Por 7 votos a favor e 1 contra, esse do ministro Marco Aurélio de Mello, que entendeu que a pretensão punitiva estava prescrita, o Supremo Tribunal Federal (STF) abriu ação penal contra o deputado Paulo Maluf (PP/SP), parentes e outros, correspondendo a dez réus. O STF abriu a ação penal porque entendeu que o honesto deputado Maluf e sua honestíssima trupe tiveram participação ativa no envio de mais de US$ 1 bilhão para o exterior. Toda a grana nascida desviada de recursos públicos das obras de construção da Avenida Roberto Marinho, antes Avenida Água Espraiada, em São Paulo. Em linguagem corrupta: superfaturamento.
O trambique bilionário ocorreu no tempo que Paulo Maluf era prefeito de São Paulo, na década de 1990. A grana foi enviada para o exterior através de doleiros e depois rumou de volta para o Brasil, sendo em seguida investida na empresa Eucatex, que pertence à família do bom Maluf, afirmou o Ministério Público (MP).
Afirmando que a soma dos valores encontrados no exterior é superior ao produto interno bruto (PIB) de alguns países como a Guiné-Bissau, Granada, Comores, Dominica e São Tomé e Príncipe, o relator do processo, ministro Ricardo Lewandowski, disse que o dinheiro pode ter outras origens ilícitas que vão ser apuradas.
“Os indícios apontam para R$ 200 milhões apenas em Jersey. Estima-se que só na Suíça a família Maluf movimentou nada menos que R$ 446 milhões. Na Inglaterra, há indícios de movimentação de R$ 145 milhões nas contas da família Maluf”, disse o ministro.
Se for condenado, é bom que se assinale, Paulo Malu e sua mulher pegarão dez anos de cana. O resto pegará 13 anos. Número da sorte. Para não dar bandeira, o processo tramita em segredo de Justiça. Só quem sabe é a Avenida Roberto Marinho.
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