Transcrevo, por fantástica, a coluna Rosa dos Ventos, de Mauricio Dias, na Carta Capital
FHC tira a máscara
“Ele é um presidente definido por lei que está fazendo o que o país dominante quer que ele faça” Avaliação do governo de FHC feita por Raymundo Faoro, em 15/5/2002
Finalmente, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, suposto arauto da social-democracia brasileira, entrou no trilho adequado. Foi preciso mais de oitos anos, além de três fracassos eleitorais sucessivos na disputa presidencial, para que ele jogasse fora a máscara da social-democracia e assumisse o papel de expressão política da classe média. O sociólogo faz isso agora, na condição de presidente de honra dos tucanos.
“Enquanto o PSDB e seus aliados persistirem em disputar com o PT a influência sobre os “movimentos sociais” ou o “povão”, falarão sozinhos”, sentencia FHC em artigo escrito para a nova edição da revista Interesse Nacional, que começou a circular na quinta-feira 14.
Nada de mal. É bom para o País que o rio corra no seu leito natural. Nada de mais. A minoria precisa de alguém que defenda seus valores. O ex-presidente finca a bandeira nesse espaço ou, pelo menos, tenta. Pela primeira vez se apresenta como porta-voz dessa camada social e se apressa a dar receita eleitoral para os candidatos da oposição.
“Se houver ousadia, as oposições podem organizar-se, dando vida não a diretórios burocráticos, mas a debates sobre temas de interesse dessas camadas.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário