Em 16 de outubro de 2006, ao chegar a um dos bares mais tradicionais da região, o Jobi, a publicitária Danielle Corrêa Tristão foi hostilizada e teve a ponta do dedo anelar esquerdo arrancada ao ser mordida pela jornalista Ana Cristina Luzardo de Castro, 39.
A publicitária vestia uma camisa com a inscrição "Lula, sim". O Leblon é um dos bairros em que mais são vendidas camisetas com os dizeres "Lula, não. Abaixo a corrupção".
A venda das camisetas anti-Lula está concentrada em bares do bairro. "Uso para ver se a galera se toca e não vota no Lula", justificou o mecânico Edgar Freire Machado Guimarães.
"Quando eu, meu marido e dois amigos chegamos ao bar, fomos vaiados e hostilizados por causa da camiseta "Lula, sim" que vestíamos. O garçom até nos pediu que não nos sentássemos, mas resolvemos ficar em uma mesa do lado de fora. Durante todo o tempo, fomos alvos de bolinhas de papel vindas de diversas partes e de aviõezinhos feitos com santinhos do candidato Geraldo Alckmin. Teve até um senhor que me ameaçou com um prato", afirmou Danielle.
Dani cercada de perigosos petralhas
"Depois de pagar a conta, fui ao banheiro, dentro do bar, e, ao sair, duas mulheres se deram o direito de tirar meu chapéu. Temendo confusão, meu marido me puxou para fora, mas as duas vieram correndo atrás de mim. Uma delas me agarrou pelos cabelos e acabou mordendo meu dedo. Quando percebi, a mão já estava sangrando, e parte do dedo estava no chão", disse a publicitária.
A canibal foi condenada a coisa nenhuma, mas perdeu sua condição de primária. Na próxima vez que tentar expor suas "opiniões" com os dentes irá para a cadeia.
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