record?
Quem acha que, mesmo sem deter mais o monopólio, a Globo perdeu o poder reitor sobre a mídia brasileira, reflita sobre este caso do Pan.
Os direitos da Copa de 2014, ela já tem. Isso parece certo, mesmo com a situação complexa de Ricardo Teixeira, que sempre foi tido como um aliado, mas que se irrita quando a emissora divulga as acusações que sofre de malversação de recursos e tráfico de influência, e que estão rendendo mais um inquérito na Polícia Federal.
Pelo sim, pelo não, a presidenta Dilma Rousseff já colocou um “cordão sanitário” de frieza entre ela e Teixeira.
Mas o que acontecerá nas Olimpíadas de 2016, aqui no Rio de Janeiro, se a Globo não detiver os direitos de transmissão?
Ninguém duvide de promoverem um “Rock in Sampa”…
Nenhum comentário:
Postar um comentário