Presidenta Dilma participa da pactuação do Brasil sem Miséria com governadores da região Sul. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Ao pactuar o Plano Brasil sem Miséria com os governadores da região Sul, em cerimônia realizada hoje (14/10) em Porto Alegre, a presidenta Dilma Rousseff afirmou que incluir socialmente os 16,2 milhões de brasileiros que vivem na extrema pobreza é mais que um compromisso moral e ético, é um imperativo econômico para o país. E lembrou que os 40 milhões que ingressaram na classe média nos últimos anos foram decisivos para o fortalecimento do mercado interno e resistência à crise econômica internacional.
Dilma Rousseff explicou que o Estado brasileiro não quer a tutela das pessoas que ainda vivem à margem dos serviços públicos e que necessitam de programas sociais para sobreviver. Ela foi enfática ao dizer que o Estado quer e luta para promover a cidadania desses brasileiros. A fórmula, segundo a presidenta, é combinar a transferência de benefícios, que deve ser impessoal, com a inclusão produtiva, geração de emprego, profissionalização e expansão do acesso à tecnologia.
“O Brasil sem Miséria faz parte de um processo fundamental de valorizar nossa principal riqueza, que é a população (…). A tutela seria se nós fossemos vincular benefícios sociais a indivíduos, e isso seria regredir diante da historia. O que estamos fazendo através do Bolsa Família, absolutamente impessoal, é reconhecer direitos da população brasileira”, argumentou.
Em seu discurso, a presidenta manteve a posição de que o Brasil está economicamente maduro para resistir aos efeitos da crise e foi firme ao dizer que o governo não irá permitir que os brasileiros paguem por uma crise que não é deles. Ainda assim, ela garantiu que o Brasil se preocupa com os países que sofrem com mais gravidade os problemas do desequilíbrio econômico e que está solidário com a comunidade internacional.
“Ao longo da nossa história, nunca ficou tão claro como nos últimos anos que a nossa força não se encontrava em nenhum país lá fora, mas aqui dentro, em nós mesmos e na nossa capacidade de produzir, consumir, trabalhar, criar e virar cidadãos.”
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