Laerte Braga
A grande preocupação do governo do presidente Lyndon Johnson e do secretário de Estado Dean Rusk com o Brasil é que, antes de Nixon, haviam percebido a importância do País em toda a América Latina – isso em tempos de guerra fria – e os tempos de euforia entre setores populares dessa parte do mundo com a revolução cubana de 1959.
As chamadas reformas de base que vinham sendo implementadas pelo governo do presidente João Goulart eram entendidas pelo governo dos EUA como o fermento para uma vitória eleitoral em 1965. Acreditavam que no curso dos acontecimentos as diferenças que separavam Leonel Brizola (ex-governador do Rio Grande do Sul e então deputado federal da antiga Guanabara com 25% dos votos do eleitorado) do governador Miguel Arraes (Pernambuco) acabariam por sumir resultando numa aliança que provavelmente faria de Brizola o candidato do antigo PTB a presidente e Arraes seu companheiro de chapa, como vice-presidente.
A constituição de 1946 não estabelecia a necessidade de maioria absoluta dos votos, sendo assim, de um segundo turno entre os mais votados e esse fato já havia sido levantado por Carlos Lacerda na tentativa frustrada de impedir a posse de JK, eleito em 1965 com pouco mais de 30% dos votos.
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