Taxa em fevereiro ficou em 5,6%, a mais baixa para o mês
desde o início da pesquisa do IBGE com a metodologia atual, em março de 2002;
discussão ocorre no momento em que economistas ligados ao mercado financeiro
pregam mais demissões para conter a taxa de inflação
RIO DE JANEIRO, 28 Mar (Reuters) - O desemprego brasileiro
subiu para 5,6 por cento em fevereiro, ante 5,4 por cento em janeiro, menor
taxa para o mês desde o início da série em março de 2002, informou o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.
Pesquisa da Reuters mostrou que, pela mediana das previsões
de 21 analistas consultados, a taxa subiria a 5,7 por cento. As estimativas
variaram entre 5,5 e 6,0 por cento.
Leia, abaixo, o noticiário da Agência Brasil:
Desemprego mantém-se estável nos primeiros dois meses do ano,
diz IBGE
Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O desemprego no país manteve-se estável em
fevereiro na comparação com janeiro, ao subir de 5,4% para 5,6% nas seis
regiões metropolitanas investigadas. Os dados foram divulgados hoje (28) pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e mostram que a alta da
taxa de desocupação em fevereiro também mostrou-se estável em relação ao mesmo
período do ano passado (5,7%). Cerca de 1,4 milhão de pessoas nas regiões
pesquisadas estavam desocupadas em fevereiro, segundo a pesquisa.
A Pesquisa Mensal de Emprego é realizada nas regiões
metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, do Rio de Janeiro, de São
Paulo e Porto Alegre. Houve queda de desocupação nas regiões metropolitanas de
Salvador e do Rio de Janeiro (19,3% e 19%, respectivamente) e alta em Recife
(28,2%).
Segundo o IBGE, a população ocupada em fevereiro é de aproximadamente
23 milhões de pessoas, o que representa queda frente a janeiro (-0,7%) e alta
na comparação com o mesmo período do ano passado (1,6%), com incremento de 362
mil postos de trabalho em 12 meses.
Regionalmente, a análise mostrou variação mensal significativa
apenas em Recife (queda de 3,2% ou menos 51 mil pessoas ocupadas de janeiro
para fevereiro). Na comparação com fevereiro do ano passado, houve variação
somente em São Paulo (2,5%, ou mais 236 mil pessoas ocupadas).
O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada
no setor privado (11,5 milhões) ficou estável em relação a janeiro e cresceu
2,3% em relação a fevereiro de 2012 – mais 254 mil postos de trabalho com
carteira assinada em um ano.
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores ficou em
R$ 1.849,50, com alta de 1,2% frente a janeiro e de 2,4% na comparação com
fevereiro de 2012. A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados (R$
42,8 bilhões) também apresentou estabilidade em fevereiro ante janeiro último e
cresceu 4,2% em relação a fevereiro de 2012.
Regionalmente, na comparação com janeiro deste ano, o
rendimento médio real habitual dos trabalhadores aumentou nas regiões
metropolitanas do Recife (1,6%), Rio de Janeiro (1,7%), de São Paulo (1,3%) e
Porto Alegre (2,2%); ficou estável em Belo Horizonte e caiu em Salvador
(-1,2%). Já em relação a fevereiro do ano passado houve altas no Recife e em
Belo Horizonte (ambas, 7,4%), em Porto Alegre (7,3%), São Paulo (2,8%) e no Rio
de Janeiro (0,8%). Apenas Salvador registrou queda no rendimento (-9,8%).
Assim como o IBGE, o Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socieconômicos (Dieese) e a Fundação Sistema Estadual de
Análise de Dados (Seade) divulgam dados mensais sobre o desemprego no país. As
informações apresentadas nesses levantamentos costumam ser diferentes, devido
aos conceitos e à metodologia usados. Entre as diferenças está o conjunto de
regiões pesquisadas.
A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada pelo
Dieese e pela Fundação Seade, não engloba o número de desempregados na região
metropolitana do Rio de Janeiro. Já na pesquisa do IBGE não estão incluídas
duas regiões que fazem parte do conjunto da PED: Fortaleza e o Distrito
Federal.
Postado por Jussara Seixas
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